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A edição 2025 do Rallye das Camélias 2025, que foi também a de homenagem a Luís Caramelo, foi interessante de seguir embora desportivamente Carlos Fernandes / Valter Cardoso dominaram totalmente os acontecimentos com o seu “velhinho” e muito competitivo Mitsubishi Lancer Evo VI.
Os primeiros cinco troços foi sempre a amealhar tempo na liderança do rali, chegando aos 53,2s, para depois na derradeira especial tirar totalmente o pé, gerindo a vantagem, até porque o nevoeiro de Sintra não deu tréguas aos pilotos. Dessa forma Carlos Fernandes obteve uma vitória “fácil”, sem contestação dando assim continuidade ao resultado de 2024.
O segundo lugar foi só decido no derradeiro troço. André Cabeças parecia que antes da dupla ronda de Sintra, ter o segundo lugar na mão, mas o piloto do Ford Fiesta R5, com Miguel Castro a seu lado, não se deu bem com esses troços, especialmente o último, disputado debaixo de um nevoeiro serrado. Demasiadas cautelas, fizeram-no descer quatro posições só no último troço, terminando num inglório quinto lugar.
Ponta final muito boa de Rui Madeira / Nuno Rodrigues da Silva. Depois dos dois primeiros troços, onde estiveram na eminência de desistir devido a um problema de caixa no Mitsubishi Lancer Evo II, Rui Madeira esteve especialmente competitivo nas duas rondas finais de Sintra, onde a experiência pagou dividendos, levando-o ao segundo lugar final, depois de ter rodado no quinto lugar a dois troços do final.
De todos os pilotos que rodaram pelos primeiros lugares, claramente que Pedro Clarimundo era o que tinha menos rodagem, já que estava parado há três anos. Nesta prova, com Mário Castro a seu lado, fizeram uma prestação segura e sem erros, com alguns bons registos (dois segundos tempos à geral), que lhe valeu terminar o rali no 3º lugar do pódio, após uma boa prestação final no complicadíssimo sexto troço.
No quarto lugar terminou João Rodrigues / Bruno Carvalho, na estreia do volante de um Renault Clio Rally4, o mesmo que levou Gonçalo Henriques ao título nas duas rodas motrizes em 2024. Sempre muito competitivo, João Rodrigues, chegou a fazer excelentes tempos (com destaque para o segundo lugar no troços de Tapada de Mafra 2), que lhe valeu andar a discutir os lugares do pódio à geral, embora não tenha conseguido superar no final Pedro Clarimundo. Mesmo assim ficou a vitória nas duas rodas motrizes sem qualquer contestação.
Depois de André Cabeças, no sexto lugar ficou o “voador” Diogo Mil Homens, com Pedro Oliveira a seu lado, no Toyota Starlet. De todo não dava para fazer mais e melhor com a limitação do carro, mas o sexto lugar é um enorme troféu para o piloto e para a sua prestação... que aliás já não é novidade.
Nota ainda para o sétimo lugar de Carlos Martins / Francisco Ponte, na estreia o volante do Ford Fiesta R5. O piloto de Serpa nunca tinha conduzido o carro e por isso apostou em rodar o mais possível e ganhar confiança, até por as afinações do carro não eram as ideais.
Como sempre, as Camélias têm muito público nos troços, e aparentemente correu tudo bem em termos organizativos, mesmo depois da aparatosa saída de estrada de Paulo Neto logo no troço inaugural, felizmente sem consequência para equipa após algumas cambalhotas com o Skoda.
COMANDANTES SUCESSIVOS
Carlos Fernandes (Pec 1 a 6)
VENCEDORES DE TROÇOS
Carlos Fernandes (4); Rui Madeira (2)
CLASSIFICAÇÃO FINAL