A ideia peregrina da FPAK em dotar o Open e os regionais de ralis com dois vencedores absolutos, um para as quatro rodas motrizes e outro para as duas rodas motrizes, será uma regra para acabar urgentemente.
As vitórias à geral deixaram de fazer sentido para dar lugar às vitórias absolutas em cada tipo de tração, o que veio claramente retirar interessante e emotividade a esses ralis.
O caso do Rali de Castelo Branco é sintomático neste aspecto. Se dois pilotos estiveram em condições de lutar pela vitória à geral no rali com carros de tração distinta, não existe razão de facto para o fazerem, nomeadamente se um deles já tem a vitória absoluta certa nos 2RM e outro tem a vitória absoluta garantida nos 4RM.
É uma situação absurda, que vai certamente continuar a retirar competitividade e interesse desportivo a qualquer rali, pois em função do tipo de resultado que determinado piloto tenha na sua "tração" poderá abdicar de arriscar e de lutar por um lugar à geral, quando o concorrente que tem à sua frente tem um veículo de tração diferente do seu próprio veículo.
Outro drama dos regulamentos atuais são as licenças desportivas. Contrariamente ao que tínhamos escrito, João Barros foi mesmo o vencedor das duas rodas motrizes no Rali de Castelo Branco. Admirado!!! Outros pilotos, que já disputaram o Rali Serras de Fafe, poderão ainda pontuar no Open e até disputar os dois campeonatos em simultâneo, levando a outra situação absurda de o Campeão Nacional de Ralis de 2013 ser também o Campeão Open de Ralis (2RM ou 4RM) de 2013.
Penso que regressar ao passado seria uma pouco mais sensato, não permitindo que um piloto que participe numa prova do CPR possa depois pontuar também numa do Open ou mesmo numa dos Regionais.
Bons Ralis, mas em segurança!!!
Paulo Homem