Correu bem a edição 2025 do Rallye Casinos do Algarve, mesmo se a organização a cargo do experimentado Clube Automóvel do Algarve insiste em ter um esquema de troços pouco ou nada amigo do adepto de ralis. Mesmo com três troços a disputar por duas vezes (no sábado), o esquema poderia ser repetir dois troços na mesma secção, com um a intercalar e repetir outro troço duas vezes à tarde voltando a intercalar o troço da manhã. Mesmo na sexta feira poderia ter-se apostado em repetir um dos dois troços disputados, mesmo que se realizassem troços mais curtos. O público, os jornalistas e os fotógrafos agradeceriam!!!
Cada vez que podemos ver os troços de ralis que existem no Algarve nos vem à memória a passagem do Rally de Portugal por aquelas fantásticas classificativas. Continuam a ser dos melhores troços que existem em Portugal ao nível dos ralis, com características que se adequam muito bem à tipologia mundialista de pilotos que temos no Campeonato de Portugal de Ralis.
O piloto mais azarado do Rallye Casinos do Algarve foi o jovem Rudi Cavaco, que curiosamente se estreava neste rali ao volante de um Peugeot 208 Rally N3, depois de ter navegado o seu pai na temporada passada. Um incêndio no Peugeot, na ligação, destruiu o carro por completo.
Uma das estrelas do Rallye Serras de Fafe e que estava também a dar nas vistas no Algarve, o turco do Ford Fiesta vermelho (o jovem Kerem Kazaz) também não foi feliz. Na especial de São Marcos 1 acabou por capotar o carro diversas vezes, quando liderava destacado o Past Rally3 Trophy Iberia.
Apesar de ter pouco mais de 20 inscritos o Regional Sul (agora designado só Campeonato Sul de Ralis) teve o seu início nesta prova, com alguns pilotos a fazerem "boicote" a esta prova, pois estima-se que nas próximas provas possam vir a estar mais de 30 equipas em média por rali. Porém, neste rali ficou provado que nem todos estavam preparados para o início de temporada, atendendo a que apenas 12 terminaram a prova. Uma autêntica razia no regional!!!
É inegável a importância de levar os ralis para dentro das cidades, como aconteceu por duas vezes neste Rallye Casinos do Algarve, até porque o público compareceu em massa e muita gente nem sequer sabia que não contavam para qualquer classificação. Duas City Stages, por sinal com um desenho muito simples e com pouco interesse, mas que mesmo assim animou a "malta"... enquanto passaram alguns dos Rally2.
Não existe nada como a concorrência apertar para que algumas organizações, como aconteceu no Rallye Casinos do Algarve, possam apostar noutras formas de atrair público e, sobretudo, novos públicos. Foi por isso que no recinto da Fatacil (no centro operacional do rali) esteve montada uma FUN Zone, onde entre outras coisas, havia uma mini pista de Karting. O tempo ajudou e pelo que vimos, este ano houve um pouco mais de animação face aos anos anteriores.