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Menos de um ano depois da estreia da Almada Extreme Sprint, os antigos estaleiros da Lisnave voltaram a abrir as portas ao público que voltou a dizer presente. Paredes meias com o rio Tejo milhares de espectadores vibraram ao longo de quase 12 horas, o que deu total validade à aposta do Clube de Motorismo de Setúbal e da Câmara Municipal de Almada.

Em Outubro passado o Clube de Motorismo de Setúbal e a Câmara Municipal de Almada organizaram a primeira edição da Almada Extreme Sprint, dando vida às antigas instalações da Lisnave e tendo como pano de fundo o Rio Tejo. Menos de um ano depois, um evento que promete marcar o seu espaço no calendário nacional, voltou ao cenário e desta vez inovando nos 2800 metros do percurso, que foi do agrado de toda a gente, mas também na estrutura da prova, pois para além das habituais provas de regularidade e sprint, tudo terminou com uma Corrida dos Campeões/Challenge 1000cc. Como garante do sucesso basta ver os milhares de espectadores que aproveitaram o belo dia de Junho, para se deliciarem com o espetáculo proporcionado por alguns dos melhores pilotos nacionais... Os números não enganam e segundo os responsáveis pela segurança, cerca de 27.000 pessoas estiveram na Lisnave durante o fim de semana!

O nível do elenco presente na AES era elevado, tanto ao nível dos pilotos como das máquinas. Por isso não foi de estranhar a enorme batalha que Miguel Campos, Fernando Peres, Pedro Leal e Adruzilo Lopes, todos em Mitsubishi, travaram com António Dias e o Skoda Fabia R5. Na primeira passagem aos 2800 metros do percurso foi Campos quem marcou o melhor tempo com 2m27.50s, contra os 2m28.79s de Dias. Peres, Leal se Lopes ficaram a seguir por esta ordem, com os cinco primeiros a caberem em seis segundos.

A entrada em cena era por ordem numérica, pelo que coube ao piloto de Vizela abrir as hostilidades para a segunda passagem. Só que Adruzilo Lopes optou por dar espetáculo para o público e não conseguiu melhorar o tempo que trazia, pelo que acabou por até perder lugares na geral, sendo batido por Armando Carvalho, Fernando Teotónio e Daniel Ferreira. Sendo que Carvalho ascendeu mesmo ao quarto posto batendo Pedro Leal, que melhorou a sua marca, mas não chegou ao segundo 30. Na luta pelo pódio Fernando Peres ficou com o terceiro lugar, enquanto António Dias mesmo melhorando o seu registo não conseguiu bater Miguel Campos. O famalicense foi o grande vencedor e mostrou que quem sabe não esquece, parando o relógio na segunda passagem no tempo de 3m26.46s.

No campo da regularidade, presença habitual nas provas do CMS, estes foram os primeiros a fazerem-se à pista procurando encontrar o melhor ritmo e conhecer o percurso que iriam depois percorrer por mais três vezes, uma para marcar como sempre o tempo de referência e as restantes duas para igualarem essa marca.
Desta vez havia um aliciante adicional, a presença do campeão nacional da especialidade em 2017 João Vieira Borges, acompanhado por um navegador estreante.
Vencedores em Outubro, desta vez Nuno Veiga e Tânia Duarte com o Peugeot 106 não foram além do terceiro lugar, conseguindo ainda assim bater João Vieira Borges que ficou às portas do pódio. Antonino La Vecchia e Rui Palmela colocaram o Alfa Romeo 156 no topo da tabela e parecia que aí se iriam manter até ao final, mas o último carro a entrar em cena, o Porsche Cayman S da dupla Carlos Esteves/Hugo Gomes, tinha uma ideia diferente e acabou por garantir a vitória.

Mas para além das categorias Sprint e Regularidade, este ano houve ainda uma inovação, com os vencedores e segundos classificados das diferentes classes presentes a avançarem para a Corrida dos Campeões/Challenge 1000 cc, apoiada pela Art of Speed.

A competição desenhada para 16 pilotos fez avançar os oito melhores para a segunda ronda e depois sobraram quarto para as meias-finais, Mário Castro, Gonçalo Boaventura, Rui Ferreira e Nuno Veiga. A final acabou por ser discutida entre Boaventura e Ferreira. O primeiro a percorrer os 2800 metros do percurso foi Rui Ferreira que teve o azar de ver o seu carro parar com problemas de motor, pelo que a Gonçalo Boaventura chegou fazer o percurso sem sobressaltos rodando mesmo bastante mais lento que nas suas anteriores passagens para se tornar o primeiro Campeão dos Campeões CMS.

Fecha-se assim o primeiro evento do Clube Motorismo de Setúbal que este ano conta como ponto alto com o regresso em Setembro da Rampa da Arrábida ao calendário do Campeonato Nacional de Montanha. Palavra final para o público que mais uma vez compareceu em grande número e que voltou a ter um comportamento irrepreensível, deixando claro que fazer regressar as provas para a região de Lisboa é, sem dúvida, uma aposta ganha.

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