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soltasrta21A primeira nota solta vai para o Clube Automóvel de Amarante e para António Jorge e toda a sua equipa. Que grande rali tivemos nos fabulosos troços de Amarante e Baião. Desportivamente dificilmente poderia ter sido melhor, embora, como é natural, nem tudo tenha corrido bem. Troços de terra de eleição, um lote de grandes pilotos e muita emoção até final, onde nem o público faltou, foram condimentos para um grande rali, o melhor mesmo, desportivamente falando dos últimos anos.

A segunda nota vai para o tremendo esforço na comunicação do Rali Terras d´Aboboreira. Há meios para fazer coisas bem feitas, como se provou neste rali, mas manter tudo na esfera do online é muito curto, aliás, demasiado curto. A verdade é que a informação continua a não chegar aos orgãos de comunicação generalistas como devia chegar. Sem cabimento nenhum foram os streaming´s (diretos), pois o que os adeptos esperam é ver os carros a passar nos troços e não três especialistas a falar horas a fio.

Nota mais para o público que compareceu nos troços. Sempre muito ordeiro e respeitador, compreendo o momento de pandemia que estamos todos a viver. Só quem não foi à estrada não percebe que se cumpriu com as regras de segurança minimamente. Porém, alguns aspetos ficaram esquecidos e nem tudo correu bem, tanto mais depois das enormes restrições que houve no passado Rali Vieira do Minho.

Voltando à parte desportiva, discutiu-se no final do rali, qual terá sido o factor diferenciador entre os pilotos estrangeiros, que ocuparam o pódio à geral (incluindo o Polo de Goerg Linnmãe que liderou até desistir) e os três pilotos portugueses que ficaram nas posições seguintes (e que ocuparam o pódio do CPR). A verdade é que os pilotos internacionais utilizaram todos pneus Pirelli, enquanto os portugueses foram para as borrachas da Michelin. Será só isso que fez a diferença? Nos troços longos sabe-se que os Pirelli são mais constantes em termos de performance ao longo dos troços, mas o ritmo competitivo dos pilotos estrangeiros também explica um pouco a diferença. Porém, desta vez a diferença não foi assim tão grande.

Fernando Peres desforrou-se da derrota em Vieira do Minho, vencendo nas contas do Regional Norte. Venceu três dos quatro troços e terminou o rali com 19s de vantagem para Adruzilo Lopes, ambos em Lancer Evo IX. Nas duas rodas motrizes do Regional a vitória foi para Luís Morais em Peugeot 208 R2.