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Editorial

ediotrial142452014Dizia-me recentemente um leitor que as classificações do campeonato de slot ficam disponíveis online no próprio dia em que se realizam as corridas.

Obviamente que isto era uma piada às classificações oficiais que a FPAK (não) divulga de forma atempada e regular a todos os intervenientes dos ralis em Portugal.

Isto é sintomático daquilo que a entidade desportiva nacional não consegue fazer. Nem umas simples e meras classificações, consegue ter disponíveis e atualizadas no seu site, muitas vezes mais de 15 dias depois dos eventos se realizarem.

No recente Sata Rali Açores o pódio do Nacional de Ralis foi realizado 24 horas depois da prova ter terminado. Deve ser recorde mundial com direito a entrar no Guiness Book e a culpa nada tem a ver com o clube organizador mas sim do claro descrédito a que o Nacional de Ralis chega por via de decisões que urgem mas que não são tomadas.

No mesmo rali, dois carros semelhantes, ambos que cumprem o regulamento "promoção" dos Campeonatos Norte, Centro e Sul de Ralis, tiveram que correr em competições distintas. Não se entende os critérios nem como os mesmos podem ser aplicados de formas distintas em função das provas, mas fica a ideia mais uma vez que os regulamentos existem mas são só para cumprir algumas vezes.

Em função dos custos e da realidade dos ralis atualmente, o Rali de Santo Tirso, que este ano disputou-se como prova sprint, teve mais e melhor inscritos que a prova regional que se disputava nos anos anteriores.

Mas uma vez se prova a lógica a seguir pelos ralis do segundo escalão em Portugal, sendo evidente que existem outras formas de pagar os custos organizativos sem ser necessário ter inscrições de quase 500 euros, como acontece atualmente com as provas do dos Campeonatos Norte, Centro e Sul de Ralis.

Defendo por isso que em 2015 regresse o Open com 6 provas (3 de asfalto e três de terra) e se deixe os regionais para estes ralis sprint, pois estado provado que deve ser esse o caminho.

Bons Ralis, mas em segurança!!!

Paulo Homem

editorial190514Ir aos Açores e neste caso ao Sata Rali Açores é sempre um prazer renovado todos os anos.

A organização fornece condições ímpares para poder trabalhar, só comparáveis ao que o Rali Vinho Madeira fornece, como reconhece o esforço e o trabalho que fazemos para promover os ralis e a excelente prova que voltamos a assistir este ano.

Ao contrário de outras provas, em que até perseguidos somos relativamente ao tipo de veículo em que nos deslocamos para os troços e que não nos atribuem sequer metade das condições necessárias para podermos trabalhar, nos Açores somos recebidos como parceiros de um evento que também ajudamos a promover com a nossa presença.

Aos organizadores e a todos os açorianos (direta ou indiretamente relacionados com o rali), que me recebem de uma maneira extraordinária nos Açores e me garantem todas as condições para trabalhar, gostava de deixar um forte abraço de agradecimento.

Sobre o Sata Rali Açores praticamente foi tudo dito, mas sobre o Nacional de Ralis muito ainda existe por dizer. Mais uma vez ficou provado que o Nacional de Ralis não deveria pontuar nesta prova, e a forma como decorreu a prova pontuável para esta competição, merecia uma reflexão profunda da entidade federativa.

Houve graves situações de injustiça entre concorrentes que têm objetivos semelhantes que foram geradas menos de uma hora antes de os concorrentes irem para estrada.

Mais uma vez os regulamentos foram "atropelados" numa prova do Nacional de Ralis, nomeadamente ao nível da ordem de partida para a prova dos diversos concorrentes.

Bons Ralis, mas em segurança!!!

Paulo Homem

editorial200414Não foi preciso esperar muito esta época para se verificar a derrocada em que já começaram a entrar os Campeonatos de Centro, Sul e vamos ver se o do Norte também não entra em colapso rapidamente.

O fim prematuro do Open, quando se aconselhava uma mera redução de provas para continuar a ter algum sucesso, por troca precipitada por três campeonatos (mantendo o mesmo nível de custos), não foi claramente a melhor decisão que se poderia ter tomado.

Os resultados estão à vista, com o claro descalabro que foi o Rali de Portugal Promoção, a anulação de um rali a sul e outros se seguirão para breve e no decorrer deste ano, tão só porque quem decide não sabe o que está a fazer.

Para se falar de "regionais" e de sprint é preciso conhecer bem essas realidades, ouvindo sobretudo os pilotos que são aqueles que no fundo têm vindo a manter a chama dessas competições minimamente viva.

Os constantes ataques que os regionais têm vindo a sofrer ao longo dos anos, têm vindo a destruir essas competições de norte a sul, num problema que não é só de agora, mas que se tem vindo a arrastar nos últimos anos.

Existem provas a mais de ralis, claramente acima daquilo que o país comporta, e isso vai matando aos poucos estas competições regionais em que o último refúgio são agora os ralis sprint, onde pilotos e clubes, que já militaram por escalões superiores, estão agora a desembocar.

Os sprint são competições com o seu espaço próprio no panorama dos ralis, que permitem colocar a correr aquele carro que está parado na garagem, mas não podem ser elas a base das nossas provas de estrada nem a salvação dos ralis em Portugal.

Bons Ralis, mas em segurança!!!

Paulo Homem

editrial270414Agora que a FPAK já tem um órgão de comunicação oficial onde responde a tudo o que vai sendo publicado e dito nos outros de comunicação social, espanta-me saber que a mesma fique surpreendida com o resultado de algumas medidas que tomou.

Já disse e volto a reafirmar que sou (e sempre fui) a favor dos ralis sprint (muito apoiem o Regional de Alenquer). São uma fórmula excelente para ir buscar às garagens aqueles carros que estão parados. São também uma forma de competir em ralis a baixo custo.

São também no meu entender o substituto natural dos regionais de ralis que tínhamos bem definidos até 2013. Agora, em 2014, não temos regionais mas sim três maus "open", os ralis sprint proliferam, e fazem concorrência em si de uma forma descontrolada. Todos perdem nesta altura!

O excesso de provas com pouco ou nenhum interesse desportivo proliferam, e em vez de se tentar nível os ralis por cima em termos desportivos, está precisamente a nivelar-se por baixo.

Os sprint estão a arrastar pilotos dos campeonatos principais para aqueles, quando o objetivo destas competições sprint era chamar mais pilotos e mais carros para os ralis... nomeadamente aquele que estavam parados.

Em Portugal a opção é claramente ter muitos ralis com poucos inscritos em vez de poucos ralis com muitos inscritos. Para mim a opção deveria caminhar para menos ralis.

Uma última nota para o Challenge Citroen Saxo que se iniciou esta fim-de-semana no Rali Sical. São iniciativas como esta que se devem aplaudir e que a FPAK deveria apoiar (mesmo financeiramente) e fomentar para que outras se pudessem desenvolver noutras regiões do país.

Bons Ralis, mas em segurança!!!

Paulo Homem

editori130414Ainda estou para tentar perceber qual foi a mais valia de fazer correr o Campeonato Nacional de Ralis integrado no Rali de Portugal.

Sempre fui defensor de que o Rali de Portugal, incluído no Mundial de Ralis, nunca deveria ter uma prova que pontuasse para o Campeonato Nacional de Ralis e, mais uma vez este ano, comprovei a minha tese sobre este assunto.

Em primeiro lugar a visibilidade do Nacional de Ralis dentro do Rali de Portugal é quase nula (quase nem passaram nas transmissões da RTP). É uma competição que não acrescenta valor ao espetáculo, que é extremamente cara para piloto e equipas, e que é olhada sempre pelo ACP como um competição secundária ao qual não lhe é dada a devida dignidade.

Ao permitir que certos pilotos se tivessem inscrito no Nacional de Ralis, a FPAK deveria ter avisado logo que carros poderiam participar nesta prova. Pelo menos dois pilotos ficaram de fora desta prova (e outro não pôde pontuar, embora tenha participado, por questões técnicas) por impedimento regulamentar e, dessa forma, não terão já direito a somar bonificações pela participação nas derradeiras provas do Nacional.

A impossibilidade de todos os pilotos que participaram nesta prova e que pontuam no Nacional de Ralis de arrancarem seguidos para a estrada, trouxe grande desvantagem para todos aqueles que partiram para os troços quase no final, isto é, os primeiros concorrentes do Nacional de Ralis na estrada foram muito beneficiados face aos restantes.

Por esta razões, continuo a considerar que o Nacional de Ralis não deveria ter pontuado no Rali de Portugal, tanto mais que as duas primeiras provas deste campeonato, não precisaram sequer do Mundial para ter enchentes de público na estrada.

Bons Ralis, mas em segurança!!!

Paulo Homem