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editrial30062013O Open de Ralis teve em Oliveira do Hospital o seu momento mais baixo desde a sua existência. Não pela vertente desportiva, que essa até foi bem interessante de seguir, mas pelo ponto de vista da campeonato em si, quando apenas 9 concorrentes terminam uma prova desta competição.

Um Open que já ultrapassou no passado a centena de inscritos, vê-se agora vergado a ter listas de 25 inscritos, com 22 participantes e apenas 9 classificados. Retirando o efeito da crise económica, que levou bastantes inscritos, temos que pensar mais seriamente no caso e observar que o problema maior foi mesmo o de pensar que o Open poderia salvar o CPR.

Em vez de existir um campeonato estruturado com uma fase de provas em terra e outra em asfalto, em vez de se reduzir para oito ou para seis o número de provas, em vez de se apoiar federativamente os troféus existentes (que são a maneira mais barata de disputar o Open), em vez de se promover o campeonato, em vez de existir um valor fixo de inscrição para todo o campeonato, em vez de muitas outras medidas que eram necessárias para contrariar o efeito da crise, apostou-se em reduzir quase a cinzas esta competição que chegou a ter tanto ou mais impacto que o próprio CPR.

Os critérios, os troféus regionais e demais ralis sprint foram também mal geridos e acabaram por ajudar a retirar inscritos ao Open (para além de já terem liquidado os regionais), como aliás se viu facilmente em Oliveira do Hospital, onde muitos dos carros do critério deveriam estar a correr no Open.

Pilotos, equipas e promotores continuam sem ser ouvidos, e os clubes prosseguem resignados perante as dificuldades, sendo obrigados a fazer omoletes sem ter ovos para tal.

Tal como no CPR também no Open, assim como nos regionais não ouve estratégia, nem sabedoria para ver aquilo que se iria passar e que agora está aos olhos de todos.

Bons Ralis, mas em segurança!!!

Paulo Homem