Kris Meeke obteve no Rali Terras d´Aboboreira a sua terceira vitória consecutiva no Campeonato de Portugal de Ralis e se a concorrência nacional esteve longe, nem sequer a concorrência internacional lhe fez frente, numa história que teve um início “embrulhado” e um final muito feliz.
De facto Kris Meeke começou mal no Qualifying, com uma saída de estrada que deixou o seu Hyundai muito estragado de chapa, mas mesmo assim em condições de continuar para o rali depois de uma intervenção da sua equipa de assistência. Contudo, esse mesmo azar viria também a ser um pouco a sua sorte no início do rali, já que ao ser segundo na estrada (quando os seus adversários escolheram sair mais atrás), acabou por beneficiar dessa posição para rapidamente se destacar na liderança do rali. Tirando um furo na quarta especial, que o fez perder quase 30 segundos, Meeke foi sempre ganhando muito tempo a todos os seus adversários no CPR troço após troço, para terminar o rali com 1m56s para Armindo Araujo. Grandíssima demonstração de rapidez de Meeke que parece que está cada vez mais rápido assim que o CPR avança!!!
Armindo Araújo terminou num calmo segundo lugar, mais uma vez, ficando a 1m56s de diferença de Meeke, sendo o único piloto a vencer-lhe um troço. O piloto do Skoda não teve uma fase inicial do rali assim tão calma, já que o regressado Açoriano, Rúben Rodrigues, andou na sua frente durante os três primeiros troços, até que um furo o fez perder um minuto na quarta especial e descer ao terceiro lugar, posição em que iria terminar o rali, não tivesse desistido ingloriamente no derradeiro troço por causa de um despiste motivado por uma enorme buracado na estrada. Rúben fez mais uma grande exibição que merecia pelo menos um pódio.
Com a desistência de José Pedro Fontes devido a problemas de suspensão no seu Citroen, na quarta especial, era Ricardo Teodósio que subia na altura ao quarto lugar, também ele com uma prova um pouco cinzenta e também por causa de um furo que o atrasou bastante na classificação. Porém, o pior estava mesmo para vir para o Campeão de Portugal, quando na 6ª especial tem uma aparatosa saída de estrada.
Com tantas incidências, quem ficou com o terceiro lugar do pódio foi mesmo Pedro de Almeida, que fez uma prova interessante no segundo dia, depois de superar João Barros, Paulo Neto e Lucas Simões. Mesmo assim, os 4m41,8s de atraso para Meeke dão ideia da diferença de ritmos que neste momento existe no CPR.
Quanto a Lucas Simões ficou a 10s do seu primeiro pódio, ficando na frente de Paulo Neto e de Ernesto Cunha.
Nas duas rodas motrizes uma grande vitória para Hugo Lopes (que venceu também a Peugeot Rally Cup Portugal e Ibérica), que fez uma excelente exibição nesta prova, com Gonçalo Henriques a conhecer nova desistência, a um troço do fim, quando era segundo classificado, mas sem hipóteses de discutir a vitóiria. Desta feita o segundo lugar foi para Sérgio Dias e o terceiro lugar ficou para Emanuel Figueiredo.
VENCEDORES DE TROÇOS
Kris Meeke (6); Armindo Araújo (1)
COMANDANTES SUCESSIVOS
Kris Meeke (Pec 1 a 7)