Apesar do excessivo número de provas, que mais uma fez caracterizou a temporada desportiva de 2011, a temporada que agora termina teve alguns pontos altos em termos de ralis.

Deixando de fora o Rali de Portugal, Sata Rali Açores e mesmo o Rali Vinho Madeira, pois são provas com outras meios financeiros que mais nenhuma organização em Portugal dispõe, o destaque vai para o Rali Centro de Portugal. Os responsáveis do Clube Automóvel da Marinha Grande souberam ouvir, analisar e aplicar no terreno aquilo que muitos queriam, isto é, um rali à medida da nossa realidade automobilística. Refira-se que neste aspecto o Clube Automóvel do Algarve também esteve bem.

Igualmente o Gondomar Autómovel Sport merece destaque. Sendo do Open, o Rali de Gondomar deveria estar no Nacional pela forma como este clube organiza e monta a sua prova antes e durante o evento. Pena foi ter mudado a prova para dois dias, mas quanto ao resto é unânime o nível organizativo desta prova, para quem dispõe de meios bastante limitados.

O Rali de Barcelos também merece destaque pela quantidade de público que tem nos troços. Sendo um rali "estranho" no seu esquema de troços, esta prova tem uma forte promoção local (por vezes até alheia ao próprio clube que organiza o evento – o CAM), que faz com que em exista muito público a acompanhar a prova (mesmo muito mais que nas cinco provas não internacionais do CPR).

Ao nível da promoção dos ralis, não existem grandes destaques, até porque o trabalho federativo a este nível não pode ser criticado, porque simplesmente não existiu mais uma vez!!! Mesmo assim, o Rali Torrié foi o que promoveu melhor a sua prova em termos globais, porque em termos regionais o Rali de Barcelos ganha nesse aspecto. Infelizmente continua-se a olhar para a promoção dos ralis como algo que tem que ser feito apenas um mês antes da prova ir para a estrada.

Destaque ainda para o regresso dos ralis à Serra da Freita e a Oliveira do Hospital, dois locais com muita tradição na modalidade.