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soltalis23Terminada que está mais uma edição do Rally de Lisboa, a CPKA, clube organizador, tem que estar necessariamente contente com o trabalho feito. Os responsáveis do clube sabem o caminho que querem e sabem que estamos a meio de um percurso que, para já teve o condão de trazer para a região de Lisboa a nata dos ralis nacionais, com a presença de Armindo Araújo, José Pedro Fontes, Miguel Correia e Ricardo Teodósio, aos quais se juntaram Rui Madeira e os melhores pilotos açorianos, entre muitos outros e bons pilotos. Agora tem que se trabalhar mais e tornar-se a prova mais visível, pois não basta estar em Lisboa, para por si só ser um sucesso em termos mediáticos.

Sendo a melhor das três edições da prova, pelo menos em termos desportivos, muito se discute sobre a ambição de subir de escalão, o que torna necessariamente as inscrições mais caras e a prova em si mais cara e, com isso, afasta uma série de pilotos que deixam de ter budget para poder participar na mesma. A organização candidatou esta prova ao CPR em 2014, pelo que mais difícil se poderá tornar ainda para mais pilotos realizar este rali. Vamos esperar para ver o que vai acontecer em 2024!!!

Mesmo sendo uma edição com mais nomes e com mais cartaz, ao nível dos ralis, é consensual que a prova teve menos público que a edição de 2022. A não presença de Bernardo Sousa é apontada para esta redução de público, mas a verdade é que os ralis precisam de muito mais público do que isso, mas que sejam de facto adeptos de ralis, que acompanhem as provas e que valorizam a modalidade por si. De facto, os ralis em Portugal estão a passar por um momento menos bom e já não é de agora que o público anda bastante alheado da modalidade... e mais preocupante ficará quando se aproximam dois ralis do CPR, como Castelo Branco e Água, que tradicionalmente não têm muito público.

Tendo apenas a favor o conhecimento dos troços, não deixa de ser fantástica a prestação de Rui Madeira no Rally de Lisboa, do qual é embaixador. A estrear-se no Citroen C3 Rally2, o piloto de Almada demonstrou que está em grande forma e por apenas 0,2s não conseguiu segurar o pódio que foi seu durante quase todo o rali. Uma exibição soberba e até um pouco mais acelerada do que estava à espera, pois tudo fez no derradeiro dia para segurar o pódio. Como novidade, após este rali, será a presença de Rui Madeira no Eiffel Rallye de 27 a 29 de julho, com o seu Mitsubishi Lancer Evo III.