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Editorial

editorial230214Alguma coisa mudou no Nacional de Ralis de 2014. Em tantos anos que levo de acompanhar ao vivo esta competição, nunca tinha visto tantos responsáveis de outros clubes presentes num mesmo evento.

Não sabemos quais são as regras que este ano irão vigorar em matéria federativa no que diz respeito aos ralis que podem subir ou descer do Nacional de Ralis, mas ficou evidente que está muito mais gente atenta ao desenrolar dos acontecimentos do que acontecia num passado recente.

E, de facto, isso é bom para os ralis e coloca uma pressão adicional nos clubes organizadores que por certo se sentem mais observados, como aliás aconteceu precisamente neste Rali Serras de Fafe.

Era importante também que a FPAK desse já a conhecer quais as regras que presidem a uma subida de escalão, como deveria tornar público e transparente os critérios de avaliação das suas provas nos ralis.

Caso contrário vamos entrar no mesmo ciclo de desconfiança, mesmo estando agora os clubes "unidos" em torno de uma Associação de Clubes (vulgo ACOR) que tarda em fazer impor as suas ideias.

O Nacional de Ralis teve um bom arranque do ponto de vista desportivo, mas nem tudo correu pelo melhor, nomeadamente em matéria de segurança. Se o objetivo é não abdicar da segurança dos pilotos, por via de um controlo mais rígido dos elementos de segurança do automóvel (como nos confidenciou um elemento da FPAK), não se poderá esquecer a segurança dos espectadores e essa também nunca pode estar em causa.

Também os adeptos de ralis têm que ter a consciência da sua própria segurança, pois pelo que se viu a evolução nessa matéria não foi assim tão grande.

Bons Ralis, mas em segurança!!!

Paulo Homem

 

editori16Estamos às portas do início de mais uma edição do Campeonato Nacional de Ralis que servirá de mote para a temporada de 2014.

Excluídos que foram quase todos os pobres e remediados do Nacional de Ralis, o projeto mínimo (exceptuando um ou outro caso) para seis ou sete provas rondará os 35.000 euros (para quem já disponha do carro), mas existem muito projetos que ultrapassam com facilidade os 100.000 euros anuais, tendo que se somar ainda o valor do carro.

Vem isto a propósito do esforço que clubes e FPAK terão que fazer para acompanhar este vertiginosa escalada de custos de pilotos e equipas, que já ultrapassou o amadorismo esforçado e se tornou, em alguns casos, um semi profissionalismo.

Por isso é exigido à FPAK e também aos clubes que se profissionalizem um pouco mais, pois nem as verificações podem ser mais amadoras como têm sido, nem os reconhecimentos podem ser tão liberais como foram no passado, nem as cronometragens podem ser tão rudimentares como aconteceu recentemente, nem os regulamentos podem ser dados a conhecer tão tarde e nem se pode avançar para o início de um campeonato que envolve vários milhões de euros sem que se aposte umas centenas de euros em promoção.

Fala-se mesmo que ainda esta semana haverá um aditamento / alteração ao regulamento do CNR, que faz com que exista também um campeonato para os duas rodas motrizes. A ser verdade faço um "like" por esta iniciativa, que só não merece elogios por ser tão tardia e que dificilmente produzirá efeitos desejados esta temporada.

Todos a Fafe para aquele que será por certo um excelente início de temporada de 2014.

Bons Ralis, mas em segurança!!!

Paulo Homem

editori020214Sinceramente já estive bastante mais optimista face ao que poderá vir a ser o Campeonato Nacional de Ralis de 2014.

Se é certo que se aguarda com expectativa o anúncio de alguns projetos, também é certo que começa a ficar demasiado tarde o anúncio de outros.

Penso que uma medida que a FPAK ainda deveria tomar em tempo útil, era o desenvolvimento de um Campeonato Nacional de Ralis de duas rodas motrizes, apenas para as cinco provas "nacionais", como de um Campeonato Nacional de Ralis para carros de Grupo N, igualmente para essas cinco provas.

Era uma medida inteligente e que trataria para o CNR mais alguns projetos, que de outra forma irão ficar parados ou emigrarão aqui para Espanha.

O CNR começa daqui a menos de 20 dias e ainda nem há inscritos no campeonato, uma prova das enormes dificuldades que pilotos e equipas têm tido para colocar o seus projetos de pé, numa competição que de um ano para o outro vê os seus custos de participação mais que duplicar.

A recente carta de alguns pilotos clamando por inscrições mais baratas, o facto de alguns dos campeões regionais de 2013 ficarem parados este ano (em vez de evoluírem), a dificuldade que qualquer troféu tem tido para reunir concorrentes, leva a acreditar que também nos ralis dos Campeonatos do Norte, Centro e Sul 2014 não será nada fácil.

Apenas um dado curioso. A inscrição para um privado no recente Rali Liepaja do Europeu de Ralis, prova que se realizou este fim-de-semana, tem o mesmo valor de inscrição que uma prova "nacional" do Campeonato Nacional de Ralis.

Bons Ralis, mas em segurança!!!

Paulo Homem

editpr920214Nestes últimos dias tive a oportunidade de ouvir, por mais que uma vez, declarações de Manuel Mello Breyner, atual presidente da FPAK, onde afirma que o problema financeiro desta entidade está solucionado.

Se tal for verdade então teremos que acreditar que o desporto automóvel tem tudo para entrar no bom caminho a muito curto prazo (leia-se um ano).

Para ser sincero gosto do estilo deste presidente e da forma ponderada como fala, sendo ele um piloto (ou ex-piloto) que sabe bem das vicissitudes inerentes a quem quer praticar ralis (ou desporto automóvel) em Portugal.

Apesar de ter sido muito critico de algumas das medidas tomadas, acho que devemos dar o benefício da dúvida em relações às medidas que foram adoptadas para os ralis em 2014, até porque foi o próprio presidente a afirmar que reconhece que algumas das medidas possam ser ajustadas caso não produzam os efeitos desejados.

Não quero com isto dizer que estou de acordo como as coisas foram feitas, como também acho que se quis mudar demasiadas coisas em tão pouco tempo, quando o bom senso aconselhava a manutenção de algumas decisões que já tinham entrado em vigor em 2013.

O valor das inscrições, por exemplo, é sem dúvida uma questão que deve ser bastante mais debatida, estudada e implementada de acordo com as necessidades dos pilotos ou da maioria dos pilotos, para que os ditos campeonatos de ralis não sejam largamente superados pelos troféus regionais e pelos ralis sprint tudo porque as inscrições dessas provas são mais baratas.

A definição dos calendários de ralis, a ausência de promoção, as cronometragens, a marcação dos pneus, as verificações, entre outros problemas continuam também esquecidos, mas voltarão a ser importantes na temporada que se avizinha.

Bons Ralis, mas em segurança!!!

Paulo Homem

editori250114Depois de alguns anos a dizer que os ralis sprint eram a fórmula correta para os ralis mais económicos, alicerçado no sucesso que foi o regional de Alenquer, eis que neste momento proliferam de norte a sul esse tipo de provas.

Nada tenho contra as mesmas, mas acho que a sua aprovação por parte da FPAK deveria estar sujeita a regras um pouco mais rigorosas, nomeadamente no que diz respeito à segurança de pilotos e espetadores.

Este tipo de provas, juntamente com as regularidades que se têm também vindo a disputar um pouco por todo o lado, devem ser tão ou mais controladas do ponto de vista da segurança que quaisquer outras provas de estrada, pois os riscos que se têm corrido não serão toleráveis no futuro se porventura um acidente grave acontecer.

O nacional facilitismo tem imperado, mas é preciso que esta nova FPAK saiba tomar as rédeas de uma série de ralis económicos, que têm toda a propriedade para existir (pois os ralis não são apenas para ricos), mas que podem ser nefastos (por questões de segurança) para a credibilidade deste desporto que tem andado também por baixo.

Por outro lado, o excesso de provas nunca foi bom para as listas de inscritos e para o interesse desportivo dessas competições. Quer isto dizer que quantas mais provas proliferarem por esse país fora, mais reduzidas serão as listas de inscritos, afetando claramente os campeonatos nacionais e "regionais". Não sou eu que o digo, são as estatísticas dos últimos anos, qualquer que seja o campeonato analisado.

Bons Ralis, mas em segurança!!!

Paulo Homem