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editorial020314O início do Campeonato Nacional de Ralis deixou em aberto uma série de fragilidades regulamentares que, sendo certo que já se esperavam, também se poderia esperar um pouco mais de rigor face à vontade federativa de querer mudar o rumo dos ralis.

Se nos reconhecimentos continua a existir uma total liberdade, a FPAK esqueceu-se de divulgar a lista de inscritos do campeonatos antes do Rali Serras de Fafe começar, pelo que havia pilotos que ainda não sabiam ao certo qual a pontuação com que tinham saído de Fafe... dois dias após o fim do rali!!!

Se existem controlos horários, sejam antes, durante ou depois da parte desportiva, também eles são para cumprir, ao ponto de ser colocar mesmo em causa a verdade desportiva.

Também ficou evidente que a programação do calendário de provas foi profundamente errada, tal como consta do regulamento do CNR. Não só é evidente que não pode haver duas provas do Nacional de Ralis separadas por 15 dias (num calendário de 8 provas) como não faz qualquer sentido que depois de uma prova de terra se tenha uma de asfalto para em breve se voltar à terra.

Pilotos existem que não poderão ir a Guimarães depois dos problemas que tiveram em Fafe (despistes, falhas mecânicas, etc) e mesmo o Campeão Nacional equacionou a hipótese de correr em Guimarães ao volante de um Gr.N.

Também é urgente rever o regulamento dos carros de segurança. Um carro de segurança tem uma função muitoe específica dentro de um rali, e o que se tem visto em muitas provas, está longe daquilo que um carro de segurança deve fazer numa prova, nomeadamente no Nacional de Ralis.

Nos regionais também existe muita confusão quer no plano técnico quer desportivo. Os regulamentos foram sendo ajustados na semana do Rali Serras de Fafe e não é fácil perceber as diferenças que existem entre o Grupo X e a Promoção. Os 2RM passaram, e bem, a ter uma classificação, mas não é compreensível que se tenha feito tudo em cima do joelho.

Também pouco aceitável foi a solução escolhida para o Rali de Portugal Promoção, que acolhe os campeonatos Norte, Centro e Sul. Fazer uma prova quando ainda está a decorrer a Power Stage do Mundial de Ralis não é de todo uma solução que dignifique estes campeonatos "regionais", que já recebeu muitos protestos dos pilotos esperando-se com expectativa saber quantos é que se irão de facto inscrever nesta prova.

Bons Ralis, mas em segurança!!!

Paulo Homem