A temporada 2016 do CRA, terminou mais uma vez nos demolidores troços da ilha do Pico. Com muito vento durante todo o dia e com a chuva que caiu durante a noite e principio da manhã, tornaram ainda mais difíceis, as especiais da ilha montanha, num rally sem história na luta pela vitória.
Pela primeira vez com o Fiesta R5 na ilha do Pico, Ricardo Moura voltou a vencer mais um rally do campeonato açoriano, com grande vantagem sobre o segundo classificado, numa prova em que ficou praticamente decidido na primeira especial de hoje.
Após o acidente no rally anterior, Luis Rego Jr. entrou demasiado cauteloso na primeira especial de hoje, perdendo logo 50 segundos para Moura. Para além disso, as molas utilizadas no Fiesta R5 não foram as mais adequadas para os demolidores troços do Pico, preferindo gerir a mecânica e fazer quilómetros, ficando a mais de 3 minutos do vencedor.
Hugo Mesquita começou o rally a perder tempo nos troços inicias, mas recuperou várias posições nas segundas passagens, subindo para terceiro e confirmar o vice-campeonato açoriano.
Pedro Vale nunca tinha andado com o Subaru no asfalto nem conhecia os troços no Pico. Com pneus usados e sem conhecimento do terreno, o piloto de São Miguel foi melhorando a sua prestação ao longo do dia, conseguindo terminar na quarta posição a 34,5s de Mesquita.
Henrique Moniz começou bem o dia na terceira posição, mas logo de seguida, rebentou-se um dos tubos de travões dianteiros, fazendo-o penalizar 40 segundos após ter reparado a avaria e perder quatro posições. À tarde, Moniz conseguiu recuperar até quinto, mas voltou a acontecer o mesmo na derradeira especial e perder nova posição para Rafael Botelho que acabou por vencer entre as duas rodas motrizes, num ano em que foi campeão da categoria.
Pedro Lança e Rafael Botelho estiveram envolvidos numa boa luta durante todo o rally, mas o piloto continental queixou-se de um possível desalinhamento do seu carro durante as últimas especiais e com a chuva forte que apanhou no derradeiro troço, bastaou-lhe levar o carro até ao final em segurança, na sétima posição e terceiro entre as duas rodas motrizes.
Carlos Andrade começou o dia na quarta posição, mas tal como Henrique Moniz, também teve problemas após a segunda especial do dia, penalizou mais de 1 minuto e depois viria a parar no reagrupamento, com os apoios do motor partidos.
Bruno Tavares foi o melhor entre os VSH, numa classe em que liderou desde o inicio. Apesar de ter partido o escape, o piloto micaelense levou o velhinho Peugeot à oitava posição final, a quase 1 minuto de Lança.
O local José Paula, entrou com o pé esquerdo no rally, ao parar na super especial na primeira noite, com a suspeita de ter partido o diferencial, logo na primeira curva da especial, acabando por penalizar muito e regressar no segundo dia com mais de 3 minutos de atraso. Hoje, José Paula registou alguns tempos interessantes e conseguiu recuperar até à nona posição final.
VENCEDORES DE TROÇOS:
Ricardo Moura (9)
LÍDERES DO RALLY:
Ricardo Moura (SS1 a 9)
CLASSIFICAÇÃO FINAL
1. Ricardo Moura / Sancho Eiró (PRT) Ford Fiesta R5 47:21,9
2. Luís Rego Jr. / Jorge Henriques (PRT) Ford Fiesta R5 +03:37,5
3. Hugo Mesquita / Filipe Gouveia (PRT) Mitsubishi Lancer Evo IX +05:15,3
4. Pedro Vale / Rui Medeiros (PRT) Subaru Impreza STI N15 +05:49,8
5. Rafael Botelho / Nuno Rodrigues da Silva (PRT) Citroën Saxo Cup +06:29,5
6. Henrique Moniz / Jorge Diniz (PRT) Citroën DS3 R3T +07:06,7
7. Pedro Lança / Paulo Marques (PRT) Citroën Saxo Cup +07:15,7
8. Bruno Tavares / André Seabra (PRT) Peugeot 205 Mi16 +08.12,3
9. José Paula / Miguel Ribeiro (PRT) Mitsubishi Lancer Evo IX +09:32,7
10. João Ávila / Filipe Moura (PRT) Mitsubishi Lancer Evo III +11:04,6
PRINCIPAIS ABANDONOS:
8 Carlos Andrade / Tomás Pires (PRT) Renault Clio R3 (apoios do motor após SS5)
15 Ruben Santos / Nuno Pereira (PRT) Peugeot 106 1.6 (transmissão na SS4)