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CPR

fafe2soltasApesar da excelente parte desportiva do Rallye Serras de Fafe, a organização da prova geriu muito mal a situação no que diz respeito à questão dos acessos aos troços, nomeadamente para os credenciados da comunicação social. Um assunto que nos últimos anos se repete nesta prova ao qual a organização sacode a "água do capote" responsabilizando os elementos da polícia por essa responsabilidade. Um assunto que urge resolver rapidamente. Este ano foi mau de mais e, na realidade, ter placa para o carro ou não, valeu exatamente a mesma coisa.

Hugo Lopes teve uma estreia difícil e complicada nesta prova ao volante de um Rally2. O piloto de Viseu fez quase tudo bem, mas uma pedra no interior de uma curva fez o Hyundai quase perder uma roda e, com isso, o consequente abandono. Pelo menos ficou a sensação de que com outras condições atmosféricas, a estreia poderia ter sido melhor sucedida.

Apesar da muita chuva e frio, esteve muita gente na estrada a ver o Rallye Serras de Fafe, provando-se que a modalidade está bem viva entre os adeptos. Logicamente que as estrelas estrangeiras levam mais gente aos troços e dão outra competitividade ao campeonato, mas quer se queira ou não, isso é neste momento bom para o nosso campeonato. Quanto ao futuro? Logo se verá?

Um forte apoio aos pilotos do Campeonato Promo, que estiveram presentes neste rali. Porém, é evidente que neste momento o espaço do Promo no contexto do CPR é marginal. Uma situação que a FPAK tem que rever, pois a insistência neste modelo é errada e prejudicial para essa competição como se viu em Fafe. Três concorrentes classificados no final do rali dizem tudo sobre o momento que o Promo atravessa.

Apesar de ter sido o único a chegar ao fim, a verdade é que Pedro Meireles levou para casa a vitória nos Masters, depois de uma excelente exibição na estreia do Skoda Fabia RS Rally2.

 

meekeTerminou a primeira prova do Campeonato de Portugal de Ralis de 2025, com uma vitória do atual campeão, Kris Meeke, que se evidenciou de toda a concorrência "nacional" e beneficiou do azar de Martin Sesks para vencer facilmente em termos absolutos.

O Rallye Serras de Fafe teve na sua história diversos momentos. O primeiro foi o domínio inicial dos pilotos "mundialistas", que nos três primeiros troços cavaram um enorme fosso para toda a restante caravana portuguesa, onde mesmo assim se destacou Armindo Araújo. Kris Meeke, no Toyota Yaris Rally2, estava nessa altura em primeiro, seguido de Martin Sesks, no Ford Fiesta Rally2, a apenas 4,8s, enquanto Dano Sordo, no Hyundai i20 Rallye, perdia de forma algo surpreendente 21,7s.

O segundo momento foi o ataque de Sesks à liderança da prova no início do segundo dia, bastando-lhe apenas dois troços para passar para a liderança por 0,1s de vantagem para Meeke, até que acontece outro importante momento. Dani Sordo fez um pião no início do segundo dia e de uma assentada perder mais de 40s e também todas as hipóteses de lutar pela vitória.

Porém, na sexta especial, dá-se outro importante momento do rali, com os problemas de direção assistida no Fiesta de Sesks, que o obrigam a desistir no final de um troço em que esteve quase a capotar o seu carro numa saída de estrada.

A partir daí, inicia-se outro rali, pois nada mais havia a discutir para os primeiros lugares. Mesmo perdendo quase 50s, devido a um problema numa roda, na sétima especial de classificação, a verdade é que Meeke estava já com uma grande vantagem para Sordo, com o espanhol a pensar já em gerir o segundo lugar, até porque face às más condições atmosféricas, que tornaram os troços muito lamacentos e difíceis, arriscar era contraproducente.

No terceiro lugar ficou Armindo Araújo que fez também uma prova aparte de todos os seus adversários portugueses, sem cometer qualquer erro. Se é verdade que esteve a baixo de Meeke e Sordo, também é verdade que esteve acima de Ricardo Teodósio, Pedro Meireles e José Pedro Fontes, permanecendo todo o rali no pódio em termos de Campeonato de Portugal de Ralis com uma boa margem para os seus adversários, estando por isso sempre a salvo de ataque da concorrência.

A posição seguinte foi ocupada por Ricardo Teodósio, que fez um rali de trás para a frente. O primeiro dia foi passado a entender o carro, sendo surpreendido pela boa prestação de José Pedro Fontes, mas já no segundo dia o algarvio atacou forte (fez dois segundos lugares em troços) e superou o seu adversário do Citroen C3 Rally2, passando para o quarto lugar que foi cimentando até final do rali.

Com o tempo perdido por José Pedro Fontes de troço para troço, devido a duas transmissões partidas, levou a que o piloto do Citroen continuasse a sua queda na classificação, sendo também ultrapassado por Pedro Meireles, com o piloto do Skoda a terminar num excelente quinto lugar da geral, depois de ter terminado o primeiro dia na sétima posição, após uma prova muito consistente.

O açoriano Rúben Rodrigues, que estreava nesta prova um Toyota Yaris Rally2, teve muitos problemas com a transmissão do carro, sendo obrigado a desistir a dois troços do final por essa razão, depois de um rali em que esteve sempre fora da luta pelos primeiros lugares.

Nas duas rodas motrizes grande vitória de Guilherme Meireles no Peugeot 208, que liderou quase toda a prova, com Hélder Miranda, em carro idêntico a ficar no segundo lugar, depois de ter passado pela liderança nos dois primeiros troços. Ricardo Sousa desistiu quando era segundo classificado, com uma avaria no Peugeot, pelo que o terceiro lugar ficou para Sérgio Dias... também em Peugeot.

No Promo, Miguel Carvalho venceu no Hyundai i20 N5, mas o grande dominador da prova foi Adruzilo Lopes, que desistiu no derradeiro troço quando era líder incontestável. No segundo lugar ficou Nelson trindade muitíssimo distante de Carvalho, ao volante de um Skoda Fabia N5.

VENCEDORES DE TROÇOS
Kris Meeke (6); Martin Sesks (3); Dani Sordo (2)

COMANDANTES SUCESSIVOS
Kris Meeke (Pec 1 a 4); Martin Sesks (Pec 5); Kris Meeke (Pec 6 a 11)

CLASSIFICAÇÃO FINAL
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serrasbfdia1FOTOS RALI SERRAS DE FAFE 2025

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(fotos Bruno Fernandes)

É AUTORIZADA A REPRODUÇÃO COM INDICAÇÃO DA FONTE (ralisonline.net)

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(fotos André Ribeiro)

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soltarser1Que grande espetáculo de ralis tem sido este primeiro dia do Rallye Serras de Fafe. O regresso ao velho sistema do Shakedown foi uma aposta ganha para este ano, pois permitiu ver logo a maioria dos pilotos em ação, por diversas vezes. Mais de duas horas de rali, com muito ritmo e com muito espetáculo à mistura, foi um grande aperitivo para a parte competitiva.

Na realidade os três pilotos mundialistas (Meeke, Sordo e Sesks) estão noutro patamar de competitividade. Quer no Shakedown, quer nos troços, qualquer dos pilotos "abriu" o livro, apresentando um nível de condução superlativo, a que nenhum piloto português conseguiu aproximar-se.

A anulação do segundo troço, depois da saída de estrada de Pedro Almeida, foi uma perfeita... parvoíce. O carro poderia ter sido facilmente removido da zona onde se encontrava, nem que fosse pelo reboque que chegou rapidamente ao local.

Realizar uma City Stage a meio do rali, sem que a mesma conte para efeitos da classificação é algo que não lembra nem ao "diabo". Ou realizava-se no final do rali (como devia ser), ou então a ser a meio do rali teria que contar para a classificação. Assim, foi apenas para "encher chouriço" e muitos pilotos do CPR não aprovaram nada esta City Stage.

Muito se esperava pela "atuação" de Hugo Lopes neste primeiro dia ao volante de um Rally2. E, na verdade, o jovem piloto de Viseu esteve num bom nível, conseguindo um quarto tempo entre os portugueses e foi sexto por duas vezes, também entre os portugueses, o que lhe dava o sexto lugar também entre os portugueses não fosse uma penalização de um minuto.

Atenção também ao jovem Kerem Kazaz num Ford Fiesta Rally3. Com 19 anos, este piloto turco quem em 2024 fez 25 ralis (entre mundial, europeu e diversas provas nacionais), este ano já vai na quarta prova, duas delas no WRC. Para já está em 12º geral em Fafe, como está confirmada a sua presença no Rally Casinos do Algarve e Terras d´Aboboreira.