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Madeira

nacionallogoralis12São 32 as equipas inscritas no Rali Muncicípio do Funchal, prova pontuável para o Campeonato da Madeira de Ralis e Open de Ralis da Madeira, que se disputa no Sábado, dia 15 de Setembro.

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ralimunfuncalcartaz12PROVA: Rali Município do Funchal
ELEGIBILIDADE: Campeonato da Madeira de Ralis
DATA: 15 de Setembro de 2012
ORGANIZADOR: Clube Desportivo Nacional
CONTACTOS: (t:) : 291 220 289 / 914 737 471 / www.ralisdonacional.com / Este endereço de e-mail está protegido de spam bots, pelo que necessita do Javascript activado para o visualizar
PERCURSO: 69,69 Kms / Troços – 185,14 Kms
NOVIDADES: Mais um troço do que em 2011
CENTRO OPERACIONAL: Cidade Desportiva do C. D. Nacional
INSCRITOS / MAPA DOS TROÇOS / ACESSOS AOS TROÇOS

HORÁRIOS
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autoretira12Num longo comunicado, que publicamos na integra, o Team Tomiauto, pelo qual correm António Nunes e Miguel Nunes, afirma que no final da época a equipa se vai retirar. As razões são as de quase sempre, e funcionam como mais um sério aviso à FPAK. O Ralis Online reve-se totalmente neste comunicado.

Aqui fica o comunicado para ler com atenção:

Após 7 temporadas a constar por entre as listas de inscritos, o Team Tomiauto Total/Cepsa retirar-se-á no final deste ano. Com início de carreira a bordo dos Citroën C2, passando pelos Peugeot 206 S1600 e atingindo o pico do automobilismo com o Peugeot 207 S2000 de Miguel Nunes, os irmãos Nunes terminarão a sua carreira a bordo dos Mitsubishi Lancer Evolution X. Procurando sempre competir com armas iguais e não enveredando por vitórias fáceis, António e Miguel Nunes há muito que já haviam deixado bem patente o seu desagrado sobre o rumo que o automobilismo segue e agora, após a vinda a público de mais notícias negativas para os ralis regionais, a equipa decide colocar o travão nas suas participações. Miguel Nunes, entristecido confirma o abandono, apontando "...um conjunto de factores que fazem-nos abandonar o Campeonato Regional de Ralis. Ao longo destes 7 anos algumas situações menos agradáveis e injustas foram causando algum desgaste na equipa. Com o aumento das dificuldades financeiras que se foram sentindo gradualmente nos últimos anos, tudo fizemos e tentamos sempre alertar para onde caminhavam os ralis na Madeira, no entanto nada foi feito, continuando o campeonato a ser completamente desajustado à realidade que vivemos na região...", situação esta última que António corrobora na totalidade: "...temos uma regulamentação que entendemos ser desajustada à realidade que vivemos e uma federação que não defende minimamente os interesses da modalidade...", afirmando ainda que o abandono acontece também devido "...a uma série de azares que me têm afectado particularmente ao longo da minha carreira, culminando agora no último Rali Vinho Madeira com a maior decepção que tive nesta modalidade. Tudo isto aliado à crescente dificuldade em angariar apoios e ao cansaço acumulado ao longo dos anos devido ao esforço e sacrifício que temos de fazer para conseguirmos por o nosso projecto de pé, fez-nos tomar a decisão de por termo à nossa carreira...". Com um empobrecimento cada vez mais generalizado, nem mesmo "...as dificuldades aparentes da maioria das equipas fizeram com que os responsáveis da modalidade dessem o braço a torcer e criassem as condiçõess necessárias para ajudar as equipas as ultrapassar as dificuldades. Ano após ano assistimos a uma verdadeira degradação da modalidade. Continuamos a não ter legislação que defenda os praticantes da modalidade, sendo estes presas fáceis para as autoridades que cada vez mais "caçam" o dinheiro fácil através das multas...", situação que ocorreu recentemente com a equipa, causada por uma denúncia, e que a fez passar por "...momentos muito difíceis, com uma clara perseguição por parte de algumas autoridades que nos obrigaram a ter um elevado custo com uma re-expedição inesperada das 2 viaturas da equipa até Espanha, com a agravante de ter ficado em causa a participação no Rali do Marítimo, o que nos traria ainda mais problemas pelo incumprimento de alguns contratos de patrocínio assumidos por nós...", sublinha Miguel.

Se a nível legislativo o panorama é negativo, António afirma convincentemente de que "...o automobilismo tem vindo a degradar-se na região não é de agora, mas sim consequência de nunca se terem tomado medidas ajustadas à nossa realidade de há uns anos a esta parte, obrigando as equipas a acompanhar uma evolução que não era adequada a uma região como a nossa, de forma a que agora surgem as dificuldades e aparecem os reflexos de tudo o que foi mal feito anteriormente...", também a nível desportivo as condições criadas para a verdade desportiva estão-se a esfumar pois, segundo Miguel, "...rali após rali sentimos um maior facilitismo no cumprimento dos regulamentos, cada vez se sente uma maior permissividade por parte das entidades competentes, situação que irá concerteza criar um clima desagradável entre as diversas equipas participantes e, por consequência natural, ficará cada vez mais abalada a verdade desportiva!..", o sentimento de que "...em tempos difíceis o melhor é fechar os olhos a tudo para ninguém se chatear..." tem tido, na opinião do piloto, "...o efeito completamente oposto...". A situação torna-se ainda mais saturante quando se assiste "...à dualidade de critérios que sentimos perante algumas situações vividas, nomeadamente o rigor e severidade da aplicação de uma penalização de 1m30s à nossa equipa no RVM de 2011, quando noutras situações mais graves assistimos sempre a uma resolução fácil em benefício das equipas infratoras...". Se a todas estas situações "...e a algo mais que fica por dizer, somarmos a crescente dificuldade em angariar os apoios necesssários para voltar a colocar o projeto na estrada, reflectimos muito e chegamos à conclusão que não há condições nem devemos continuar a nos esforçarmos para contribuir para este desporto, não podemos remar a vida toda contra a maré!", confessa Miguel Nunes. A causa para tamanha degradação do automobilismo está, segundo o mais novo dos irmãos Nunes, "...no conflito de interesses que surgem à volta da modalidade, cada um puxa para seu lado e ninguém se entende. Desta forma acaba-se sempre por prejudicar uma maioria, maioria essa que faz falta à modalidade quando se vão embora...". Por entre muitas vitórias, títulos e espectáculo, aconteceram também muitas polémicas e no Rali do Porto Santo "...ocorreu por uma simples razão: nós conseguimos sempre lutar pelas vitórias, se andasse mais lá para trás de certeza que não incomodaria ninguém e nenhuma polémica surgiria. Na altura do 207 S2000 foi normal que essa polémica tomasse uma outra proporção, afinal de contas estava o Campeonato Absoluto em jogo, que felizmente acabou por vir juntar-se ao nosso palmarés...".

Para trás ficam "...muitas boas recordações fruto da elevada competititvidade que sempre procurei, venci todas as competições por onde passei, troféu Citroën C2, Classe S1600, Campeonato Absoluto, Agrupamento de Producao, 3 Vice Campeonatos... Para alcancar todas estas vitorias em apenas 7 anos de competição foram muitas as situacoes de grande adrenalina vividas dentro do carro que serão sempre as melhores recordacões. Levo como melhor recordaçao o RVM de 2011, foi uma recuperacão que ficará para sempre na minha memória. Tenho muitos motivos para sair de cabeça erguida e orgulhoso por tudo o que consegui alcançar...", conclui Miguel Nunes. António coloca um ponto final "... a 5 anos e meio porque tive de fazer um ano de intervalo por falta de apoios e outro ano interrompido por um acidente. Durante todo este tempo aconteceu-me do melhor e do pior em ralis, guardo excelentes momentos passados dentro do carro que não são possíveis descrever, guardo poucas mas boas amizades que ganhei, levo também algumas amarguras e desilusões, mas no final só posso sentir-me um priveligiado por ter feito um desporto que era a minha verdadeira paixão e por ter provado a mim próprio que também era capaz de fazer o que via os meus ídolos de infância fazerem...".

Não querendo estender-se muito mais, Miguel endereça um último agradecimento "...com muito carinho a todos os patrocinadores que estiveram connosco, a todos os que apoiaram e colaboraram com a equipa e um muito muito especial agradecimento à equipa que nos possibilitou alcançar todos estes resultados, eles foram uns verdadeiros heróis que trabalharam sempre nos bastidores, a todos os elementos que passaram na nossa equipa um muito obrigado, e sem qualquer desrespeito por ninguém gostava de salientar todo o empenho do Martinho Fernandes e do Gabriel Reynolds que estiveram connosco desde o primeiro momento, desde a montagem do primeiro parafuso dos Citroën C2 até hoje e concerteza até ao final do campeonato. Um agradecimento muito especial tambem a todos os co-pilotos que estiveram connosco, o Henrique Freitas, o Jorge Gonçalves, o José Camacho, o Roberto Castro e o Victor Calado...", enquanto o irmão mais velho dos Nunes quer "... agradecer em primeiro lugar, e porque foi devido a eles que conseguimos concretizar o nosso sonho, à nossa equipa, além de serem competentes ao mais alto nível que sempre nos permitiu ter a máxima confiança nos carros, são pessoas do melhor que lutaram connosco, sofreram nas derrotas, festejaram nas vitórias e foram incansáveis em todos os momentos, todas as palavras que possa dizer não são suficientes para expressar o meu agradecimento e admiração por todas as pessoas que fizeram parte da nossa equipa. Quero tambem agradecer a todos os que directa ou indirectamente nos apoiaram e fico feliz por além de serem patrocinadores ganhamos principalmente amizades, a todos os que na estrada, em mensagens, ou de alguma outra forma manifestaram apoio a nossa equipa, o nosso muito obrigado!".

Termina assim todo o trajecto de uma equipa que sempre quis lutar com armas iguais, que sempre quis defender a verdade desportiva e o desportivismo por entre os vários intervenientes. Treinamos, aplicamo-nos, lutamos, vencemos, perdemos, batemos, choramos e algumas vezes tivemos que nos resignar mas, no final desta temporada que poderá trazer mais um título a Miguel Nunes e a Victor Calado, sairemos com cabeça erguida e com a certeza de que enquanto estivemos presentes honramos os nossos compromissos com os nossos patrocinadores e com os adeptos que se deslocavam à estrada para nos ver passar. Obrigado a todos!

manosnunesrvm12Está à porta aquela que, apesar da crise, continua a ser considerada a prova rainha do campeonato regional de ralis, o Rali Vinho Madeira. Com uma lista de inscritos engrossada na sua maior fatia por pilotos madeirenses e viaturas sem homolugação e clássicas, o Rali Vinho Madeira não tem, em 2012, nem o brilho nem a competitividade que uma prova do seu calibre merece. Com 58 equipas inscritas, 38 consagrados e 20 no Open, o Team Tomiauto Total/Cepsa estará à partida da prova organizada pelo Club Sports Madeira com os números de porta 7, no Evolution X de Miguel Nunes e Victor Calado, e 10, no Evolution X de António Nunes e Roberto Castro, em busca de lugares de destaque no final dos 3 dias de competição.

Com estados emocionais distintos, Miguel Nunes é líder do agrupamento de produção e fez um brilhante "Vinho Madeira" em 2011 onde, recorde-se, recuperou da 31ª posição até ao 4º posto final, enquanto António Nunes hipotecou 2 resultados esta época na sequência de uma desistência e um furo, ambos irão enfrentar os 250,06 km com o objectivo de andar depressa e terminar.

António Nunes, que faz equipa com Roberto Castro, não teve o início de época que ambicionava e, com dois resultados "deitados fora" tem no Rali Vinho Madeira a esperança de conseguir uma boa prestação, sempre olhando para os melhores lugares entre o agrupamento de produção: "...naturalmente que as contas do nosso campeonato estão um bocado complicadas, mas vamos sempre com o intuito de dar o nosso melhor e nesta fase ajudarmos o meu irmão a ser campeão da produção. Neste momento já pouco nos adianta pensar em campeonato portanto vamos ao Vinho Madeira para andar o melhor que sabemos e se possível chegar ao fim sem problemas...". No que diz respeito à lista de inscritos, o piloto do Mitsubishi Lancer Evolution X que terá na porta o número 10, sublinha que "...acho que a lista é a possivel neste momento. Conseguimos ter cá os melhores pilotos do campeonato europeu, bem como os do campeonato nacional, à excepção do Pedro Peres que infelizmente não pode estar presente, e depois temos também quase todas as equipas madeirenses dos consagrados e do open que vêm dar brilho à prova...".

Miguel Nunes que será acompanhado, como habitualmente, por Victor Calado, parte com memórias do grande resultado obtido na edição anterior do Rali Vinho Madeira e "...gostava muito de voltar a estar a esse mesmo nível mas sei que é difícil, vamos fazer de tudo para conseguir uma boa prestação...", refutando a ideia de muitos seguidores do automobilismo que criticam a pobreza da lista de inscritos, Miguel relembra que "...não considero a lista pobre, pelo contrario, no atual panorama esperava bem pior, já tivemos anos de ouro com listas mais ricas mas também já tivemos muitos anos a este nível e pior também...". Quando questionado sobre se poderá ser possível os grupo N se intrometerem por entre os S2000, o líder do regional afirma que "...surpresas podem sempre acontecer neste desporto. Julgo que os Grupo N mais rápidos poderão sempre surpreender algum S2000 mais distraído mas nunca ombrear com uma viatura dessas em que o piloto a saiba utilizar devidamente...".

Moralizados por toda a exposição mediática que o Rali Vinho Madeira, os condutores e navegadores do Team Tomiauto Total/Cepsa, bem como toda a equipa técnica que sem a qual não se conseguiria obter toda a fiabilidade e performance dos Mitsubishi Lancer Evolution X, encontram-se preparados e aguardam com elevada motivação o início do rali.

O Team Tomiauto Total/Cepsa tem o patrocínio de Total, Cepsa, Socicorreia, Mata & Vasconcelos, Edifício Astrolab, Bom Mestre, RH Arquitectos PrestiPneu e Trio Publicidade.

savenmonifoto12O Rali do Machico ficou inicialmente marcado pelas más condições atmosféricas o que motivou uma lotaria nas escolhas de pneus, nomeadamente para a secção da tarde quando os troços já estavam mais secos.

Sem qualquer surpresa Vitor Sá dominou claramente este rali mas na fase inicial, em que rodou com muitas cautelas, ainda foi surpreendido por Miguel Nunes que foi o primeiro líder. Porém, a partir do troço inicial, Vitor Sá passou mesmo para a liderança que não mais largou depois de vencer troços atrás de troços, fazendo assim um bom teste final antes do Rali Vinho Madeira.

Miguel Nunes passou a preocupar-se apenas com a luta pelo 2º lugar e melhor da produção, onde não deu quaisquer chances a toda a concorrência rodando sempre isolado nessa posição (apesar de ter considerado totalmente errada a escolha de pneus), destacando-se ainda mais na liderança no Campeonato da Madeira de Ralis.

Muito interessante de seguir foi a luta pelo 3º lugar. João Magalhães, Filipe Freitas e António Nunes rodaram muito próximos entre si até quase ao final do rali. O primeiro a ceder nessa luta foi António Nunes, que no 6º troço, perdeu muito tempo quanto parou a meio dessa especial para trocar um pneu furado.

Filipe Freitas atacou forte no 6º troço e passou para o 3º lugar superando João Magalhães, deixando tudo em aberto para a super-especial final. Aí seria Magalhães a surpreender recuperando de novo o 3º lugar deixando assim Filipe Freitas na posição seguinte.

Durante Ramos mais uma vez rodou isolado atrás dos Evo X, subindo ao 5º lugar com o atraso de António Nunes, fazendo mais uma boa prestação.

Muito boa foi também a prestação de André Silva, vencendo entre os duas rodas motrizes, com o seu C2, seguindo-se Filipe Pires que terminou com alguns problemas de motor no C2.

Isabel Ramos ficou no 8º lugar terminando na frente do azarado António Nunes.

COMANDANTES SUCESSIVOS
Miguel Nunes (1ª Pec); Vitor Sá (2ª à 7ª Pec)

VENCEDORES DE TROÇOS
Miguel Nunes (1); Vitor Sá (6)

CLASSIFICAÇÃO FINAL
1º Vitor Sá / Pedro Calado – Peugeot 207 S2000 50m40,6s
2º Miguel Nunes / Vitor Calado – Mitsubishi Lancer Evo X a 1m10,6s
3º João Magalhães / Jorge Pereira – Mitsubishi Lancer Evo X a 2m15,9s
4º Filipe Freitas / Daniel Figueiroa – Mistubishi Lancer Evo X a 2m20,1s
5º Duarte Ramos / Luís Ramos – Mitsubishi Lancer Evo IX a 3m04,8s
6º André Silva / Jorge Gonçalves – Citroen C2 a 4m43,7s
7º Filipe Pires / Vasco Mendonça – Citroen C2 a 5m58,8s
8º Isabel Ramos / Rubina Gonçalves – Renault Clio R3 a 7m49,7s

PILOTO DO RALI
Miguel Nunes

MOMENTO DO RALI
Troços secos nas segundas passagens ditaram maior vantagem de Vitor Sá

MENOS DO RALI
Ausência de luta pelo primeiro lugar