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ernestoNa derradeira prova que viria a decidir o Campeonato de Portugal de Ralis, Ernesto Cunha e Rui Raimundo traziam aspirações à vitória para a revalidação do título nas Duas Rodas Motrizes no Rallye Vidreiro Centro de Portugal. Um arranque progressivo na sexta-feira mantinha tudo em aberto para o dia de sábado, mas uma saída de estrada na PEC3 deitou por terra as aspirações da equipa.


Ainda em posição matemática nas possibilidades da revalidação do título de Campeões de Portugal de Ralis 2RM, Ernesto Cunha e Rui Raimundo precisavam de vencer na Marinha Grande. Foi com esse espírito que se fizeram ao asfalto logo desde os primeiros quilómetros e terminavam o primeiro dia de prova a cerca de 21s do primeiro posto. Quando partiam ao ataque na Especial Mata Mourisca 1, a dupla não conseguiu evitar uma saída de estrada, que acabava por ditar o desfecho prematuro da luta pelo título.

Ernesto Cunha, reage ao sucedido com desportivismo: "De facto, não era este o final de época que procurávamos e para o qual trabalhámos a cada rali. É certo que as condições da prova se mostraram desafiantes desde os primeiros quilómetros, mas estávamos na luta e bastante motivados. Contudo, no desporto, temos de saber lidar com o inesperado e só nos resta dar os parabéns ao Gonçalo Henriques e ao Gonçalo Cunha pela conquista do título, numa época tão competitiva como já não víamos há muito tempo nas Duas Rodas Motrizes."

Neste final de época, onde as decisões do título no Campeonato de Portugal de Ralis Duas Rodas Motrizes só ficaram decididas na última prova, quatro equipas levaram hipóteses matemáticas de consagração até ao Rallye Vidreiro Centro de Portugal, o que demonstra o elevado grau de competitividade com que esta competição se pautou em 2023.

Numa temporada onde o progresso da equipa esteve bastante elevado, cujos resultados acabam por não espelhar o andamento demonstrado, o piloto Ernesto Cunha reforça: "É importante deixar uma mensagem de agradecimento para com os nossos patrocinadores e parceiros, que sustentaram este projeto a um nível competitivo elevadíssimo na temporada de 2023. Sentimos também um apoio extraordinário dos adeptos, em todas as provas e particularmente na Marinha Grande, a quem também agradecemos de forma vincada. Já estamos focados na temporada de 2024, onde queremos continuar a progredir."

Ernesto Cunha deixa assim em aberto quais serão as linhas do seu projeto desportivo em 2024, traçando bons indicadores de que uma nova fase poderá surgir.

netovidfO Rallye Vidreiro foi palco da grande decisão do Campeonato de Portugal de Ralis, numa temporada decidida na última prova. A dupla Paulo Neto e Nuno Mota Ribeiro, no Škoda Fabia Rally2 evo, assistido pela ARC Sport, também marcou presença para a prova de despedida de uma época que acabou por ser a part-time, dadas algumas ausências do piloto de Sintra.

A chuva foi o desafio extra para os pilotos e Paulo Neto, que enfrentou asfalto molhado pela primeira vez ao volante do Fabia Rally2 evo, apostou num ritmo inicial cauteloso. Com pouco a ganhar se corresse riscos, Neto preferiu um andamento mais ponderado, tentando aprimorar a afinação do seu carro.

O ritmo inicial não foi do agrado do piloto, mas o cronometro começou a devolver tempos mais animadores, à medida que o asfalto secava. Nas últimas especiais, Paulo Neto rubricou tempos já mais de acordo com a sua valia e experiência, terminando a prova com nota positiva.

No final, o piloto do Škoda estava relativamente satisfeito com a sua prestação: "O balanço acaba por ser positivo, pois chegamos ao fim do rali sem qualquer problema e ainda conseguimos mostrar um andamento interessante. Tentamos uma afinação que me pareceu indicada para o asfalto molhado, mas não consegui tirar partido dela. A situação acabou por piorar com uma escolha de pneus menos feliz, que nos deixou logo à partida muito afastados dos primeiros lugares. No segundo dia, apesar de apanharmos os troços já muito sujos, conseguimos ainda mostrar bons tempos já perto do fim, no sábado à tarde, com piso seco, que nos permitiu aproveitar melhor os troços. Acabou por ser um bom rali, foi pena o tempo não ajudar à festa, mas deixamos bons apontamentos para o futuro".

Paulo Neto fez questão de dar os parabéns à dupla Ricardo Teodósio e José Teixeira, que assegurou o título nacional na última prova do ano:"Quero congratular de forma pública os meus grandes amigos Ricardo Teodósio e José Teixeira pelo título conquistado, num rali espetacular, numa luta a quatro até ao fim. Todos eles mostraram o seu talento, colocando um ritmo forte, em condições duras, em que tudo podia acontecer, com lutas muito boas de seguir".

Quanto ao futuro, Paulo Neto ainda não tem nada definido, mas pretende manter-se a competir em 2024: "Ainda não temos nada definido para a próxima época, e tenho compromissos profissionais a resolver até ao fim do ano. A minha vontade é de fazer mais um ano, mas, para já, pretendo focar-me apenas na vertente profissional até ao fim do ano e depois, sim, planear a próxima época."

roquevid23Após um período de pausa, Paulo Roque voltou aos comandos do Peugeot 208 Rally4 para encerrar a temporada no Rallye Vidreiro Centro de Portugal, última prova do Campeonato de Portugal de Ralis. Terá sido uma jornada competitiva adversa, onde as condições climatéricas desempenharam um papel fundamental no desenrolar da prova, não deixando a tarefa facilitada para a equipa.

Focado em desfrutar da prova e consciente da quebra de ritmo após o período de pausa na competição, foi com esta abordagem que o piloto de Gondomar se comprometeu a enfrentar as Especiais da Marinha Grande, Alcobaça e Pombal. O arranque da prova foi cauteloso e a equipa entrou progressivamente no registo certo, como indica Paulo Roque: "Queríamos muito estar presentes no Vidreiro e foi com este espírito que nos apresentámos à partida, para agradecer aos patrocinadores o apoio nesta temporada e aproveitar o traçado que adoramos. Não começámos da melhor forma e uma má escolha de pneus comprometeu-nos nos primeiros quilómetros. Mas fomos começando a melhorar e no sábado à tarde conseguimos impor um ritmo mais rápido, mantendo o nosso grau de conforto com as condições."

Paulo Roque acrescenta ainda que: "Estamos muito felizes por terminar esta fantástica prova, onde nos sentimos sempre em casa. Agradecemos o apoio de todos os adeptos e dos nossos patrocinadores, nesta altura em que começamos já a olhar para 2024."

teovidfinal23A oitava e última ronda do Campeonato de Portugal de Ralis foi decisiva nas contas do título! Ricardo Teodósio e José Teixeira chegavam à Marinha Grande, Alcobaça e Pombal com objetivos claros de se sagrarem campeões nacionais e lograram o feito, depois de baterem toda a concorrência direta! Depois das conquistas de 2019 e 2021, os algarvios continuam a ser felizes nos anos ímpares, somando o terceiro título em 2023.

Ao volante do Hyundai i20 N Rally2 do Team Hyundai Portugal, sagrou-se campeão numa época em que a regularidade e uma vitória no Rali do Algarve foram decisivos para a conquista. "Estamos muito felizes por dar mais um título à família 24 e a todos os patrocinadores que acreditaram em nós. Este foi um ano atípico, em que o nosso colega de equipa perdeu a vida a fazer o que todos gostamos de fazer. Lutei por ele, por mim, pela minha família e consegui somar este terceiro título ao meu palmarés, num rali de emoções fortes, mas onde fomos felizes nas decisões que tomámos e acabámos por terminar com uma vantagem confortável. Parabéns a todos os meus amigos e adversários que valorizaram este triunfo", afirmou o piloto algarvio.

Já José Teixeira, por seu lado, afirma que: "sabíamos que este ia ser um rali onde as condições meteriológicas iam ser decisivas e preparamo-nos para tal. Somos campeões com mérito e levamos mais um título para o nosso tão querido Algarve. A luta foi bonita e intensa e só podemos estar felizes por superar esta concorrência. Foi um ano difícil, mas que termina da melhor forma! Obrigado a todos os que sempre acreditaram em nós, em especial aos patrocinadores e parceiros que viabilizam, ano após ano, estas nossas aventuras no Campeonato Portugal de Ralis."

cardeira23vidO último desafio do Campeonato de Portugal de Ralis teve palco no asfalto das estradas Atlânticas do Rallye Vidreiro Centro de Portugal, onde a dupla Rafael Cardeira e Luís Boiça deixava bem claro qual seria o objetivo na abordagem a esta jornada. O resultado acabou por não espelhar o ritmo forte demonstrado ao longo de toda a temporada, bem como os objetivos para a prova.

Foi com um arranque promissor que o piloto do Sporting Clube de Portugal se posicionou à partida para o rali, chegando mesmo a marcar o melhor tempo entre os pilotos das Duas Rodas Motrizes no Free Practice 2 e o 3º tempo na Prova de Qualificação, a 0.8s da melhor marca. No entanto, as dificuldades fizeram sentir-se logo a partir da PEC1, nas estradas de Alcobaça, onde Rafael Cardeira indica que a dificuldade na escolha de pneus terá sido uma das principais barreiras: "Foi um rali difícil, com condições bastante imprevisíveis e logo no primeiro dia não entrei muito confortável, o que retirou alguma confiança para progredir. No segundo dia, acabámos por apostar sempre na escolha errada de pneus, contrariando o que acabou por acontecer de manhã com a chegada da chuva quando trazíamos um composto mais duro e no segundo loop quando já trazíamos pneus de chuva o terreno estava bastante seco, o que aliado a algumas falhas no carro, não nos ajudou a lutar pelos objetivos."

O piloto da Marinha Grande, com ritmo bastante elevado, acabaria por recuperar algum tempo nas especiais de São Pedro de Moel, com 3º melhor tempo nas Duas Rodas Motrizes nas duas últimas Especiais, fixando-se no 6º posto da classificação final no Campeonato de Portugal de Ralis 2RM.

Na Marinha Grande, Rafael Cardeira deixa uma mensagem de gratidão por todo o apoio sentido: "É impossível terminar esta prova sem um sorriso na cara, onde o carinho de todos os adeptos da modalidade e Marinhenses foi surpreendente. É uma honra correr nestas condições em casa, representando o Sporting Clube de Portugal."

Chega agora a altura de balanço de temporada de 2023 para Rafael Cardeira, que demonstrou uma evolução acentuada prova após prova, nesta que foi a sua primeira época completa completando ralis em terra e asfalto.