Mesmo sabendo que não existiam grandes esperanças de assistir a um bom rali na estrada, fui daqueles que não me refugiei à frente de um monitor do computador com o teclado nos dedos a debitar soluções e argumentos sobre o que está mal no Nacional de Ralis.
Estive em Castelo Branco e que o vi foi um clube de ralis que montou provavelmente a melhor prova de ralis (não internacional) do Nacional de Ralis. A Escuderia Castelo Branco demonstrou que não quer passar mais 30 anos sem o Nacional de Ralis, pensando em quase tudo para que nada falhasse.
Clubes como a Escuderia Castelo Branco devem ser respeitados pelo esforço e por acreditar que ainda é possível ter ralis bem organizados, com dedicação, com prazer, com gosto e paixão à modalidade e ao desporto automóvel.
Por outro lado temos a FPAK a denotar pouca sensibilidade para a modalidade, criando dificuldades inesperadas a um Clube, através da ideia de criar provas concorrentes e de um regulamento que jogou contra si e contra os clubes que encerraram a temporada deste ano.
Lamenta-se a atitude de Pedro Meireles nesta prova, mas compreende-se perfeitamente à luz dos regulamentos, num ato que a FPAK não pode nem deve ignorar e que diz tudo sobre a enorme baralhada regulamentar que criou este ano.
Basta dizer, por exemplo, que apenas quatro pilotos fizeram toda a temporada, tendo a FPAK feito um regulamento a pensar no incentivo que era dado aos pilotos que estivessem presentes também duas últimas provas (depois de terem estado nas seis primeiras). Não resultou!!!
Reduzir o número de provas e reduzir custos, sem esquecer de simplificar os regulamentos, é fundamental para atrair pilotos, ter provas competitivas e listas de inscritos alargadas. Se o rumo não for este para o ano haverá ainda menos inscritos e menos pilotos, bem como provas mais desinteressantes, como a que assistamos em Castelo Branco... por culpa da FPAK.
Bons Ralis, MAS EM SEGURANÇA!!!
Paulo Homem