Apenas nove concorrentes terminaram o Rali Serras de Fafe para o Campeonato de Portugal de Ralis, numa competição que quase passou despercebida no meio do evento Europeu.
Emoção quanto à liderança não houve nenhuma, e nem o facto de Craig Breen ter perdido mais de 2m22s com o furo na sétima especial, lhe retirou qualquer protagonismo, tanto mais que durante o segundo dia não só recuperou os 23s para liderança como ainda ganhou mais 1m33,5s sobre Miguel Correia.
O piloto mundialista da Hyundai está vários patamares acima da concorrência nacional e sem azares, como aquele que lhe aconteceu na segunda passagem por Luílhas (em que esteve quase a capotar), dificilmente irá perder um rali do CPR em que esteja presente.
Também atrás de si não houve particular emoção, ficando provado mais uma vez que o CPR não devia integrar este tipo de eventos, pois são demasiado caros e são também orientados para outro tipo de pilotos que não termos em Portugal.
Miguel Correia mesmo assim deu nas vistas, mesmo antes do grave acidente de Armindo Araújo, conseguindo terminar o primeiro dia no 1º lugar, enquanto no segundo dia teve a inteligência necessária de perceber que o segundo lugar era um excelente resultado neste início de temporada.
Ricardo Teodósio, primeiro líder do rali depois de vencer a Supe-Especial, e José Pedro Fontes, que terminaram nas posições seguintes, tiveram um rali quase para esquecer, onde foi muito melhor o resultado que a performance.
O quinto lugar acaba nas mãos de Pedro de Almeida que teve uma prestação muito interessante neste rali, chegando-se a pensar que poderia ter levado o seu Skoda um pouco mais acima, pois numa boa parte do rali andou na frente de Fontes.
Lucas Simões, Paulo Neto, Ernesto Cunha e Paulo Caldeira terminaram nas posições seguintes, evidenciando a prestação do jovem do Ford Fiesta, sendo que os restantes tiveram uma prova em que acabaram por fazer demasiados troços em ligação!!!
Nas contas do Europeu de Ralis, assistiu-se a um segundo dia épico. Mikko Heikkila conseguiu resistir a todos os ataques até à derradeira especial, onde um furo o fez perder a possibilidade de lutar pela vitória, depois de ter sido líder do rali durante todo o dia. Quem fez um segundo dia “brutal” foi Hayden Paddon, que foi-se aproximando da liderança e pressionou sempre o seu adversário até conseguir a vitória no derradeiro troço, ficando-se por saber se o teria conseguido se Heikkila não tivesse furado.
Ao segundo lugar subiu Mads Ostberg que no segundo dia foi rápido, mas não teve folego para os seus adversários, ficando a apenas 10,7s da vitória na prova. Nota mais para Georg Linnmae, que levou o Hyundai ao terceiro lugar, numa prova muito competente, rápida e por vezes espetacular.
Refira-se ainda a prestação de Craig Breen, sempre muito interessado em brilhar no Europeu que conseguiu, após o furo, recuperar do 20º lugar a 2m43s do líder, para terminar no 6º lugar a 2m19,6s do primeiro lugar, o que demonstra que foi largamente o mais rápido no segundo dia!!!