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editorial152604Atualmente não existe nenhum desporto, seja ele qual for, que por si só mereça honras de transmissão televisiva sem que por trás não tenha um ou vários grandes sponsor´s.

No desporto automóvel também é assim. Basta ver as transmissões do mundial de ralis para perceber que só existem porque alguém as patrocina.

No desporto automóvel em geral no nosso país, e nos ralis em particular, também tem que ser assim. Não há outro remédio. Não basta termos um mundial de Ralicross ou um Nacional de Ralis muito interessante, para que os mesmos sejam motivo para terem transmissões, notícias ou reportagens em canais generalistas de televisão ou em jornais de grande tiragem.

E se isso ainda acontece a espaços apenas se deve à carolice de alguns jornalistas e repórteres, pois caso contrário dificilmente se veria desporto automóvel nos meios generalistas.

Então onde está o segredo? A FPAK, tal como qualquer piloto ou equipa, tem que arranjar patrocinadores fortes para os seus campeonatos, para depois venderem esse produto às televisões e jornais generalistas, não esquecendo aqueles que sempre promoveram o desporto automóvel.

Atualmente o valor de um parque de assistência do Campeonato Nacional de Ralis é demasiado alto (mais de 3,5 milhões de euros) para que a FPAK e os clubes não se entendam numa forma de promover esta competição com o nível e visibilidade que ela merece.

Aliás, a grande maioria dos pilotos e das equipas já entenderam a importância de comunicar (só em Guimarães apenas seis equipas não enviaram comunicados de imprensa), mas a FPAK e a grande maioria dos clubes continuam a assobiar para o lado, como se essa responsabilidade também não fossem deles.

Dando mais visibilidade aos atuais patrocinadores das equipas do Nacional de Ralis, mais possibilidades existiam de eles manterem ou reforçarem os seus investimentos nos ralis e no desporto automóvel.

Bons Ralis, mas em segurança!!!

Paulo Homem