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soltassical(POR RICARDO NASCIMENTO)

A 34ª edição do Rali Sical, esteve na estrada durante o último fim-de-semana, dando o inicio de mais uma temporada do Campeonato de Ralis dos Açores. Em destaque, esteve o Ford Fiesta R5 do campeão Ricardo Moura que competiu pela primeira vez na ilha Terceira.

Sem surpresa e com um carro bem superior a toda a concorrência, Moura venceu todas as especiais, liderou o rally do principio ao fim e ainda bateu com alguma naturalidade, os recordes das especiais.
A presença do Fiesta R5 na Terceira, fez com que fossem muitas pessoas às estradas, levando a que o público mais familiarizado com os rallies, percebesse as diferenças de comportamento, aceleração e travagem, em relação aos carros da concorrência. O público ficou a ganhar mas a competitividade no campeonato, ficou a perder.

Luis Rego Jr. efetuou o melhor resultado possível com o Lancer Evo IX, ao ser segundo e melhor entre os RC2N mas, muitos apostavam numa maior diferença de tempo para o vencedor, do que os 1m09,9s no final. Apesar de saber que não teria hipóteses, em condições normais, de chegar a incomodar o Fiesta R5, Rego também impressionou com o ritmo imposto, batendo os seus recordes pessoais e um que era de Moura com o Evo IX. Ficou no ar, como seria a diferença entre os dois com carros semelhantes.

A luta nas duas rodas motrizes, era a mais esperada do rally, com Artur Silva a ser melhor na super especial em Angra do Heroísmo mas, logo no inicio da primeira especial a sério, o motor do Clio R3 começou a fazer uns barulhos estranhos, levando a que Artur Silva optasse por parar, antes que fizesse grandes estragos no motor.

Henrique Moniz e Jorge Diniz passaram de quinto para terceiro, ficou sem oposição nas 2RM mas, acabou por se envolver numa interessante luta durante a manhã de sábado, com os irmãos Rodrigues que regressavam à ilha Terceira após três anos. À tarde, Rúben Rodrigues confessou que não se sentia à vontade no troço de Altares por falta de conhecimento, preferindo não arriscar e marcar os primeiros pontos do campeonato.
O campeão das 2RM distanciou-se dos irmãos Rodrigues, durante os troços na tarde de sábado e obteve um excelente terceiro lugar final, com uma vantagem de 44,3s para Rúben e Estevão Rodrigues.

Na estreia com o seu novo Renault Clio III Cup adaptado para rallies, Carlos Andrade cedo chegou à quinta posição e nunca mais a perdeu até ao final. O piloto local estava muito satisfeito com o comportamento do carro em relação ao seu anterior Clio II Sport mas, ainda apanhou um pequeno susto, ao dar um pequeno toque com o retrovisor direito num dos muros de pedra na derradeira especial. Andrade acabou por ser segundo nas 2RM e ainda foi o vencedor do TfRTG.

No ano em que comemora 40 anos de rallies, Rui Torres pressionou Carlos Andrade durante quase todo o rally, numa das mais interessantes lutas da prova mas, os dois últimos troços não correram bem ao veterano piloto, ficando-se pela sexta posição.

Jorge Sousa terminou em segundo no TfRTG que só durou até à quinta especial mas, viria a ficar parado na ligação para Altares 1, com uma avaria elétrica no Toyota Corolla, deixando a sétima posição para Rafael Botelho que por sua vez, notou-se uma evolução na sua prestação em relação a outros rallies na Terceira.

Após o violento acidente de Lisuarte Mendonça e Miguel Sousa Azevedo, a luta pela oitava posição foi disputada por três pilotos locais, onde só ficou decidida na derradeira especial. Francisco Costa, Carlos Martins e Paulo Renato Silva, trocaram de posições algumas vezes, com vantagem para Silva à entrada da derradeira especial de 3,8s para Costa e de 6,9s para Martins. No entanto, o pai de Artur e César Silva, deu um toque e danificou a roda esquerda posterior, baixando de oitavo para décimo mas para satisfação, acabou por vencer entre os VSH.

Nas duas passagens pelo troço Barro Vermelho, ficou marcado por dois aparatosos acidentes durante a manhã de sábado. Depois de ter penalizado por avanço após a super especial, Marco Silva tentou ir atrás do prejuízo mas, já no final da primeira passagem por Barro Vermelho, uma falha de travões após uma zona de grande velocidade, levou o piloto da ilha do Faial a bater forte num muro de pedra, deixando o Mitsubishi muito mal tratado e algumas mazelas no seu navegador mas, felizmente, sem gravidade.
Lisuarte Mendonça perdeu o controlo do Citroën Saxo e bateu também de forma violenta contra o mesmo muro de pedra em que Marco Silva bateu, arrancando as duas rodas esquerdas do do carro.

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