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Editorial

editori21313A pergunta da qual a resposta vale "um milhão de dólares" neste mesmo é: quem vai ganhar as eleições para a FPAK?

Eu gostava é que houvesse uma total rotura com o passado federativo. A anterior gestão foi demasiado ruinosa para os interesses do desporto automóvel português, e só não o foi mais porque os pilotos (os que pagam para dar espetáculo) e alguns clubes continuaram a alimentar a mama federativa.

Sim, muitos dos clubes, nomeadamente os que organizam ralis e que eu bem conheço, foram os mesmos que durante anos quase perpetuaram (com os seus votos) a antiga gestão federativa, defendendo apenas os seus interesses e não os interesses do desporto automóvel. Aqueles dirigentes de clubes que nunca se vergaram ao sistema, estão hoje infelizmente fora, depois de também eles terem sido vitimas de práticas federativas desonestas.

Vejo nas duas candidaturas pessoas muito competentes e com muito valor para poderem inverter o rumo, mas vejo também (sobretudo numa das candidaturas) pessoas que nos últimos anos têm estado longe do terreno e por isso estão longe da realidade, que nos últimos dois meses tentaram conhecer à pressa.

Espero vivamente que os estatutos da FPAK sejam profundamente alterados, e que exista coragem de quem for eleito para os mudar, evitando-se assim o circulo vicioso que se tem vivido, em que os benefícios são para aqueles que depois votam no sistema.

É urgente que todos os federados, sejam pilotos sejam comissários ou sejam o que forem, possam votar no futuro para a eleição federativa, numa regra simples e democrática de um voto uma pessoa. Uma boa gestão seria premiada com a continuidade numa altura de eleições, uma má gestão seria penalizada dando lugar a outros.

Espero, sinceramente, que a partir de dia 26 de julho nasça uma nova FPAK, com uma nova visão e uma enorme vontade de mudança e rotura com o passado.

Bons Ralis, mas em segurança!!!

Paulo Homem

editori7713Parece-me que este absurdo regulamentar que proíbe a realização de ralis federados nos meses de julho e agosto deve ter uma revisão urgente.

Ou se liberaliza a realização de ralis para estes dois meses do ano, ou então proíbe-se toda e qualquer manifestação (federada) que utilize estradas.

Rampas, ralis sprint e perícias (disfarçadas) todas elas utilizam, como os ralis, estradas que normalmente estão abertas à circulação, mas ao contrário daquelas manifestações desportivas só os ralis não podem ter provas (no continente) em julho e agosto. Se existem razões para isto continuar a ser assim (nem se sabe bem quais são) então todas as provas desportivas de estrada deveriam cumprir a mesma regra.

Muito absurdo mesmo é o regulamento da Taça de Ouro, que agora tem apenas um piloto classificado. A FPAK voltou a dar o dito por não dito, desta vez com Miguel Barbosa, afirmando-lhe primeiro que as suas pontuações na Taça de Ouro se manteriam, mas passado uns tempos a realidade foi outra. Já com Bernardo Sousa foi-lhe dito (e escrito por e.mail) que poderia correr com um RRC no CPR e depois a três dias do Rali de Guimarães teve que trocar por um S2000.

Parem de brincar com os pilotos e com os investimentos que eles fazem, pois já começam a existir promessas de mais fugas ao CPR para 2014.

Estamos no mês em que se irão realizar eleições para a FPAK. Apesar de haver candidatos e propostas, pelos vistos só quem vai votar (os clubes e associações com pouca ou nenhuma representatividade) é que têm acesso a essas propostas. Apesar desta prática, isto é, só vamos saber as propostas para os ralis depois de um dos candidatos ser eleito (do outro candidato nem sabemos se tem propostas), esperemos que no futuro se possam saber as propostas antes de serem votadas, pois isso era benéfico para os ralis em Portugal.

Bons Ralis, mas em segurança!!!

Paulo Homem

editor23613Independentemente de se saber quem é que irá gerir os destinos da federativos para 2014 e para os anos seguintes, era importante que os regulamentos dos ralis tivessem a tão desejada evolução para o próximo ano.

Parece-me óbvio que a solução de juntar o Open ao CPR foi decididamente uma medida má para o Open e nefasta para os Regionais. Após três provas com esta "fórmula" o balanço é para mim totalmente negativo, pois não só se conseguiu revitalizar o CPR e corre-se o risco de descapitalizar ainda mais o Open.

A solução de 2012, de juntar ao CPR a Taça de Portugal teve muito mais impacto e foi muito mais bem sucedida do que a fórmula lançada para este ano, até porque os concorrentes da Taça de Portugal poderiam disputar a prova do CPR na integra.

Para o ano considero que o CPR deveria ter seis provas continentais (o que deverá suceder pela subida de castelo Branco ao CPR), devendo o Open sair da alçada desta competição e ter novamente um calendário autónomo de 6 ou 7 provas, acabando-se definitivamente com o arrepiante e desajustado calendário de 10 provas.

Também os regionais deveriam ser reorganizados e ter autonomia face ao CPR e Open, tal como acontece com o Regional Sul, aproveitando para juntar quer no Regional Norte quer no Regional Centro as provas de sprint e de troféus regionais, em calendários com um máximo de seis provas.

Certo, é que como estão atualmente os calendários, não servem a realidade do desporto automóvel nem servem concretamente os ralis, apesar de infelizmente servirem outros interesses que urge terminar com eles.

Bons Ralis, mas em segurança!!!

Paulo Homem

editrial30062013O Open de Ralis teve em Oliveira do Hospital o seu momento mais baixo desde a sua existência. Não pela vertente desportiva, que essa até foi bem interessante de seguir, mas pelo ponto de vista da campeonato em si, quando apenas 9 concorrentes terminam uma prova desta competição.

Um Open que já ultrapassou no passado a centena de inscritos, vê-se agora vergado a ter listas de 25 inscritos, com 22 participantes e apenas 9 classificados. Retirando o efeito da crise económica, que levou bastantes inscritos, temos que pensar mais seriamente no caso e observar que o problema maior foi mesmo o de pensar que o Open poderia salvar o CPR.

Em vez de existir um campeonato estruturado com uma fase de provas em terra e outra em asfalto, em vez de se reduzir para oito ou para seis o número de provas, em vez de se apoiar federativamente os troféus existentes (que são a maneira mais barata de disputar o Open), em vez de se promover o campeonato, em vez de existir um valor fixo de inscrição para todo o campeonato, em vez de muitas outras medidas que eram necessárias para contrariar o efeito da crise, apostou-se em reduzir quase a cinzas esta competição que chegou a ter tanto ou mais impacto que o próprio CPR.

Os critérios, os troféus regionais e demais ralis sprint foram também mal geridos e acabaram por ajudar a retirar inscritos ao Open (para além de já terem liquidado os regionais), como aliás se viu facilmente em Oliveira do Hospital, onde muitos dos carros do critério deveriam estar a correr no Open.

Pilotos, equipas e promotores continuam sem ser ouvidos, e os clubes prosseguem resignados perante as dificuldades, sendo obrigados a fazer omoletes sem ter ovos para tal.

Tal como no CPR também no Open, assim como nos regionais não ouve estratégia, nem sabedoria para ver aquilo que se iria passar e que agora está aos olhos de todos.

Bons Ralis, mas em segurança!!!

Paulo Homem

Após o Rali Cidade de Guimarães tínhamos considerado como o "Menos do Ralis" o ambiente que reina no Campeonato de Portugal de Ralis.

Na última prova do CPR nada melhorou e é grande a confusão que impera entre pilotos, mas também entre pilotos e organizações. Alguns pilotos fizeram ver os seus pontos de vista e apontaram nomes e organizações, outros preferiam assobiar para o lado e outros lançar lenha para fogueira apenas para incendiar mais o ambiente, não apontando nomes nem responsabilidades.

Certo mesmo é que não existe praticamente um único piloto em Portugal que não tenha telhados de vidro. Todos conhecem as regras mas todos sabem também que nem sempre as cumpriram.

Por isso até neste aspecto estão, uns mais e outros menos, em pé de igualdade, pelo que não deve ser pelo jogo de palavras que devem colocar em causa a verdade desportiva, mas sim acionando os meios próprios para protestar que estão consagradas nos regulamentos. Se não o fazem pelos meios regulamentares, manda a prudência que não se exponham demasiado, pois um dia poderão ser eles apanhados à saída da curva.

Por falar em pilotos, gostava de deixar uma última palavra sobre a APPA (Associação Portuguesa de Pilotos de Automóveis).

No Rali Vidreiro esforcem-me por encontrar um piloto / navegador que fosse associado da APPA e não encontram. E é pena, pois entendo que deveria mesmo existir uma APPA representativa, ativa, interveniente e com voz, que defendesse o interesse da maioria dos pilotos.

Continuo a achar que se os ralis seguiram o caminho que seguiram a maior responsabilidade deve-se aos pilotos, que sempre apadrinharam os devaneios federativos sem emitir uma posição unânime e concertada sobre os seus interesses.

Defendo por isso que a APPA (esta ou outra qualquer) venha a ser lidera por alguém com larga experiência como piloto ou navegador de ralis, mas que já não esteja no ativo nem tenha interesses (desportivos) com qualquer equipa ou clube e que seja consensual, o que não vai sendo fácil de encontrar.

Bons Ralis, mas em segurança!!!

Paulo Homem