Depois de ter divulgado as linhas mestras para os ralis a FPAK decidiu, sem qualquer problema, alterar o que tinha escrito e não avançar com um absurdo "Open" de 12 provas.
A solução encontrada foi deixar os regionais quase como estão, reduzindo o número de provas, e criar umas taças manhosas de asfalto e terra que não interessam a rigorosamente ninguém.
Continua-se, na minha opinião, a alinhavar intenções, tarde e a más horas, e quando não faltam dois meses para se iniciarem as provas de estrada, não existem de facto regulamentos. A verdade é esta!
Esperamos, pelo menos, que com esta forma simplista de virar o bico ao prego, a FPAK tenha o bom senso de criar o tal campeonato de duas rodas motrizes que tanta falta faz ao Nacional de Ralis.
A divulgação recente do relatório ao acidente do Rali Sprint de Guimarães de setembro passado é um ato positivo da FPAK. Sabemos que neste relatório não estava em causa o julgamento dos ralis sprint, mas sim o apuramento de um triste acontecimento.
Sinceramente não me revejo nas conclusões do relatório, apesar de as aceitar, mas ficou por esclarecer tudo, nomeadamente uma perícia técnica às circunstâncias (carro, piloto, público, estrada, etc). Se houve vitimas é porque alguma coisa correu mal e se correu mal então deve-se ficar a saber o que correu mal. É precisamente isto que o relatório não diz.
Todos sabemos, e nesta matéria ninguém é estúpido, que o que aconteceu no Rali Sprint Guimarães já era esperado há muito tempo e que a manter-se o que se viu em 2014 neste tipo de provas (e também em parte no Nacional e nos Regionais) poderemos voltar a lamentarmo-nos no futuro.
Por isso, tenho uma grande expectativa sobre o regulamento técnico e desportivo dos ralis sprint em 2015, pois acredito que a FPAK sabe que existe muito para mudar.
Bons Ralis, mas em segurança!!!
Paulo Homem