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WRC

loebvenar11A derradeira etapa do Rally Argentina foi composta por uma especial de 48 quilómetros e mais três com menos de 4 quilómetros em cada, incluindo a Power Stage, fazendo com que houvesse surpresas de novo e muita luta até ao último metro do rally.

Sébastien Ogier tinha tudo para vencer pela terceira vez esta temporada mas, na longa especial que abriu o terceiro dia de prova, o francês cortou demasiado uma curva e acabou por capotar o DS3. Ogier até não perdeu muito tempo mas, o Citroën ficou sem direcção assistida e teve de percorrer as restantes três especiais com o seu carro nestas condições, terminando o rally apenas em terceiro.

Sébastien Loeb venceu a primeira especial do dia, passou para segundo da geral e com o erro do seu companheiro de equipa, acabou por ser o piloto que obteve uma penalização de 1 minuto no primeiro dia, a vencer o rally e ainda conseguiu mais 1 ponto na Power Stage.

Mikko Hirvonen lutou até fim com Loeb mas, acabaria por manter a segunda posição pois, também ele ficou na frente de Ogier com a diferença de 5,2s e apenas 2,4s atrás de Loeb.

Petter Solberg andou muito rápido no derradeiro dia e obteve a vitória na Power Stage, obtendo os mesmos pontos do 3º classificado mas, o tempo perdido ontem com a avaria na direcção assistida, foi impossível que o norueguês conseguisse melhor do que o 4º lugar final.

Mads Ostberg (5º) e Federico Villagra (6º), limitaram-se a manter os seus carros na estrada sem problemas, para pontuarem na prova argentina.

Após uma passagem num ribeiro na primeira especial do dia, Matthew Wilson viu o motor do Fiesta calar-se e demorou mais de 7 minutos para colocar o carro a funcionar, permitindo que Jari-Matti Latvala subisse um lugar na classificação mas, o finlandês não conseguiu pontos na Power Stage pois efectuou o 4º melhor tempo a 0,8s de Solberg.

Hayden Paddon limitou-se a passear no último dia para obter a segunda vitória consecutiva no PWRC, na frente de Patrik Flodin com quase 8 minutos de vantagem.

LÍDERES DO RALLY:
Sébastien Loeb (SS1); Jari-Matti Latvala (SS2 a 12); Sébastien Ogier (SS13 a 18); Sébastien Loeb (SS19)
VENCEDORES DE TROÇOS:
Sébastien Loeb (8); Jari-Matti Latvala (5); Sébastien Ogier (3); Petter Solberg (3)

CLASSIFICAÇÃO FINAL
1º Sebastien Loeb - Citroen DS3 WRC 4h09m56,9s
2º Mikko Hirvonen - Ford Fiesta WRC a 2,4s
3º Sebastien Ogier - Citroen DS3 WRC a 4,9s
4º Petter Solberg - Citroen DS3 WRC a 32,6s
5º Mads Ostberg - Ford Fiesta WRC a 5m16,8s
6º Frederico Villagra - Ford Fiesta WRC a 6m48,5s
7º Jari Matti Latvala - Ford Fiesta WRC a 11m34,5s
8º Mathew Wilson - Ford Fiesta WRC a 13m32,7s

PILOTO DO RALI
Sebastien Loeb
MOMENTO DO RALI
Desistência de Latvala
MENOS DO RALI
Sebastien Ogier

Colaboração Ricardo Nascimento

ogier111O segundo dia do Rally Argentina ficou marcado por algumas alterações na classificação, devido a falhas mecânicas de alguns carros.

Mesmo ao ser o primeiro na estrada, Jari-Matti Latvala manteve-se na liderança até ter um problema na suspensão do Fiesta WRC. O piloto finlandês ainda arrancou para o penúltimo troço mas, acabaria por parar por não ter condições de segurança para prosseguir em prova.

Sébastien Ogier passou para segundo no inicio da manhã de hoje mas, acabaria por ter a liderança de bandeja, quando Latvala teve problemas no seu carro. O francês terminou o dia com uma boa vantagem, bastando controlar o actual segundo classificado para obter mais uma vitória esta temporada.

Petter Solberg fez um pião no primeiro troço do dia e no seguinte, foi ultrapassado na classificação por Ogier. À entrada para o derradeiro troço do dia, Solberg ocupava a segunda posição a 21,1s de Ogier mas, acabaria por ter uma falha na direcção assistida que o atirou para a quarta posição.

Num dia em que nunca esteve satisfeito com a sua condução, Mikko Hirvonen terminou a etapa em segundo mas, já está a 40s de Ogier e tem Sébastien Loeb apenas a 4s atrás, prevendo-se uma nova "dobradinha" da Citroën este ano.

Mads Ostberg tem quase 5 minutos de atraso para Ogier mas, no entanto, o norueguês vai partir para o último dia com quase 1 minuto de vantagem para Federico Villagra e com mais de 2 minutos para Matthew Wilson que furou um pneu e perdeu uma posição para o argentino.

Hayden Paddon manteve a liderança no PWRC, estando agora com uma vantagem de 8 minutos para Patrik Flodin e de 8m20s para Michal Kosciuszko.

Ken Block desistiu com problemas de transmissão quando era nono da geral mas, vai voltar no derradeiro dia. Quanto a Daniel Oliveira e Carlos Magalhães, voltaram a desistir no inicio do dia.

LÍDERES DO RALLY:
Sébastien Ogier (SS1); Jari-Matti Latvala (SS2 a 12); Sébastien Ogier (SS13 a 15)
VENCEDORES DE TROÇOS:
Sébastien Loeb (7); Jari-Matti Latvala (4); Petter Solberg (1); Sébastien Ogier (3)

CLASSIFICAÇÃO 2º DIA

jml111argO primeiro dia do Rali da Argentina não teve de facto grande história, até porque a maioria dos pilotos jogaram para não serem os primeiros na estrada no segundo dia.

Mesmo assim, houve duas situações nesta prova que alteraram para já o normal desenrolar desta prova. A primeira foi o ritmo de prova de Jari Matti Lavtala, que arriscou tudo para ganhar o máximo de vantagem neste primeiro dia. Nas segundas passagens quase todos os pilotos foram obrigados a aumentar o ritmo para não perder demasiado tempo para o piloto da Ford.

O segundo momento foi a penalização de Sebastien Loeb, que ou falhar um controlo no parque de assistência foi penalizado em 1 minuto, que o retirou praticamente da luta pela vitória.

Certo é que se Solberg e Ogier estão a 18 e 28s de Latvala, e Hirvonen já perdeu mais de 40s, sendo que são os dois pilotos dos Citroen que estão ainda em posição de discutir a vitória. 

Paddon passou para a liderança no PWRC na derradeira especial do dia, quando Flodin perdeu mais de 4 minutos.

LÍDERES DO RALLY:
Sébastien Loeb (SS1); Jari Matti Latvala (SS2 a SS7)
VENCEDORES DE TROÇOS:
Sébastien Loeb (2); Jari-Matti Latvala (4); Peter Solberg (1)

CLASSIFICAÇÃO 1ºDIA

loeb3quest11Sebastien Loeb parece continuar com a sua boa forma e não existe nada que lhe retire a motivação. O francês tem um adversário à altura na equipa, mas os pilotos da Ford também estão muito próximos. Loeb fala da temporada, de ser o primeiro na estrada e do Rali da Argentina.

Resumo das cinco primeiras provas do ano: duas vitórias e primeiro lugar do campeonato. Tudo parece estar a correr pelo melhor?
Esta temporada promete ser muito equilibrada mesmo até ao final. Todos os ralis têm sido incrivelmente equilibrados. Na Sardenha ganhámos com uma dezena de segundos de vantagem face ao Mikko Hirvonen. A diferença entre o Sébastien Ogier e o Jari-Matti Latvala na Jordânia foi de apenas dois décimos de segundo! É difícil prever como as coisas se vão passar nos próximos meses. Estar na frente é positivo, mas nada está decidido. Existem muitos candidatos, mas para dizer a verdade não me preocupo muito com isso quando estou ao volante, penso apenas em fazer o meu melhor...”

Depois da performance no Rali de Itália, pensa que abrir a estrada continua a ser um ponto importante este ano?
As diferenças são talvez um pouco menos pronunciadas em termos de velocidade, mas considero que tive um pouco de sorte na Sardenha. A primeira etapa não era tão penalizante para quem abria a estrada e eu consegui ser mais rápido que a concorrência no segundo dia. Correu melhor do que esperávamos antes do rali começar. Mas a situação não mudou, continuamos a ser penalizados por ter de abrir a estrada. Podendo escolher é preferível partir atrás.

Ganharam as últimas cinco edições do Rali da Argentina. É uma prova que vos agrada particularmente?
Tem um ambiente especial. O público argentino é apaixonado pelo rali. Estão presentes em grande número e apoiam-nos muito. Estão por todo o lado, desde o hotel até ao meio das especiais. Temos uma bela série de vitórias neste rali, mas não sei explicar porquê. O percurso é muito variado. Algumas especiais alternam zonas técnicas com outras muito rápidas. Talvez beneficie do facto de ter tido sucesso nos últimos anos, mas o que é certo é que sinto-me bem aqui.

armindmini11Após uma estreia bastante interessante no Rali de Portugal fiquei com plena noção que a fasquia, no que toca às expectativas quanto ao resultado que poderia alcançar na Sardenha, ficou bastante elevada. Nunca me senti pressionado com o facto e encarei a prova italiana sem pensar nesse aspecto.

Como qualquer um dos pilotos que participam no WRC, também eu procuro andar o mais rápido possível e conseguir o melhor resultado. Isso parece-me lógico do ponto de vista desportivo mas torna-se muitas vezes necessário abdicar desse pensamento em prol de um trabalho de evolução e aprendizagem que, durante este ano, será o objectivo principal.

Convém ainda referir que o Rali da Sardenha marcava também a estreia com o MINI versão WRC. E é precisamente neste aspecto que, mesmo antes da prova se iniciar, percebemos que a tarefa iria ser muito exigente. A minha equipa não conseguiu, em virtude do atraso na transformação do carro para WRC, proporcionar-me os dois dias de testes previstos em Itália antes do rali. Recebemos o MINI directamente na Sardenha e só tivemos hipóteses de andar uns quilómetros durante o "Monday Test" e mesmo aí não tivemos muita sorte em virtude de um problema mecânico que nos obrigou a partir para a prova quase sem rodar.

Este foi sem dúvida o ponto determinante para que tivesse aplicado uma táctica cautelosa e que se reflectiu evidentemente nos tempos realizados nas especiais. Logo nos primeiros quilómetros da primeira etapa percebi que a diferença entre o MINI versão S2000 e WRC eram abismais. O efeito do novo kit aerodinâmico foi muito maior do que eu esperava. Nas zonas rápidas sentia a asa a fazer a traseira do MINI afundar, a frente a levantar e a direcção a ficar muito leve. A confiança no carro diminuiu e naturalmente que não fazia qualquer sentido forçar o ritmo e correr riscos desnecessários. Fazê-lo e perder a oportunidade de somar um grande número de quilómetros era totalmente descabido. Fizemos alterações durante os vários parques de assistência mas, alterar o carro para disputar mais meia centena de quilómetros não pode ser feito da mesma forma como se estivéssemos num teste.

No final do rali eu e toda a equipa percebemos que esta foi a melhor forma de ultrapassar uma prova dura e ficamos satisfeitos com a fiabilidade demonstrada pelo MINI WRC. Encontramos uma boa base de partida para o futuro, já sabemos o que precisamos de alterar para chegarmos ao Rali da Grécia mais competitivos.

Neste ano de estreia no WRC tenho claramente definido quais os objectivos que tentarei cumprir. Não vou olhar para uma linha próxima do meu campo de visão pois já tracei uma muito mais distante e que quero lá chegar num percurso consistente que me levará certamente a melhores resultados.

Depois do Rali da Grécia cá estarei para lhes contar todas as incidências da minha prestação na prova.

Um abraço a todos

Armindo Araújo