A duas provas do seu fim, o Campeonato de Portugal de Ralis está ao rubro e poderá sair de Chaves ainda mais ao rubro, tendo em conta a competitividade que existe sempre neste Rali da Água.
É certo que este ano temos uma edição totalmente renovada, com uma "perigosa" ida a Espanha, mas que irá nivelar o nível de conhecimento que os pilotos têm dos troços, podendo dessa forma dar uma pouco mais de vantagem a quem tem mais experiência.
Atendendo que a para ele todos os ralis e troços são novos, Kris Meeke tem demonstrado que não se incomoda com isso, como tal sempre que termina é para ganhar. Em Chaves é sem sombra de dúvida o favorito que, curiosamente ainda tem uma réstia de esperança de alcançar o título, embora seja preciso uma hecatombe de desistências entre os principais favoritos em Chaves e no Vidreiro.
Miguel Correia, o atual líder do CPR, não tem estado bem no asfalto e os resultados em Castelo Branco e Madeira provam isso, mas em Chaves por certo que tentará surpreender para que no final do rali ainda lidere a classificação do CPR. Não vai ser fácil, mas o piloto está motivado a lutar pelo título, sabendo que no asfalto não é tão competitivo como costuma ser na terra.
Quanto a José Pedro Fontes tem uma oportunidade de ouro para tentar alcançar novo título que já lhe foge há alguns anos. Pela frente tem uma rali de asfalto à sua medida, piso onde se sente como peixe na água, tem a motivação de tentar apanhar Correia no topo da classificação (está a apenas 8 pontos) e pode ainda beneficiar se alguns jogos de equipa. Depois de Meeke é sem duvida um candidato à vitória, como provou que pode ser em Castelo Branco e Madeira.
Quatro pontos atrás está Ricardo Teodósio. Também ele está numa excelente posição para almejar o título e, sempre que se encontra neste tipo de posições, normalmente tornar-se ainda mais competitivo e aguerrido dando sempre o "tudo ou nada".
A Armindo Araújo só um resultado interessa. Vencer... ou no limite ficar em segundo atrás de Meeke. Só estes resultados poderão ainda dar-lhe a hipótese de chegar ao Rali Vidreiro com hipóteses de pensar no título. Sabe que não será fácil ter ainda pretensões ao título, mas o Campeão de Portugal nunca corre a "feijões" e nesta prova a sua experiência pode ser-lhe muito favorável.
Desde que tem José Janela a seu lado, Bernardo Sousa tem dado mais nas vistas e provou que pode chegar aos primeiros lugares, como aconteceu em Castelo Branco em que a sua rapidez chegou a "prejudicar", de forma não intencional, o seu "chefe" de equipa. A sua prestação nesta prova pode ser muito importante nas contas do título, que ele próprio ainda pode conquistar.
Espera-se um rali novamente muito disputado, com poucas diferenças entre os principais pilotos, mas também com outras motivos de interesse como é o caso do CPR2 (a competição das duas rodas motrizes também está ao rubro) e da FPAK Junior Team.