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silvaO jovem talento de Vila Velha de Rodão protagonizou uma época a roçar a perfeição, coroada com o título de Duas Rodas Motrizes no Campeonato Centro de Ralis e as vitórias na Divisão 1 dos Desafios Kumho Asfalto e Centro.

Os sinais vinham já de trás. Rapidamente se percebeu que na zona raiana da Beira Baixa estava a nascer um talento que, caso venha a ser condições, poderá se tornar num caso sério no panorama dos ralis nacionais.

Falámos de Pedro Silva, nado e criado em Vila Velha de Rodão e que, acompanhado pelo consagrado navegador Nuno Rodrigues da Silva em praticamente todas as provas da temporada, levou o seu Peugeot 208 VTI a um ano que consagrou a sua rapidez com a conquista de títulos e da primeira vitória absoluta da sua ainda curta carreira.

E como tudo começou para Pedro Silva?
O também “soldado da paz” conta que se iniciou “no desporto motorizado em 2015 com um Starlet 1.3 S. Comprei este carro propositadamente para fazer uma prova de Regularidade Sport que iria realizar-se em Vila Velha de Ródão. Na altura custou me 400€ e não estava nas melhores condições, tinha inclusivamente o diferencial soldado. A prova foi um sucesso e senti que era mesmo aquilo que queria fazer e que deveria apostar em mim. Fui participando em provas semelhantes e os resultados foram aparecendo com vitórias na classe. Mais tarde e mantendo a tração traseira, adquiri um carro igual para preparar e apostar nos ralis, no futuro”.

Com um sorriso nos lábios, o jovem craque conta que “ainda hoje mantenho este Toyota Starlet 1.3 S pois é um carro especial, preparado com muito cuidado e que me dá um gozo enorme guiar”.

Após 3 anos na Regularidade Sport, Pedro Silva decidiu “passar efetivamente aos ralis. Fiz 2 provas de Toyota e felizmente, consegui obter um Peugeot 206 Troféu. Com este carro, venci o grupo X1 em 2019 no CCR e também a Divisão 2 do Desafio Kumho Asfalto”, conquistando assim na competição organizada pela ASR Tyres o seu primeiro título.

Essa primeira época foi assim concluída com êxito e levou o piloto a voltar a apostar no carro francês para 2020. Num ano atípico, devido à pandemia, nem por isso Pedro Silva deixou de voltar a mostrar as suas “garras”, concluindo o CCR na 2ª posição do Campeonato de 2RM, considerando que “esta solidez de resultados permitiu que garantisse a confiança dos meus sponsors atuais. E Foi este apoio e confiança que me permitiu dar o salto para, em 2021, utilizar um 208 R2, passo que sabia ser ousado, mas que também considerava necessário”.

E 2021 transformar-se-ia numa época de consagração de Pedro Silva. De início a fim, foi sempre um dos mais fortes entre os que almejavam lutar pelos lugares cimeiros da geral e, principalmente pelo domínio nas duas rodas motrizes.

Rápido e consistente, tornou-se dominador nas três frentes onde “combatia”. Pedro Silva lembra que “no início de época assumimos que queríamos lutar pelo título a Centro das 2RM e também pela vitória nos Desafios Kumho Asfalto e Centro. Ao longo do ano, fomos sempre muito fortes e os resultados são prova disso. O balanço é extremamente positivo. Alcancei todos os objetivos a que me propus no início da época, tirei o melhor partido de um carro bastante fiável, senti que evolui e transmiti isso mesmo para quem me foi acompanhando. A época de 2021 foi memorável!”.

Como “cereja no topo”, almejou ainda chegar à primeira vitória absoluta da sua carreira, triunfando na edição inaugural do Rallye de Resende, organizado pelo Targa Clube, feito que “jamais esquecerei. Foi incrível e saí de Resende com o título e uma vitória que marca a minha carreira!”. Aliás, considera que “a vitória à geral no Rali de Resende, permitiu-me fechar a época em pleno e sentir que estou cada vez mais rápido e competitivo. Foi um dos momentos mais altos do ano. Outro momento perfeito está diretamente relacionado com a minha vida pessoal, mas que influenciou em muito o meu estado de espírito, a minha concentração e a minha própria confiança para cada prova, pois tratava-se do estado de saúde da minha mãe. A pessoa que me apoiou sempre, que tudo fez para que nada me faltasse e que me transmitiu valores que fui aplicando nestes últimos meses. Todas as minhas conquistas são dedicadas à mulher guerreira que enfrentou todas as batalhas com um sorriso e força!”.

Quanto ao ponto menos feliz de 2021, não tem dúvidas: “foi precisamente a minha estreia em terra, onde tive um acidente a 1 troço do fim do rali. Considero o momento menos feliz pois fez-me perder a posição no campeonato e consequentemente, impor mais ritmo nas provas seguintes para colmatar esta falha de pontos. Encarei esta saída de estrada como uma aprendizagem. São situações que acontecem e que nos fazem crescer”.

E o que representa para este “jovem lobo” ser campeão?
 “É algo difícil de descrever. Desde pequeno que acompanho e vibro muito com esta modalidade. Portanto, conseguir os apoios necessários para adquirir um carro, fazer um campeonato, lutar ao segundo com grandes pilotos que me lembro de infância e alcançar um título, é sem dúvida alguma, cumprir um sonho. Uma conquista que ficará marcada para a minha vida. Obviamente que não foi um feito só meu, foi uma vitória conjunta pois tive um apoio notório dos meus patrocinadores, equipa e família. Nunca pensei que estivesse ao meu alcance, mas também nunca desisti daquilo em que acredito. Foram 5 anos de evolução pura, de empenho e de muita adrenalina. 5 anos que passaram a alta velocidade e que demonstraram que tudo é possível, basta acreditar!”.

Ao cetro agora seu, Pedro Silva juntou mais dois troféus Kumho para a sua coleção e conquistas no Desafio reservado aos pneus coreanos que o piloto considera terem sido “foram ótimos aliados, pela sua robustez e perfomance. Destaco ainda todo o empenho dos seus promotores que nos permite ter um impacto brutal a nível de comunicação social”. Como tal, considera que “o Desafio Kumho foi das melhores iniciativas dos últimos tempos. Tornou os campeonatos mais competitivos, o facto de ter prémios monetários e/ou pneus é uma motivação extra, e ainda promove e divulga a modalidade, pilotos e carros de uma forma exemplar. Acredito que o sucesso só tenha sido possível por ter as pessoas certas no seu comando”.

Festa feita, agora é tempo de olhar em frente. Pedro Silva revela que “vamos ter um ano novamente desafiante e ambicioso. Os objetivos mantêm-se com as mesmas bases que os anteriores: garantir a evolução, obter títulos, dignificar os meus sponsors e dar-lhes a merecida visibilidade. Estamos a fazer os possíveis para evoluir de campeonato e atingir outros patamares. Esperamos conseguir dar novidades brevemente”.

 

resendeInscritos Rali de Resende.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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resendeTroços e horários Rali de Resende.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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tabuaA Escuderia Castelo Branco já não vai, em sintonia com o clube MK Makinas e com o apoio da Câmara Municipal de Tábua, colocar a edição de 2021 do Rali de Tábua na estrada. Um calendário competitivo muito preenchido nos últimos meses do ano, com particular destaque para a realização de duas provas pontuáveis para o Campeonato Centro de Ralis no espaço temporal de uma semana, está na base da decisão.

O Rali de Tábua deste ano não vai ser uma realidade. Não estão reunidas as condições para que este evento seja, à semelhança das edições anteriores, um sucesso com forte impacto positivo na região onde se realiza.

A pandemia obrigou a uma reestruturação dos calendários desportivos em 2021. Tal medida fez com que o Rali de Mortágua (5 e 6 de novembro) e o Rali de Tábua (13 e 14 de novembro) se realizassem em fins-de-semana consecutivos. Se ao nível da organização, tal não teria grandes implicações, o impacto desportivo e económico seria consideravelmente menor em relação ao que se tem verificado nos últimos anos.

A probabilidade de a lista de inscritos ser afectada negativamente era grande. Além disso, as equipas que fizessem questão de participar nos dois eventos, não poderiam realizar os reconhecimentos, que habitualmente acontecem no fim-de-semana anterior ao evento.

Deste modo, as entidades envolvidas na organização do Rali de Tábua 2021, optaram por cancelar esta edição e começar, desde já, a trabalhar para o próximo ano. "A proximidade entre as duas provas não beneficia, antes pelo contrário, a modalidade. Em vez de ter um efeito aglutinador, acaba por dificultar a participação das equipas. Nestas circunstâncias, os concorrentes têm dificuldades de logística e organização para se prepararem para o Rali de Tábua. Desta forma, e conscientes que tal situação não teria o impacto positivo que se espera, a decisão mais sensata acaba por ser o cancelamento da edição de 2021 e começar já a preparar 2022", explicou o diretor do rali, Luís Dias.

Entretanto, a Escuderia Castelo Branco está a preparar derradeira prova do Campeonato de Portugal de Ralicross, o Ralicross de Castelo Branco, que se realiza entre os dias 29 e 31 de outubro.

resendeO Targa Clube volta às lides organizativas da modalidade e leva para a estrada este novo rali, dedicado em exclusivo ao plantel do Campeonato Centro de Ralis, contando ainda para o 4º Desafio Kumho Asfalto, Centro e Norte.

Será o primeiro evento de ralis que a agremiação portuense realizará, após um interregno de vários anos.
E o Targa Clube decidiu que esta edição inaugural do Rally Resende Douro Verde não vai ter "prova extra. O Rali será integralmente dedicado a todos quantos participem no âmbito da regulamentação do Campeonato Centro de Ralis. Quisemos que todos quantos se esforçam para participar nesse campeonato, incluindo aqueles que também estão inseridos no 4º Desafio Kumho Portugal fossem os protagonistas deste nosso regresso à organização de provas de estrada", salientou Fernando Batista, presidente do histórico clube nortenho.

Para o dirigente, a escolha de Resende como centro desta nova aposta é fácil de defender: "já tínhamos Resende em mente há muito tempo. E de facto aqui há condições magníficas para realizar uma prova desta natureza, e quando as pessoas têm força de vontade tudo se concretiza. Viemos encontrar uma grande recetividade junto do município e na pessoa do seu presidente, Garcês Trindade e temos plena convicção de que vamos apresentar um rali que vai agradar a todos". Fernando Batista apontou também a importância que o automobilismo pode desempenhar para a promoção de uma região como a do Douro intermédio, onde se insere Resende.

Já o autarca de Resende, Garcez Trindade, destacou a forma como o Targa Clube se empenhou na prova e na tradição que a região tem no desporto motorizado: "Basta ver que as perícias que temos tido no concelho. E a ideia é que a tradição se mantenha, pois é um polo dinamizador do turismo e da economia local".
O Rally Resende Douro Verde arrancará em termos competitivos no coração do município. Pelas 19.05 horas de sábado, 23 de outubro, a primeira equipa enfrentará a passagem inicial pelos 11,61 kms da especial de Resende/Enxertado, cuja segunda passagem acontecerá às 20.50, concluindo-se aí a jornada inicial contra o cronómetro.
No domingo, 24 de outubro, a caravana do Campeonato Centro de Ralis terá pela frente mais duas duplas passagens pelos troços cronometrados de Miomães/S. Romão (5,23 kms) e de Canizes/S:Cristovão (7,96 kms), intervaladas por uma passagem única nos 9,07 kms de S. Martinho de Mouros/Paus. Serão assim 58,67 quilómetros de especiais numa prova desafiante que terá o seu epílogo às 15.10, com a cerimónia de entrega de prémios, frente à Câmara Municipal de Resende.