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ogierMesmo iniciando mais uma época parcial, Sebastien Ogier, aos 40 anos, demonstra que continua em grande forma, ao vencer pela 10ª vez o Rallye Monte Carlo, algo inédito na história do Mundial de Ralis, tendo em conta que nenhum piloto até hoje conseguiu vencer 10 vezes numa mesma prova desta competição.

Para além da sua rapidez natural, Sebastien Ogier, como sempre acontece, teve a sorte também pelo seu lado, depois de uma ligeira saída de estrada no final do primeiro dia que o poderia ter deixado fora de prova. O piloto do Toyota GR Yaris Rally1 atacou no final do segundo dia, enquanto na terceira etapa, foi rápido mas não venceu qualquer troço, embora tenha conseguido aumentar a sua vantagem na liderança. No derradeiro dia, jogou bem de forma estratégica com as escolhas de pneus, vencendo dois troços em três, incluindo a Power Stage, quando já nem precisava de o fazer.

Atrás de si assistiu-se a uma tremenda luta pelo segundo lugar, mas esperava-se que os protagonistas principais fossem outros. Quem levou a melhor foi Elfyn Evans, também em Toyota GR Yaris Rally1, sobre Adrien Fourmaux no Hyundai I20 N Rally1, com os dois pilotos a trocarem de posição diversas vezes. Qualquer dos pilotos não cometeu grandes erros, acabando por o maior destaque a ir para o francês, tendo em conta que bateu em Monte Carlo os seus dois colegas de equipa, embora Evans tenha levado a maior quota de pontos (5) por ter sido o mais rápido no Super Domingo. Ambos ainda contaram com a presença de Ott Tanak no Hyundai também nessa discussão do pódio, mas o Estónio da Hyundai teve momentos de grande fulgor no 3º dia e maior dificuldade em diversos momentos em que os troços estavam com mais gelo.

De tal maneira foi perdendo tempo que Tanak viu-se ultrapassado na derradeira especial, a Power Stage, por Kalle Rovanpera, que só a espaços foi dando um ar da sua graça nesta prova. Porém, o finlandês da Toyota acaba por não fazer uma tão má operação nesta prova, perdendo apenas 2 pontos para Fourmaux, tendo em conta que o francês deu muito mais nas vistas.

Para além de Ogier, que comandou grande parte prova (reassumiu o comando na oitava especial e não mais a perdeu) e de Evans (que esteve quatro troços na frente do rali durante o segundo dia), o outro piloto que passou pela liderança do rali foi o Campeão do Mundo Thierry Neuville, que terminou o primeiro dia na frente. Porém, o piloto do Hyundai teve uma saída de estrada, logo na especial de abertura do segundo dia, danificando a roda traseira esquerda, que o atrasou imenso e quase o levou à desclassificação (que não veio a suceder) por ter andado em estrada com a roda presa. Neuville não mais se encontrou, ao ponto de cometer o mesmo erro na mesma especial e no mesmo local na segunda passagem, e o seu Hyundai também não colaborou, terminando num modesto sexto lugar (lembre-se que venceu Monte Carlo em 2024), que só não foi pior porque Katsuta e Pajari, despistaram-se no primeiro troço do último dia, quando estavam confortavelmente à frente do belga. Refira-se ainda que Neuville nem um troço venceu nesta edição.

No reino da Ford, Grégoire Munster deixou boas indicações, tendo vencido o seu primeiro troço no WRC, mas um problema no Ford e um toque no último dia deixaram-no sem pontos. Por isso, os 11 pontos arrecadados pela equipa foram da responsabilidade do estreante Josh McErlean, que tinha a lição bem estudada com o objetivo de chegar ao fim e somar muitos quilómetros ao volante do Puma Rally1.

COMANDANTES SUCESSIVOS
Sebastien Ogier (Pec 1 e 2); Thierry Neuville (Pec 3); Elvyn Evans (Pec 4 a 7); Sebastien Ogier (Pec 8 a 18)

VENCEDORES DE TROÇOS
Sebastien Ogier (6); Elvyn Evans (2), Kalle Rovanpera (1); Adrien Fourmaux (2); Grégoire Munster (1); Ott Tanak (4); Takamoto Katsuta (1)

CLASSIFICAÇÃO FINAL
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