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Editorial

editorial290913Muitos me têm vindo a desafiar para escrever um pouco sobre o que penso da reorganização dos ralis em Portugal.

Pois bem. Para mim o CPR não deveria ter mais do que 6 provas, a começar em Abril e a terminar em novembro, com 100 a 120 Kms de troços e pelos menos 8 especiais de classificação. Classificações simples aos quais se somavam pontos da power stage. Acoplado ao CPR fazia regressar a Taça de Portugal, aberta a VSH´s, que disputariam todo o rali.

Depois teria um Open, igualmente com 6 provas, alternando no calendário com as do CPR. Passaria a haver um campeão absoluto e apenas permitiria carros VSH. Classificaçãoes simples com pontos também na Power Stage, para prova com um máximo de 80 Kms de troços. Um piloto campeão do Open não poderia disputar mais esta competição.

Depois teria 3 campeonatos regionais autónomos, Norte, Centro e Sul, dentro do espírito do critério de ralis.
Entre estes três níveis de ralis, a prova menos pontuada do CPR desceria de escalão ao Open e a melhor pontuada do Open subia ao CPR, obviamente com algumas restrições, mas com os relatórios conhecidos e tornados públicos.

De uma forma simplista este seria o meu esquema para os ralis em Portugal, que pretendia manter durante três anos, para que exista estabilidade no projectos, escolhendo o mês de abril para fazer uma apresentação oficial de todos os campeonatos de ralis.

Bons Ralis, mas em segurança!!!

Paulo Homem

editor22Nunca o Campeonato de Portugal de Ralis passou por uma situação de extremos como agora atualmente acontece.

Existem excelente projetos, prevendo-se que 2014 seja nesse aspeto um dos melhores anos de sempre, mas por outro lado as listas de inscritos são preocupantemente reduzidas.

Os clubes estão dramaticamente sem dinheiro e continuam a achar que a resolução está em inscrições verdadeiramente caras, mas em que o critério não é igual para todos.

Cada vez há mais sites, blog´s e facebook, mas cada vez há menos ralis nas televisões e jornais generalistas a darem o devido retorno a esta modalidade.

Os pilotos estão cada vez mais a utilizar os facebook para comunicar os seus projetos e cada vez têm menos retorno.

Existem associações de pilotos, mas não existem pilotos associados. Existe associação de clubes mas não existe debate de projetos.

Os regulamento são cada vez mais complexos mas cada vez é maior a falta de cumprimento dos mesmos.

E já agora, na primeira prova do Campeonato de Portugal de Ralis após a tomada de posse da nova direção da FPAK, o presidente nem sequer meteu os pés em Mortágua!!!!

Bons Ralis, mas em segurança!!!

Paulo Homem

editori9813Pelas minhas contas, só no passado fim-de-semana, cerca de 150 pilotos de ralis participaram em provas de ralis, montanha, troféus, regionais, critérios, off-road e piratas.

Não há fome que não dê em fartura!!! Onde está o sucesso de algumas desta provas de ralis? Simples: no custo das inscrições. Não será com certeza a única razão que levou tantos pilotos a fazerem o gosto ao pé, mas certamente que essa é uma das principais.

Agora viramos a agulha para o Campeonato de Portugal de Ralis. O Clube Automóvel do Centro está a pedir 1.000 euros (Inscrição, IVA e Seguro) aos concorrentes individuais. É uma barbaridade para a grande maioria dos pilotos, que não se justifica, mesmo sabendo que os clubes fazem das tripas coração para montar as suas provas.

Algo está errado nesta situação. Um piloto do CPR2, que esteve recentemente no Rali de Ferrol, fez as contas do custo por quilómetro entre correr em Espanha e correr em Mortágua. Aqui ficam alguns dados:

RALI DE FERROL
Dias de prova: 2
Quilómetros totais: 521
Quilómetros de PEC´s: 172
Prémio de alinhar à partida: entre 100€ a 150€ conforme o número de participantes.
Alguns meios disponibilizados: GPS em reconhecimentos e Prova, Telefone satélite para uso em caso de emergência, Passagens em reconhecimentos controladas, Parque de Assistência montado em Recinto de Feiras (Estilo FIL ou Exponor) com Wifi e WC, entre outros.
Custo da inscrição: 585€
Rácio custo / quilómetro: 3,40€

RALI DE MORTÁGUA
Dias de prova: 2 (sendo que 1 deles é só a Super Especial)
Quilómetros totais: 188
Quilómetros de PEC´s: 92
Custo da Inscrição: 1.000€
Rácio custo / quilómetro: 10,87€

A nova FPAK tem que olhar para isto e tomar medidas concretas que visem aumentar o número de inscritos no CPR, e não esperar apenas que sejam os pilotos a colocarem de pé grandes projetos e depois terem ainda que suportar custos adicionais, ajudando as organizações a manterem as suas provas.

Se os clubes praticam preços de inscrição elevados é porque regulamentarmente o podem fazer, daí que este é um problema (dos muitos) que a FPAK terá que resolver.

Bons Ralis, mas em segurança!!!

Paulo Homem

edotrial13162013Eu pergunto se mudar regulamentos custará muito dinheiro? Eu penso que não. Aliás, penso mesmo que o saneamento financeiro dependerá muito do que se conseguir mudar em termos de regulamentos para 2014.

Dou apenas dois exemplos que se passaram neste fim-de-semana que passou. A enorme confusão regulamentar sobre a classificação final de um rali de um Campeonato Regional, que demonstra que - até mesmo nós da Comunicação Social - anda tudo baralhado.

É necessário que exista clareza regulamentar, para em primeiro lugar, se poder explicar ao menos informado quais são as regras deste desporto. Os atuais regulamentos são uma malta de retalhos, já se tendo provado este ano, que são mesmo um autêntico passador tal a quantidade de água que deixam passar.

O segundo exemplo vem do comunicado de Eduardo Veiga. O piloto tem um Ford Escort que é o regalo de qualquer adepto de rali e uma mais valia para qualquer organização que pode contar com um binómio piloto / carro tão espetaculares.

Só porque os regulamentos não permitem o piloto terá que competir no regional e não no Campeonato de Portugal de Rali, quando o seu carro é provavelmente muito mais atual e competitivo que muitos outros que por lá vão andar.

O CPR deverá ter um regulamento que permita a quem quiser competir nesta competição o posso fazer, nem que seja com um carrinho de linhas.

O CPR não está em condições de poder dispensar, apenas por uma questão regulamentar, que um carro desta categoria, como é o Ford Escort de Eduardo veiga fique fora desta competição.

Bons Ralis, mas em segurança!!!

Paulo Homem

editorial13sete1O que falta cumprir dos diversos calendários de ralis até final do ano, levam a acreditar que, por esforço essencialmente dos pilotos, vamos ainda ter algumas provas interessantes de seguir.

Temos vindo a assistir a vários exemplos de que há pilotos e equipas com vontade e ânimo para levar os ralis para a frente, como é o caso do projeto de João Barros com o R5 para 2014 (talvez ainda 2013) ou da equipa Inside Motor com o R2.

Por outro lado, os clubes pouco têm feito na promoção dos seus ralis, como é bem exemplo os próximos que estão no calendário, que se limitam ao regulamento, mapas e acessos, que deixam muito a desejar em matéria de divulgação das provas.

A explicação para os custos com a promoção não é desculpa para que um clube pouco faça para a divulgar. Muitas vezes a imaginação e a perseverança são mais do que suficientes para se conseguir de dar, com baixos custos, alguns passos importantes na dita promoção.

Muitos pensam que agora o facebook resolve esse problema da promoção, mas pior do que comunicar pelo facebook é fazê-lo sem estratégia e critério, esquecendo que também aqui sem investimento não se vai a lado nenhum.

No fundo, quer a nível federativo quer ao nível dos clubes, nesta área da promoção está tudo por fazer, e muitos daqueles que se dizem consultores nesta área e detentores da verdade (felizmente muitos já cá não andam), só têm visto a promoção como meio de ganharem algum, pois promover o desporto automóvel continuam a não fazê-lo.

Bons Ralis, mas em segurança!!!

Paulo Homem