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Mundial

classrp111Os Clássicos começaram por animar a trade da Super Especial. Nada menos do que 32 equipas corresponderam ao desafio lançado pelo Automóvel Club de Portugal, proporcionando um bom espectáculo. Divididos em onze séries, os quatro mais rápidos no conjunto das diversas mangas acabaram por ser apurados para a final, prometendo um despique bem aceso para a vitória final. No entanto, a superioridade de Américo Antunes acabou por ser evidente, levando o seu Renault 5 Turbo de 1982 a um claro triunfo, com mais de quatro segundos de avanço sobre Gonçalo Figueiroa, num Ford Escort de 1979. Os restantes finalistas não foram tão felizes, pois Aníbal Rolo acabou por ter problemas mecânicos no seu Renault 5 Turbo de 1982, que o levaram a desistir, e Carlos Neves, num Datsun 1200 de 1973 acabou por não alinhar, depois de ter partido o cárter na sua manga.

Foram diversos os pilotos que não passaram sem problemas na super-especial. Um deles foi Ivo Nogueira que na primeira curva da Super-especial bateu com a roda traseira ficando a mesma desalinhada.

O americano Ken Block, que sofreu um aparatoso acidente no decorrer do shakedown, e o seu co-piloto Alex Gelsomino receberam alta do hospital, mas o Fiesta ficou muito danificado, não permitindo a sua presença nesta etapa portuguesa do Mundial de Ralis. Uma baixa de um piloto que prometia espectáculo e que tinha muitos seguidores na estrada.

danifest50A equipa Paulo Neto Sport comemora no Rali de Portugal os 50 ralis do navegador Daniel Amaral. O primeiro rali de Daniel Amaral foi em Martinlongo a 24 de Fevereiro de 2008.

hirovonenses11Com uma abordagem muito séria a esta super-especial do Rali de Portugal, Mikko Hirvonen foi quem realizou o melhor tempo, ganhou mais de 1,3s a Sebastien Loeb, também com pouca vontade de dar espectáculo e mais preocupado no tempo.

A melhor exibição da tarde foi contudo de Petter Solberg que fez o terceiro tempo. O norueguês conduziu de forma magistral o DS3 proporcionando grandes momentos de rali.

O momento de maior preocupação foi o toque num muro de Ostberg. Ao partir da jante do Fiesta a roda viria a saltar do carro e a cair no meio do público ferindo dois espectadores.

Armindo Araújo conseguiu fazer um excelente registo. Foi não só o melhor português como conseguiu ainda entrar nos 10 primeiros da geral, ficando 1 segundo na frente de Bernardo Sousa.

Entre os concorrentes inscritos no Campeonato de Portugal de Ralis, Ricardo Moura foi o mais rápido, seguido por João Silva que fez uma boa exibição.

Interessante do ponto de vista mediático, a Super-Especial de Lisboa trouxe algum do espectáculo dos ralis à capital. Espera-se que tenha ficado a semente para o futuro.

soltasrp4Nos 5,33 Kms do Shakedown do Rali de Portugal Sebastien Ogier voltou a ser o mais rápido tal como o tinha feito em 2010. Porém, o ano passado conseguiu realizar o shakedown em 3m05s, enquanto em 2011 fez o tempo de 3m08,5s. Feitas as contas os actuais WRC não chegam a ser um segundo mais lentos por quilómetro que os anteriores. Certo mesmo é que são bem mais espectaculares de ver passar.

Na assistência da Peugeot Portugal não faltam precauções para a dureza que a prova vai ter, pelo menos a julgar pelos cinco pára-choques dianteiros disponíveis para qualquer eventualidade.

Apesar de o shakedown apenas começar às 14h30m, pelas 8 horas da manhã já o policiamento estava nos locais de acesso e os Marshall´s lá estiveram desde as 9h30m. Pergunta-se agora: para quê?

A equipa Ford e Stobart trouxeram até Portugal um verdadeiro batalhão de meios logísticos. Só camiões de suporte às equipas Ford são mais de 10, fora as "motor-home" gigantescas e muitos outros veículos. Sem dúvida impressionante.

A equipa ARC Sport é sem dúvida a estrutura portuguesa que leva mais meios para este Rali de Portugal. Para dar assistência aos carros de João Silva e Ricardo Moura, a equipa de Aguiar da Beira levou 15 técnicos.

soltaasrp5A aposta de trazer o Rali de Portugal a Lisboa parece ter sido ganha mesmo antes de a super-especial se realizar. É grande o entusiasmo dos adeptos que se deslocaram até aos Jerónimos para ver os melhores do Mundo e o ambiente é de facto muito bom.

Os pilotos já reconheceram a super-especial em pequenos veículos elétricos, normalmente usados no Golf. Com vários pilotos em "pista" ao mesmo tempo houve quem fizesse do reconhecimento uma corrida quase discutindo as travagens para as curvas.

Foram diversas as iniciativas que decorreram ao longo deste dia. Os concorrentes do PWRC tiraram um retatro de conjunto no Padrão dos Descobrimentos, enquanto os do WRC estiveram na Torre de Belém para uma foto de conjunto. O WRC Academy teve também a sua apresentação oficial.

Kris Meeke e Daniel Sordo, pilotos oficiais da Mini, também reconheceram os troços do Rali de Portugal. Ambos tiveram assim oportunidade de ficar a conhecer a prova preparando o ano de 2012.

Criticas não têm faltado ao troço de Santana da Serra pela extrema dureza do piso. Em quase todos os restantes troços a opinião é quase consensual entre os pilotos que elogiam o estado das especiais.

soltas3rp11Na contagem decrescente para o início da edição 2011 do Vodafone Rally de Portugal, Sebastian Ogier voltou a ser o mais rápido no "shakedown", à semelhança do que havia acontecido o ano passado. O piloto da Citroën realizou o tempo de 3m 08.5 s, sendo apenas 0,1 segundo mais rápido que seu companheiro de equipa, Sebastien Loeb.

O actual campeão do Mundo, ao volante do Citroën DS 3 WRC, foi por sua vez 3s mais rápido que o Ford Fiesta RS WRC tripulado por Jari-Matti Latvala, enquanto o quarto tempo foi assegurado por Petter Solberg (Citroën), à frente de Mads Ostberg (Ford) e Mikko Hirvonen (ford).

Foi espectacular o Shakedown do Rali de Portugal... menos para Ken Block. O piloto da Monster depois de três passagens resolveu fazer das sus e plantou o Fiesta WRC fora de estrada depois de duas ou três cambalhotas. Piloto e navegador estão aptos a participar no rali, esperando-se agora que o Fiesta possa ser recuperado também.

Entre os pilotos nacionais, Armindo Araújo foi o mais rápido na estreia do Mini John Cooper Works S2000. Realizou um tempo inferior em significativos 10 segundos do que o segundo S2000 melhor classificado. De referir, ainda, que o piloto de Santo Tirso foi 20 segundos mais rápido que o brasileiro Daniel Oliveira num carro idêntico.

André Villas-Boas, responsável técnico do Futebol Clube do Porto, foi o "co-driver" convidado pelo Automóvel Club de Portugal para fazer o seu baptismo na competição automóvel no shakedown desta edição 2011 do Vodafone Rally de Portugal. Depois de ter andado ao lado de Matthew Wilson no Ford Fiesta RS WRC da equipa M-Sport Stobart Ford World Rally Team, Villas-Boas começou por dizer que "senti-me sempre completamente seguro e o que mais admirei foi a relação piloto/máquina. Conheci sensações nunca vividas e fiquei verdadeiramente espantado não só com a potência do carro como com o poder de travagem". Neste seu baptismo fica o registo do "seu" piloto ter conseguido o oitavo tempo (3m 08,14s) no shakedown, tendo Villas-Boas ainda adiantado que "ficou-me o bichinho pelos automóveis. Caso seja convidado voltava a repetir já amanhã esta experiência". E fazendo uma comparação com o futebol concluiu as suas palavras dizendo que "o estímulo é muito diferente".