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constfoto24FOTOS CONSTÁLICA RALLY VOUZELA E VISEU 2024
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clioA época de estreia do Clio Trophy Portugal está ao rubro. Depois de Lisboa e Castelo Branco, a competição dos Renault Clio Rally5 ruma a outra capital de distrito, com o Constálica Rallye Vouzela e Viseu e a sua apoteótica chegada na Feira de São Mateus, a maior feira franca da Península Ibérica. Na terceira prova do calendário, o jovem Danny Carreira defende a sua liderança perante um aguerrido pelotão.

Além da confirmação da fiabilidade e da competitividade do Renault Clio Rally5, as duas primeiras provas da época confirmaram o equilíbrio entre os pilotos mais experientes e os jovens valores que despontam no Clio Trophy Portugal. O ex-campeão nacional de 2 Rodas Motrizes, Gil Antunes, entrou na competição da melhor forma, ao vencer o Rali de Lisboa, mas o jovem Danny Carreira (23 anos) respondeu em grande no Rali de Castelo Branco e Vila Velha de Ródão, assumindo a liderança do troféu organizado pela Renault Portugal.

Terceira de cinco provas do calendário, o Constálica Rallye Vouzela e Viseu vai, agora, colocar os Renault Clio Rally5 nas exigentes especiais de asfalto da região de Viseu Dão-Lafões, no próximo sábado e domingo. Um rali composto por nove troços de asfalto, alguns com tradição no panorama dos ralis nacionais, mas que configuram um novo desafio para vários dos pilotos do Clio Trophy Portugal.
Juventude e experiência

Apenas na sua terceira época nos ralis, Danny Carreira está a demonstrar o seu potencial ao volante do Clio Rally5 e chega a esta prova com três pontos de vantagem sobre Gil Antunes, voltando agora a ser navegado por Marco Vilas Boas (tal como em Lisboa). A exibição dominadora em Castelo Branco abriu boas perspetivas para o jovem piloto português, radicado na Suíça que, em 2022, teve uma curta experiência no Constálica Rally Vouzela e Viseu, integrado no FPAK Junior Team.

Gil Antunes, por outro lado, vai descobrir esta prova e, ao mesmo tempo, tentar recuperar o comando da competição. O piloto de Sintra e o navegador Diogo Correia já perceberam que há jovens pilotos com capacidade para lutar pelos primeiros lugares, como é o caso de Pedro Pereira Jr., navegado por Tiago Silva, uma dupla que acumula já dois segundos lugares, com escassos três pontos a separarem agora o piloto da Mealhada de Gil Antunes.

Nuno Coelho e Ricardo Cunha chegam a Vouzela e Viseu motivados pelo primeiro pódio da temporada, obtido em Castelo Branco, enquanto Paulo Barata também está no top 5 do troféu, agora acompanhado por Joaquim Alvarinhas.

Os jovens José Pedro Quintas (23 anos) e Luís Caetano (22 anos) também partem determinados em entrar na discussão dos lugares cimeiros, navegados, respetivamente, por Nuno Carvalhosa e David Monteiro. Henrique Azenha, por sua vez, ganhou a classe nesta prova com o Clio Rally5, em 2023, regressando agora aos troços de Vouzela e Viseu com Hugo Marques.

Classificação do Clio Trophy Portugal (após duas provas)

1º Danny Carreira, 43 pontos

2º Gil Antunes, 40

3º Pedro Pereira Jr., 37

4º Nuno Coelho, 27

5º Paulo Barata, 14

6º José Pedro Quintas, 13

Luís Caetano, 13

8º Vasco Tintim, 11

9º Carlos Marreiros, 10

10º Henrique Azenha, 4.

fpakEra uma vez seis miúdos que ansiavam um dia vir a fazer carreira nos ralis e, um bom par de anos mais tarde, encontraram a porta aberta para tentarem lá chegar, através do FPAK Júnior Team, o projeto inédito desenhado pela Federação Portuguesa de Automobilismo e Karting para apoiar e dinamizar a carreira de jovens pilotos. Nesta época de 2024 são seis os "eleitos", oriundos de diferentes regiões do país, e cada um deles tem a sua história, alicerçada nos seus antecedentes familiares nos desportos motorizados ou na forte identidade desportiva da região em que nasceram.
Dois engenheiros mecânicos, dois técnicos especializados da área automóvel, um comercial também das quatro rodas e um estudante de Direito formam a "turma" do FPAK Júnior Team 2024 que iniciou a sua época em junho, no Rali de Castelo Branco. Este foi o primeiro de cinco "exames" para se saber quem será, em finais de outubro, o sucessor de Pedro Pereira, cumpridas as cinco provas calendarizadas. A segunda e próxima etapa (31 agosto/1 setembro), dentro de pouco tempo, é o 11º Constálica Rallye Vouzela e Viseu.

"Tinha 12 anos quando comecei a seguir o meu pai [Rui Santos], que competia em ralis regionais. Eu era o fotógrafo da equipa e depois também o responsável pelos vídeos, porque o meu irmão [Francisco Santos], que tinha cursado multimédia, entretanto passou a ser navegador do nosso pai", conta EDUARDO SANTOS (24 anos), o jovem piloto de Leiria. Mais tarde, ele próprio mudou-se para o volante, mas... de carrinhos de rolamentos, de cujo campeonato nacional foi vice-campeão em 2015 e campeão no ano seguinte. Já mais tarde, em 2018, rumou a Inglaterra para cursar engenharia automóvel durante quatro anos. Foi co-piloto do pai em alguns ralis e também se estreou como piloto. Agora, no FPAK Júnior Team, tem outros horizontes: "A minha ambição é tentar, depois, sair de Portugal para disputar provas internacionais, sejam campeonatos ou troféus, se possível com um carro de topo", diz este jovem engenheiro mecânico que já hoje presta serviços na área dos ralis através da sua estrutura Racing Together.

PEDRO SILVA (23 anos), nativo de Vila Nova de Gaia e estudante de Direito, é outro dos jovens cuja opção pelos ralis foi influenciada pelas "aventuras" do pai, também Pedro Silva de seu nome, ao volante de um Ford Escort MK II. Além do progenitor, um dos seus conselheiros e amigos que o ajuda nos ralis é António Pintado, ex-piloto nos Troféus Seat Marbella e Citroen AX nos anos 90 e há várias décadas radicado na Corunha. "O meu propósito é chegar o mais longe possível, mas isso apenas poderá ser uma realidade caso ganhe um troféu, abrindo caminho para ficar mais perto dos meus sonhos. Guiar um Rally2 seria o objetivo máximo... mais concretizável", confessa o gaiense.
Especialista em mobilidade híbrida no ramo automóvel, AFONSO COSTA (22 anos) nasceu em Famalicão, terra de numerosos pilotos e desde que vivenciou o entusiasmo pelos ralis tanto do pai como do avô ficou contagiado. Pilotos como João Silva ou José Araújo fazerem parte do seu leque de amigos. "Vou fazer tudo para tentar chegar, em termos de futuro, ao patamar mais alto do CPR, que é competir com um Rally2. O grande sonho era mesmo correr no WRC, embora, muito realisticamente, seja bastante difícil...", assegura.

Sem antecedentes familiares nos desportos motorizados, desde tenra idade que RICARDO ROCHA (24 anos), natural de Amarante, ouvia falar de ralis, muito por culpa do "Vinho do Porto", a prova portuguesa do WRC que o seu pai tanto gostava de ver desde os tempos dos Grupo B e passava não muito longe de casa. "Aos 12 anos, por causa do Rali de Portugal fiquei fã dos VW Polo, na altura guiados pelo Ogier, o Latvala e o Mikkelsen", recorda, confessando uma curiosidade: "Os carros com ferros no seu interior [arco de segurança] sempre mexeram comigo... É uma coisa que nasceu e vai morrer comigo", diz este amarantino que se formou em engenharia mecânica e ainda como estudante da faculdade deu os primeiros passos, a nível profissional, no desporto automóvel como estagiário na Sports & You, sendo hoje freelancer da Racing 4 You. "Adorava, como piloto, chegar um dia ao WRC2, mas... tenho que ter os pés assentes na terra e primeiro necessito de vencer o FPAK Júnior Team para depois disputar a Peugeot Rally Cup em 2025. Quem me dera chegar ao Europeu ou ao Mundial... Toda a gente me achava maluco, mas a verdade é que este ano consegui entrar no FPAK Júnior Team, o que já foi ótimo".

Técnico especialista em tecnologia e gestão automóvel, TIAGO SANTOS (21 anos) nasceu na terra do atual campeão de Portugal de 2 RM (duas rodas motrizes), Gonçalo Henriques, de quem é amigo. "Há muitos pilotos de ralis em Vila Nova de Poiares, como o Armando Carvalho, o Jorge Carvalho e, mais recentemente, surgiu o Gonçalo Henriques, entre outros", acentua o jovem conimbricense, que diz ter nascido já com "os automóveis no sangue". Estreou-se nos ralis em 2021 (Citroen C1) e em 2023 já se ambientou ao KIA Picanto GT, antes da candidatura à iniciativa da FPAK. A ambição de Tiago é vir a sentar-se ao volante de um Rally2. "Era ótimo vencer o FPAK Júnior Team e depois chegar ao escalão máximo do CPR. Seria o concretizar de um sonho!".

Bastante mais comedido nos seus anseios, FRANCISCO CUSTÓDIO (23 anos), natural de Santa Comba Dão e comercial do setor automóvel e de mobiliário em empresas da família, decidiu seguir as pisadas do pai [Rui Custódio], depois de o ver participar na edição de 2019 do Rali de Mortágua. "Surgiu a oportunidade de eu experimentar e... gostei", recorda Francisco, que se estreou o ano passado com um Citroen Saxo no Rali de Cantanhede. Amigo do viseense Hugo Lopes e grande fã de Armindo Araújo, que segue desde os tempos do P-WRC, o beirão já só pensa chegar ao patamar em que se encontra aquele seu conterrâneo: "Neste momento, o que eu mais desejava era, um dia, conseguir correr ao mais alto nível no CPR de 2RM. Já me chegava. Não tenho, sequer, ambições a nível internacional!".
Há uma nova fornada de potenciais campeões de ralis na forja!...

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lopesA PEUGEOT RALLY CUP IBÉRICA e o DESAFIO PEUGEOT foram, como habitualmente, os grandes animadores de mais um rali disputado na Península Ibérica, desta feita, o Rally Rias Bajas, na região da Galiza, onde os PEUGEOT Rally4 voltaram a mostrar todo o seu valor. A prova espanhola, segunda do ano em termos de PEUGEOT RALLY CUP IBÉRICA e também do DESAFIO PEUGEOT, contou com uma dezena de formações na luta pelas duas competições. O português Hugo Lopes – desta feita acompanhado por Valter Cardoso – esteve em evidência ao alcançar o terceiro lugar final, mantendo a posição de líder na competição Ibérica.

Este resultado da dupla nacional surge como epílogo de um rali em que estiveram sempre na luta pela liderança, partilhando com Unai de la Dehesa/Daniel Sosa e Miguel Gutierrez/Osel Román o protagonismo ao longo de todo o rali. Desta forma, o piloto português segurou o primeiro lugar da PEUGEOT RALLY CUP IBÉRICA (quando estão disputadas duas provas) sendo que o vencedor "nas RÍas Bajas", Unai de la Dehesa, não pontuou na prova anterior, e Miguel Gutierrez havia conseguido apenas 17 pontos, fruto do terceiro lugar no Rali Terras d'Aboboreira, jornada ganha pelo piloto português.

Unai de la Dehesa/Daniel Sosa venceram com autoridade um rali exigente e onde o conhecimento da estrada acabou por ter um papel fulcral. Unai apostou forte e fez uso da sua experiência na prova galega para se colocar no topo da classificação, conseguindo levar a melhor sobre Miguel Gutierrez/Osel Román, ainda que por escassos 20 segundos. O piloto do PEUGEOT 208 Rally 4 com o número 25 venceu 6 das 10 especiais da prova e esse pecúlio materializou-se no triunfo ao cabo dos cerca de 125 quilómetros cronometrados, sendo que em termos de pontuação na competição somou 3 pontos adicionais pelo triunfo no Power Stage (a primeira passagem pela especial de Salceda), tendo sido ainda o melhor piloto Junior.

Com o terceiro lugar final e mantendo a liderança da PEUGEOT RALLY CUP IBÉRICA, Hugo Lopes era o rosto da satisfação à chegada a Vigo, centro nevrálgico do rali. O piloto afirmava que "este foi um excelente resultado e uma óptima forma de fazer esquecer o desaire de Castelo Branco. Porém, foi uma prova muito exigente. O rali é duro e corremos aqui pela primeira vez. Ter um bom conhecimento dos troços é fundamental e os nossos principais rivais tiveram seguramente uma grande vantagem."
No tocante à classificação do DESAFIO PEUGEOT, competição que inclui apenas as formações espanholas, os dois primeiros lugares são comuns aos da PEUGEOT RALLY CUP IBÉRICA (1º Unai de la Dehesa e 2º Miguel Gutierrez), com Giovanni Fariña/David Rivero a alcançarem o terceiro e último lugar do pódio, separados do líder por 1m50s.
Dentro de sensivelmente 1 mês (3 a 6 de agosto), as equipas regressam à estrada para disputar a terceira prova do ano da

PEUGEOT RALLY CUP PORTUGAL E IBÉRICA, o Rally Vinho Madeira. Quanto ao DESAFIO PEUGEOT, a pausa é mais prolongada, sendo o próximo evento o Rally Villa de Llanes, que terá lugar entre 20 e 21 de setembro.

Classificação Final PEUGEOT RALLY CUP IBÉRICA
1º Unai de la Dehesa/Daniel Sosa (Peugeot 208 Rally4), 1h19m12,2s
2º Miguel Gutierrez/Osel Román (Peugeot 208 Rally4), a 20,3s
3º Hugo Lopes/Valter Cardosos (Peugeot 208 Rally4), a 29,2s

Classificação Final DESAFÍO PEUGEOT (Espanha)
1º Unai de la Dehesa/Daniel Sosa (Peugeot 208 Rally4), 1h19m12,2s
2º Miguel Gutierrez/Osel Román (Peugeot 208 Rally4), a 20,3s
3º Giovanni Fariña/David Rivero (Peugeot 208 Rally4), a 1,53.0s

Classificação Final PEUGEOT RALLY CUP IBÉRICA (após duas provas)
1º Hugo Lopes, 49 pontos
2º Miguel Gutierrez, 35 pontos
3º Unai de la Dehesa, 28 pontos