Share

editorial932014Mesmo tendo sido um rali surpreendente do ponto de vista desportivo (talvez mesmo o melhor rali do Nacional que me lembre de ter visto) o Rali Cidade de Guimarães deixou alguns sinais que funcionam como um aviso para o futuro, assim os dirigentes federativos pretendam evoluir esta modalidade no bom sentido.

Em primeiro lugar, nunca deveria ter havido um rali de asfalto 15 dias depois da prova de abertura do CNR ter sido realizada em terra. É um erro regulamentar que revela que a FPAK se deixou levar pelos clubes, mas que teve longe de acautelar os interesses dos pilotos e das equipas. Em Guimarães não faltaram reclamações.

Também se deve evoluir na segurança e não apenas dos pilotos mas dos espectadores. Não se pode facilitar em demasia em ralis que têm tido muito mais público do que tiveram num passado recente, correndo-se alguns riscos em matéria de segurança que poderiam ser evitados. É que curiosamente nem sequer tem sido feita qualquer pedagogia ao nível da segurança e da colocação dos espetadores nos ralis.

Ficou evidente mais um vez a importância que os tempos têm numa prova de ralis atualmente. O Targa não falhou nisso, mas ficou mais uma fez provada que algumas das situações de 2013 não se podem repetir em 2014 a bem da verdade desportiva dos ralis e da credibilidade desta modalidade.

A vinda da Copa Suzuki a Portugal espera-se que tenha sido um bom sinal de alerta para a FPAK. Só promovendo competições destas e da forma como a Suzuki o está a fazer será possível trazer novos talentos para os ralis. Esta competição também nos veio mostrar que não são só os pilotos que pagam a festa, pois a organização retribuiu a aposta dos pilotos com prémios aliciantes. Tratar bem os clientes dos ralis, que são os pilotos, é meio caminho andando para o futuro deste tipo de competição, como bem se demonstra por esta inicitiva que se chama Copa Suzuki.

Bons Ralis, mas em segurança!!!

Paulo Homem