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Editorial

editrial14914Também concordo com alguns analista de secretária que esta direção da FPAK está a dar indicações de que pretende ter um rumo para o desporto automóvel.

Quer o Presidente quer os seus "braços direitos" têm estado presentes nas provas, e até participado nelas, escutando e vendo ao vivo a realidade do desporto automóvel, bem como têm vindo a apoiar algumas iniciativas, não muitas, dando sinais positivos mais através da sua ação do que através da sua decisão.

Urge contudo tirar muitas ilações com o que se tem passado nos ralis em termos regulamentares e organizativos, deixando de fora a questão dos ralis sprint não muito bem tratada nos últimos dias, mas trazendo à baila os recentes acontecimentos nos Açores e na Madeira.

O mal estar é evidente entre pilotos e organizadores, com o nível dos ralis a baixar drasticamente, com trocas de acusações mais ou menos graves que em nada contribuem para o desenvolvimento da modalidade.

No cerne de muitas destas questões está a questão regulamentar. Todos sabemos que os regulamentos são uma coisa que rege as provas desportivas, mas que depois em função de interesses ou de outro tipo de jogadas se vão alterando ou fazendo cumprir (com mais ou menos rigor) em função dos protagonistas.

Não se pode nem se deve mudar regulamentos a meio do jogo, pois dessa forma a verdade desportiva está sempre em causa e os beneficiados, mesmo que indiretamente, acabam por ser sujeitos a uma enorme suspeição.

No caso concreto dos "Porsche" todos sabemos que os que correm em Portugal não são RGT´s. Apenas correm por decisão federativa em Portugal. Pergunta-se então: porque razão não se permite que o Fiesta R5 não possa evoluir para a versão R5+ ou que os Gr.N R4 não possam a ter o kit "Plus"?

O fundamental mesmo é que para 2015 os regulamentos possam ser conhecidos com antecedência e que não existam regras alteradas a meio do jogo, pois caso contrário a credibilidade continuará a ser colocada em causa.

Bons Ralis, MAS EM SEGURANÇA!!!

Paulo Homem

editorial792014Não era preciso ser bruxo para prever o que aconteceu em Guimarães no Rali Sprint. Os ralis sprint tornaram-se numa bomba atómica e era apenas uma questão de tempo até acontecer esta tremenda tragédia que se abateu sobre a modalidade que mais gosto.

As regras de segurança têm que ser válidas para todo o tipo de ralis e não se pode nem deve facilitar quando o assunto é a segurança das pessoas que assistem a estes eventos e dos concorrentes que vão dentro dos carros.

O que sucedeu em Guimarães foi apenas o epílogo de tantas e tantas histórias (mais ou menos trágicas) que se têm vindo a suceder em diversos ralis sprint.

Lamentar as vítimas e endereçar os sentimentos é uma questão de respeito para com as famílias, mas mais do que nunca é preciso apurar responsabilidades e saber ao detalhe o que falhou não só em Guimarães mas nas outras provas para se tomar medidas rapidamente, evitando que este tipo de tragédia volte a suceder.

Tudo se pode pôr em causa num rali, mas nunca as questões de segurança, que devem estar acima de todos os detalhes que as organizações devem atender para levar por diante as suas provas.

Aproveito esta maré negra, para questionar a função que o condutor do carro 0 (SEGURANÇA) deve ter numa prova de ralis. A maioria das vezes, para não dizer quase sempre, o "carro 0" serve para tudo menos para trabalhar para a organização em matéria de segurança. Não é por acaso que até o carro de som, num determinando rali, acabou por se despistar!!!!

Bons Ralis, MAS EM SEGURANÇA!!!

Paulo Homem

motapauli12Com o passar dos anos e sempre que olhamos para trás, por vezes ficamos com a ideia de que vale sempre a pena seguir com as nossas ideias.

Por diversas vezes, aqui mesmo neste espaço, falei da importância de a FPAK levar a efeito um rali que serviria de Taça de Portugal, no qual pudessem correr todos os pilotos e todo o tipo de carros.

Fiquei francamente feliz por ver que muitas anos de depois, a nova FPAK, quer levar por diante essa sugestão que por diversas vezes tinha feito aqui.

Em tempos, talvez há mais de uma década, na zona de Albergaria dos 12, chegou-se a realizar um rali dos "Campeões" que pretendia reunir num só evento diversos pilotos do regionais. Foi na altura uma prova muitíssimo bem disputada e que foi muito bem aceite por pilotos.

Foi neste rali que me inspirei para achar que a FPAK deveria ter uma prova, no final do ano, após terminarem todos os calendários de ralis, que se pudesse chamar de Taça de Portugal. Se existe um vencedor do Campeonato porque razão, como em tantos outros desportos, não existe um vencer da Taça de Portugal?

Há pouco mais de dois anos, a anterior direção da FPAK chegou a chamar Taça de Portugal a um encapuzado Open que corria junto do Nacional de Ralis. Foi talvez uma das melhores decisões do antigo elenco federativo, que permitia aos pilotos dos VSH disputar o Nacional e poderem pontuar para uma classificação própria.

Talvez não fosse má ideia, fazer regressar também esta competição, chamando-lhe outro nome, e apostar definitivamente num novo Open (como o conhecemos até 2012), que tantas saudades deixou e tanta falta fez aos ralis este ano.

Bons Ralis, mas em segurança!!!

Paulo Homem


PS. continuem a mandar as vossas sugestões para a fpak ( Este endereço de e-mail está protegido de spam bots, pelo que necessita do Javascript activado para o visualizar )

 

editorial310814Depois do fim do Desafio Modelstand, competição que a FPAK nunca apoiou como devia, os ralis em Portugal ficaram órfãos de troféu de ralis. Aliás, no Nacional de Ralis o jejum é bem maior o que por si só tem representando a ausência de uma porta de entrada nesta competição.

Graças ao trabalho e abnegação de Vitor Calisto, em 2015 um Troféu de Ralis pode mesmo estar de regresso ao panorama da modalidade, com a organização do Challenge Citroen DS3 R1.

Esperam-se boas novidades para breve, uma delas foi a associação de Rui Madeira a este projeto, ele que personifica na realidade o que deve ser uma carreira de um piloto de ralis, que se iniciou no Troféu Marbella chegando mais tarde a vencedor da Taça Fia de Ralis.

Agora terá que ser a FPAK também a dar um passo importante no sentido de apoiar incondicionalmente esta iniciativa, podendo, por exemplo, promover a mesma para os jovens pilotos que estão a sair dos Karts ou do Ralicross e que pretendam evoluir para os ralis.

Se se olhar para o panorama de pilotos que existem em Portugal nos últimos 20 anos, facilmente veremos que a grande maioria deles (nomeadamente muitos dos que tiveram sucesso) saíram dos troféus de ralis.

Por tudo isto (e não só) existem múltiplas razões para que esta iniciativa deva ter sucesso já a partir de 2015, pois faz muito falta aos ralis este tipo de iniciativas.

Bons Ralis, mas em segurança!!!

Paulo Homem

ediotiral170814A medida regulamentar de atribuir 5 e 10 pontos a quem estivesse presente nas duas derradeiras provas do Nacional de Ralis (depois de ter estado presente nas seis primeiras) não vai ter efeitos quase nenhuns.

As circunstâncias dos ralis ditaram que assim fosse, mas apesar das boas intenções dessa medida, estava na cara que estaria votada ao insucesso, até pelos elevados custos que o Nacional de Ralis acarretou para os pilotos este ano.

Nenhum piloto se sente obrigado administrativamente a participar nos últimos ralis do ano para ir buscar pontos, quando já lá não vai discutir rigorosamente nada, pelo que o melhor é que se comesse já a tratar uma forma de atrair mais pilotos para a segunda fase de um futuro campeonato.

Uma das medidas era permitir que em oito ralis pudessem pontuar seis, escolhendo os três melhores resultados de um primeira fase com quatro provas, e outros três resultados de uma segunda fase novamente com quatro ralis.

Não sei o que poderá acontecer nas duas últimas provas do Nacional de Ralis deste ano, mas se a ausência de alguns dos principais pilotos for confirmada, será difícil que exista interesse e emotividade para esses ralis. Mais uma vez lá serão os campeonatos secundários (Centro e Sprint) a compor uma lista de inscritos, alguns deles com automóveis que deveriam estar a correr no Nacional.

É urgente que a FPAK entenda que tem que reduzir custos do Nacional de Ralis, permitindo que outros pilotos se possam sentir atraídos a disputar esta competição, como tem que olhar para o cenário existente e apoiar todas as iniciativas que tendam a que exista um troféu monomarca que tanta falta faz para chamar novos pilotos e criar um motivo suplementar de interesse.

Bons Ralis, mas em segurança!!!

Paulo Homem