Quanto tudo parecia que se iria decidir numa luta aberta entre Hanninen e Mikkelsen, tanto mais que o norueguês passou pelo comando no início do dia, eis que outras decisões foram tomadas pela equipa Skoda, levando a que Mikkelsen levantasse o pé.
Dessa forma não houve a tão desejada luta entre os dois pilotos, com Hanninen a vencer uma prova que comandou a maior parte do tempo, embora tenha-se perdido o brilho da vitória.
Os mais de 42 segundos de diferença de Mikkelsen para Hanninen não representam, nem de perto nem de longe, a prestação do norueguês nesta prova que merecia ter lutado pela vitória nesta prova até final. O norueguês mostrou ritmo competitivo, concentração e rapidez, mas no final teve que aceitar infelizmente ordens superiores.
O terceiro lugar de Jan Kopecky fecha o pódio para a Skoda, equipa que procurou acima de tudo o resultado da marca, pelo que os objectivos foram plenamente cumpridos., apesar da menor confiança do Checo.
Um dos maiores azarados do dia foi Bruno Magalhães. Quando lutava abertamente pelo pódio, sendo mesmo o único piloto que teve argumentos para discutir o pódio com os pilotos da Skoda, o Peugeot 207 S2000 cedeu (apoio da suspensão) obrigando o português a abandonar.
Bryan Bouffier sai dos Açores com o melhor resultado para um Peugeot. Não foi brilhante, mas evoluiu a sua condução na terra e o quatro lugar representa que o resultado foi melhor que a prestaçãoo.
Nota negativa para Patrick Sandell que não se adaptou aos troços de terra e nem sequer mostrou evolução ou adaptação a estas especiais. O seu Skoda não é igual aos oficiais, mais o sueco deveria ter mostrado muito mais, depois de prestações passadas no WRC.
Excelente prestação de Ricardo Moura. Andou rápido de início ao final da prova, mas soube gerir em momentos certos a sua corrida, vencendo entre os concorrentes do Campeonato dos Açores de Ralis, mas também do Campeonato de Portugal de Ralis (CPR), competição que passa a liderar destacado. O prémio para esta excelente prestação chegou no último dia. Já que Moura foi ainda o melhor português nesta prova.
Vitor Lopes foi o segundo melhor no CPR, mas esperava-se mais do piloto do Subaru, nomeadamente depois de vencer o Rali Serras de Fafe. Numa primeira fase não se entendeu com o acerto do Subaru, mas depois já era tarde de mais para atacar Moura, pelo que apenas teve que gerir a sua rande vantagem para Vitor Pascoal.
Vitor Pascoal foi o terceiro classificado do CPR, nunca rali em que nunca se entendeu com o Lancer, perdendo demasiado tempo para Moura e Lopes, embora ainda esteja na corrida no título.
Duas notas, uma para Sérgio Silva, que fez uma prova muito inteligente com o Subaru, sendo o segundo melhor nas contas do Campeonato dos Açores. Outra para o soberbo Paulo Maciel que venceu as duas rodas motrizes nesta prova com um desactualizado Citroen Saxo, provando que a qualidade do piloto supera em muito a do carro, ao contrário do que acontece com muitos dos seus adversários.
COMANDANTES SUCESSIVOS
Andreas Mikkelsen (Pec 1); Juho Hanninen (Pec 2 e 12); Andreas Mikkelsen (Pec 13); Juho Hanninen (Pec 14 a 17)
VENCEDORES DE TROÇOS
Andreas Mikkelsen (6); Juho Hanninen (6); Bruno Magalhães (1); Patrick Sandell (1); Jan Kopecky (1)
CLASSIFICAÇÃO TERCEIRO DIA
1º Juho Hanninen – Skoda Fabia S2000 2h19m03,8s
2º Andreas Mikkelsen – Skoda Fabia S2000 a 42,3s
3º Jan Kopecky – Skoda Fabia S2000 a 1m46,0s
4º Bryan Bouffier – Peugeot 207 S2000 a 3m36,2s
5º Patrick Sandell – Skoda Fabi S2000 a 4m33,3s
6º Ricardo Moura – Mitsubishi Lancer Evo IX a 6m07,0s
7º Vitor Lopes – Subaru Impreza WRX a 9m52,1s
8º Vitor Pascoal – Mitsubishi Lancer Evo X a 12m47,3s
PILOTO DE RALI
Juho Hanninen
MOMENTO DO RALI
Vantagem de Hanninen na primeira passagem pelas Tronqueiras
MENOS DO RALI
Patrick Sandell