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Daniel Berdomás e Brais Mirón têm motivos a dobrar para festejar após esta sexta e antepenúltima jornada pontuável para a Taça Ibérica TOYOTA GAZOO Racing: venceram o Rally Vidreiro e subiram do terceiro lugar à liderança do troféu monomarca organizado por Toyota Espanha, Toyota Caetano Portugal e MSI. Beneficiaram também, para isso, da desistência de Sergi Francoli e Javier Moreno (CSM Automoció), por despiste, depois de terem sofrido um furo, eles que lideravam isolados a competição à entrada para a prova organizada pelo Clube Automóvel da Marinha Grande (CAMG).
Indo por partes, Berdomás entrou a vencer na prova e manteve, por um segundo, o comando após a segunda e derradeira PE da 1.ª Etapa, a Super Especial - Marinha Grande, que já foi para as contas de Francoli. Mas a abrir o sábado, nos 16,47 km da PE3, Francoli conseguiu um tempo "canhão", o oitavo absoluto, e deixou o segundo classificado do troféu na especial, precisamente Berdomás, a 19 segundos, assumindo as contas à geral.
Assistiu-se depois a uma corrida atrás do prejuízo por parte de Berdomás, que venceu a quarta e a sexta especiais (a quinta foi neutralizada, devido a um acidente de um concorrente), entrando para a sétima com uma desvantagem encurtada face ao líder de 18 para 8.2 segundos. Foi aí, em S. Pedro de Moel 1, que se deu o momento decisivo da prova: a desistência de Francoli, que deixou Berdomás com uma liderança tranquila de 33.3 segundos sobre Javier Villa e Enrique Alonso, da equipa Aturhíbrido. Villa ainda venceu a derradeira classificativa, com Berdomás, já em gestão, a perder 14.7 segundos, mas a selar o triunfo com 18.6 segundos de vantagem sobre o segundo classificado.
O vencedor ainda somou mais quatro pontos aos 21 da vitória, fruto de outras tantas vitórias em classificativas. Francoli também foi o mais rápido em duas especiais, pelo que limitou um pouco o dano nas contas gerais, garantindo um ponto de cada. A restante foi para as contas de Villa, que assim também somou um ponto extra aos 18 do segundo lugar e passou a ter 67 pontos na Taça Ibérica TOYOTA GAZOO Racing, mantendo a sexta posição na tabela do troféu.
A dupla Ricardo Costa/Rui Vilaça (Macedo & Macedo GTW Racing) teve honras de encerrar o pódio e ser a melhor equipa portuguesa, o que lhe permitiu manter também o quarto lugar na classificação do troféu. Os quartos classificados na prova, Alberto Monarri e Sergio Fernandez (IPPON Motor Vallés), mantiveram igualmente a posição nas contas do troféu (quintos), o mesmo acontecendo à dupla Pedro Lago Vieira/Ricardo Faria (Toyota Caetano Auto), quinta no rali e sétima no troféu, embora acrescentando 12 pontos, para 58 no total. Joan Sabater e Gerard Taberner (CSM Automoció) terminaram o rali no sexto posto e foram os melhores Juniores.
Bruno Bulacia, navegado por Axel Coronado, foi uma das vítimas desta prova: o boliviano de 21 anos da CSM Automoció desistiu devido a problemas mecânicos e perdeu também o segundo lugar na classificação do troféu, mesmo se se mantém como melhor concorrente júnior (menos de 24 anos). Entre as desistências neste Rally Vidreiro, referência ainda para o acidente de Miguel Campos e Carla Salvat (Macedo & Macedo GTW Racing), e para os problemas mecânicos da dupla António Sainz/Carlos Riesgo Fernandez (KOBE motor). José Mulero e Carlos Fernandez (Labasa) também desistiram no primeiro dia, mas regressaram no segundo, ao abrigo do Super Rali, e com o sétimo lugar final ainda garantiram oito pontos e a subida do 10.º ao oitavo lugar na classificação geral da Taça Ibérica TOYOTA GAZOO Racing.
Os Toyota GR Yaris demonstraram mais uma vez grande potencial, desta feita, no rali do CAMG, integralmente em asfalto, com dois concorrentes do troféu classificados no lote dos dez primeiros à geral nesta última prova do Campeonato de Portugal de Ralis de 2023. A Taça Ibérica TOYOTA GAZOO Racing prossegue, de novo em asfalto, com o Rally la Nucía, a 3 e 4 de novembro, para encerrar na terra, duas semanas depois, a 19 e 20, com o Rally Pozoblanco, ambas as provas pontuáveis para o Supercampeonato de Espanha de Ralis 2023.