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cpr2023Para além das muitas análises empíricas que se possam fazer sobre quem será o piloto que terá mais hipóteses de vencer o CPR, existem também alguns dados estatísticos, que analisados com alguma frieza nos podem dar pistas do que poderá vir a acontecer.

Nas sete provas até agora realizadas, entre os quatro candidatos ao título no CPR em 2023, o piloto que mais troços venceu até ao momento foi Armindo Araújo, com 11, segundo de José Pedro Fontes com 9, quanto Miguel Correia e Ricardo Teodósio venceram 6.

Contudo, analisando apenas as três provas de asfalto, José Pedro Fontes mantém os mesmos 9 troços ganhos (não venceu nenhum na terra), Armindo Araújo tem 8 vitórias em troços no asfalto e Ricardo Teodósio tem 1. Já Miguel Correia ainda não saboreou a vitória em qualquer troço desde que se iniciou a fase de asfalto.

Mas vamos aqui assumir, não apenas as vitórias nos troços, mas o terem ficado, pelo menos num dos três pilotos lugares à geral em cada troço disputado nas sete provas do CPR até agora.

Armindo Araújo volta a destacar-se dos demais, com 46 presenças num dos três primeiros lugares em troços, seguido por Ricardo Teodósio com 36, José Pedro Fontes com 33 e Miguel Correia com 25.

Se analisarmos neste mesmo critério os quatro pilotos, mas apenas nas provas de asfalto, Armindo Araújo volta a destacar-se com 29 presenças num dos três primeiros lugares nos troços, aqui José Pedro Fontes é mais forte, com 24 contra 22 do algarvio, enquanto Miguel Correia tem apenas uma presença num dos três primeiros lugares nos troços do CPR até agora disputados.

Estes dados revelam que Armindo Araújo tem sido o piloto mais rápido nos troços, quer avaliando os sete ralis (não participou em um), quer mesmo avaliando apenas a fase de asfalto. José Pedro Fontes tem ligeira vantagem sobre Ricardo Teodósio se analisarmos apenas as provas de asfalto, mas o algarvio na soma dos troços disputados nos sete ralis tem uma ligeira vantagem.

Se o critério de análise for o tempo que cada piloto passou no comando das provas (no somatório das sete provas) aí a vantagem vai para José Pedro Fontes, que passou 12 troços no comando, com a curiosidade de o fazer numa única prova (Vinho Madeira). Armindo Araújo, nas seis provas que realizou esteve por 11 vezes no comando (em três provas distintas), Ricardo Teodósio esteve 7 troços no comando (em apenas duas provas) e Miguel Correia esteve 5 vezes no comando (em três provas).

Se analisarmos apenas as provas de asfalto, os 12 troços no comando de José Pedro Fontes ganham destaque, sendo que Armindo Araújo esteve na liderança em 7 troços. Nem Miguel Correia, nem Ricardo Teodósio passaram pela liderança de qualquer das três provas de asfalto até agora disputadas.

Quanto aos resultados finais de cada um destes quatro pilotos em cada uma das sete provas do CPR, só Miguel Correia não venceu qualquer rali, pois todos os seus adversários venceram um. Miguel Correia terminou três vezes no segundo lugar em sete provas e nas restantes esteve sempre fora do pódio. José Pedro Fontes venceu um rali, fez dois terceiros lugares e de resto ficou além dos três primeiros. Uma vitória e três terceiros lugares foram os melhores resultados de Ricardo Teodósio, enquanto Armindo Araújo tem uma vitória e três segundos lugares.

A média de resultados permite a Armindo Araújo sonhar estatisticamente com um segundo lugar no Rali Vidreiro, Ricardo Teodósio com um terceiro lugar, enquanto José Pedro Fontes e Miguel Correia podem estatisticamente (e só mesmo estatisticamente, pois na prática é quase impossível) ficarem ambos no 4º lugar.

Face a este cenário, excluindo os pontos da Power Stage (que neste cenário poderiam ser muito decisivos) Ricardo Teodósio será o novo Campeão. Porém, se Armindo Araújo vencesse a Power Stage e Ricardo Teodósio não somasse qualquer ponto aí ambos os pilotos ficavam com o mesmo número de pontos, com o desempate a ser favorável a Armindo Araújo (porque tem mais segundos lugares). Porém, bastava a Ricardo Teodósio somar dois pontos ou mesmo um ponto na Power Stage para ser tricampeão.

Se apenas analisarmos a média de resultados de cada piloto nas provas de asfalto, então é José Pedro Fontes que assume mais protagonismo, tendo as hipóteses estatísticas de alcançar um segundo lugar no Rali Vidreiro, Armindo Araújo ficaria estatisticamente no 3º lugar, Ricardo Teodósio no 4º lugar e Miguel Correia na quinta posição.

Desta forma, sem contar com os pontos da Power Stage, seria José Pedro Fontes o novo campeão. Porém, sendo Ricardo Teodósio a vencer a Power Stage e José Pedro Fontes não somasse qualquer ponto nessa especial, seria na mesma José Pedro Fontes campeão devido ao segundo lugar obtido no Rali Vidreiro.

A verdade é que são apenas dados e análises estatísticas e que o Rali Vidreiro terá por certo as suas incidências, pelo que outras conjugações de resultados poderão fazer pender a balança para qualquer um dos lados, sabendo cada um dos quatro pilotos que, ficando fora do pódio muito dificilmente poderão ser campeões.

Que vença o melhor!!!

 

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