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soltaserra2dia3Através de um vídeo publicado nas redes sociais, Armindo Araújo falou a primeira vez sobre o violento acidente da primeira etapa do Rali Serras de Fafe. O piloto tem uma mão partida, assim como tem uma fissura na coluna e ainda umas costelas partidas, enquanto o seu navegador tem um pé partido. Armindo Araújo vai ser operado esta semana à mão e à coluna, demonstrando de vontade de regressar o mais rapidamente possível que não deverá ser no Rali Casinos do Algarve.

Se fossemos eleger um piloto do rali, muito provavelmente teríamos que considerar o nome de MIkka Heikkila. O finlandês, visto inicialmente como um outsider, provou que tem ritmo para se bater com os pilotos que têm experiência de Mundial de Ralis: Breen, Ostberg e Paddon. Heikkila teve uma exibição notável para quem não conhecia Fafe, e provou que o desconhecimento do terreno não é entrave para se andar verdadeiramente depressa. Heikkila não quer disputar mais provas no CPR?

A marca de pneus indiana MRF tem este ano um enorme protagonismo no Campeonato da Europa de Ralis, patrocinando a temporada de uma boa parte dos pilotos que irão estar presentes neste campeonato. Para além disso, dão um forte apoio ao Campeonato, competição que por via disso ficou revigorada e com um interesse suplementar.

O público marcou presença neste rali, mas esteve longe de ser aquela enchente que se previa face à enorme qualdiade da lista de isncritos. Mesmo na primeira etapa, com troços anulados e muito incerteza, houve mesmo adeptos que não chegaram sequer a ver um único troço. É preciso gostar mesmo muito de ralis!!!

No final da edição 2023 do Rally Serras de Fafe, Felgueiras, Boticas, Vieira do Minho e Cabeceiras de Basto, o presidente do Demoporto (Clube de Desportos Motorizados do Porto), clube organizador desta prova de abertura do FIA-ERC (Campeonato da Europa) e do Campeonato de Portugal de Ralis, fez um balanço positivo do evento, revelando estar em aberto a possibilidade de o mesmo continuar, nos próximos dois anos, no calendário do FIA-ERC. "Excluindo o que se passou no sábado, devido a condicionantes de ordem meteorológica, motivando a anulação de alguns troços cronometrados, podemos considerar o balanço deste rali muito positivo. Claro que surgiram outros contratempos, inerentes a uma prova com estas caraterísticas, como os acidentes, a motivarem algumas interrupções que nunca são do agrado dos pilotos e com as quais uma organização tem de ligar e, por vezes, encontrar soluções. Contudo, desportivamente a prova foi um êxito, a começar pela excelente lista de inscritos e até à incerteza do vencedor, decidido apenas na última classificativa. Portanto, creio que temos razões para nos sentirmos satisfeitos", declarou Carlos Cruz no final do rali. Em relação ao futuro, não deixou de manifestar otimismo: "Temos boas perspetivas de continuar no FIA-ERC por mais dois anos, mas será fundamental reunir condições para que tal seja viável. Julgo que os nossos patrocinadores, tanto da parte das autarquias como das entidades privadas, estarão satisfeitos, face à dimensão do evento e ao elevado nível desportivo que o mesmo proporcionou. Vamos trabalhar com vista a 2024...".