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meekeventerras25Kris Meeke continua a dominar por completo o Campeonato de Portugal de Ralis, depois de mais uma exibição de grande nível no Rali Terras D´Aboboreira, onde "varreu" não só os pilotos do CPR como os mundialistas que vieram testar para o Rali de Portugal. Mas a sorte também o acompanhou...

Três provas e três vitórias... sem contestação. É este o pecúlio de Kris Meeke ao volante do Toyota Yaris Rally2 e, mais uma vez, no Rali Terras d´Aboboreira o piloto britânico voltou a brincar os adeptos com uma exibição de gala. Desde que assumiu o comando no segundo troço, Meeke não mais o largou e apesar de não ter conseguido descolar muito de Dani Sordo, ficou sempre a sensação que teve o rali na mão em todos os momentos, excepto no derradeiro troço onde fez um pião e perdeu algum tempo, mas teve a sorte de ver Sordo a furar e dessa forte não perder a vitória.

Aliás, o derradeiro troço foi mesmo o grande momento do rali, precisamente pelo facto de Sordo ter furado na Power Stage e ter perdido com isso 22 segundos, que a não ter acontecido lhe poderia ter dado a vitória depois do pião de Meeke. Mesmo assim, Sordo fez uma prova fabulosa, pressionando sempre muito o seu adversário e terá sido o piloto que mais arriscou nesta prova para se manter próximo de Meeke, mas o Hyundai parece um pouco abaixo da competitividade do Toyota.

O pódio final do rali foi fechado com Armindo Araújo, que ganhou ainda a Power Stage. As condições muito difíceis do derradeiro troço não fizeram Araújo baixar os braços, até porque tinha a sua posição no CPR garantida, mas o piloto do Skoda acabou em alta, um fim-de-semana em que acabou por ficar à frente de um punhado de pilotos mundialistas.

Martins Sesks, que passou pelo terceiro lugar da geral desistiu com problemas mecânicos no Fiesta Rally2 logo na quarta especial, enquanto jovem Roope Korhonen (Toyota), o francês Yohan Rossel (Citroen) e o espanhol Jan Solans (Toyota), todos eles lutaram abertamente pelo terceiro lugar da geral, mas acabaram por ter alguns problemas de adaptação aos pneus Hankook, nomeadamente no troço final, sendo surpreendidos precisamente por Armindo Araújo. Refira-se que neste lote ainda rodou Marco Bulacia (Toyota), mas um toque a dois troços do fim deixou o piloto fora de prova.

Nas contas do CPR o quarto lugar foi para Rúben Rodrigues, nesta prova navegado por Rui Raimundo, que fez uma exibição muito consistente e já mais dentro do que se esperava dele desde o início da temporada, batendo Ricardo Teodósio, também num Toyota Yaris Rally2, com o qual o piloto algarvio ainda não se entendeu na perfeição, talvez também por ter arriscado em rodar esta temporada com pneus Hankook. A verdade é que os resultados esperados, pelo próprio piloto, ainda não aconteceram esta temporada.

No sexto lugar ficou José Pedro Fontes no Citroen C3 Rally2, num rali difícil para o piloto portuense, mas que não andou longe dos tempos de Teodósio, terminando separado do piloto do Toyota cerca de 11s, o que mesmo assim não deixa de ser positivo.

Ainda sem conseguir tirar total partido do seu Skoda Fabia Rally2 Evo, Ernesto Cunha vez o resultado possível, um sétimo lugar (a 1m43s de Fontes), que demonstra algumas dificuldades em rodar próximo do pelotão da frente do CPR.

Atrás, no 8º lugar, terminou Paulo Neto que teve nesta prova a companhia do jovem Diogo Marujo, que se estreou num Skoda Fabia, na luta por essa posição. Neto foi mais rápido, como foi ainda o vencedor da Campeonato Master, resultado que lhe caiu no colo depois de Pedro Meireles, que estava fazer um rali muito competitivo, em que rodou à frente de Teodósio e Fontes, ter abandonado por despiste.

Quem também desistiu foi Gonçalo Henriques. O jovem da Hyundai estava mais uma vez a surpreender, chegando a ser o principal opositor de Armindo Araújo, mas o segundo dia foi madrasto, já que no primeiro troço perdeu 20s e no seguinte abandonou por saída de estrada.

Nas duas rodas motrizes houve muita emoção. O vencedor foi Ricardo Sousa, mas quem mais dominou foi Rafel Rego até ter uma saída de estrada na sétima especial. A partir daí foi Guilherme Meireles a assumir o comando, mas no troço seguinte perdeu-a para Ricardo Sousa, com Meireles a desistir no troço seguinte. À entrada do derradeiro troço Ricardo Sousa e Hélder Miranda (a fazer também um grande rali) a diferença entre os dois pilotos era de 1s, mas Miranda viria a ficar preso numa vala. No derradeiro troço, Henrique Moniz faz um tempo canhão, ficando a apenas 3,3s de Ricardo Sousa, que assim venceu um emocionante e competitivo rali nas duas rodas motrizes, tendo ainda somado uma dupla vitória na Peugeot Rally Cup Portugal e Ibérica.

No "incógnito" Campeonato Promo, Adruzilo Lopes em Mitsubishi Lancer Evo X regressou às vitórias, com Viana Martins em segundo lugar (venceu as duas rodas motrizes com um Peugeot 208 R2), enquanto Nelson Trindade terminou no terceiro lugar com o seu Skoda Fabia N5.

VENCEDORES DE TROÇOS
Kris Meeke (6); Armindo Araújo (1); Dani Sordo (3)

COMANDANTES SUCESSIVOS
Dani Sordo (Pec 1); Kris Meeke (Pec 2 a 10)

CLASSIFICAÇÃO FINAL
terrasabofinal25

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