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O arranque da PEUGEOT RALLY CUP IBÉRICA no 52º Vodafone Rally de Portugal foi uma aposta bem-sucedida por parte da Peugeot Portugal e da Peugeot Espanha, face à satisfação final revelada pelas 21 equipas. Os jovens leões puderam experimentar o tão afamado entusiasmo do público luso e a dureza da prova portuguesa. A dupla espanhola Josep Bassas/Manuel Munoz Castilla tirou o melhor proveito do 208 R2 e fica para a história como a primeira vencedora da PEUGEOT RALLY CUP IBÉRICA.

A vitória na segunda passagem por Viana do Castelo e numa altura em que parte da concorrência já havia enfrentado as tradicionais dificuldades da prova portuguesa, permitiu ao espanhol Josep Bassa avançar para a conquista do lugar mais alto do pódio nesta que foi a jornada inaugural da PEUGEOT RALLY CUP IBÉRICA, que terminou no centro da cidade do Porto, frente a milhares de espectadores, com a emblemática super especial Porto Street Stage. Ao seu lado no pódio terminaram os portugueses Daniel Nunes/Rui Raimundo (2º) e os britânicos Cameron Davies/Max Freeman (3º), representantes dos três países que, através de diferentes pilotos, disputam a iniciativa de ralis da Peugeot.

ESPECIAIS INTENSAS NO MINHO
O português Diogo Gago foi o mais rápido na segunda visita a Viana do Castelo, cumprindo os 26,73 km em 18m29,5s, enquanto o britânico Cameron Davies rubricou o melhor tempo (12m50,4s) nos 18,11 km de Caminha, assim como em Ponte de Lima (27,54 km) com a marca de 22m33,7s. Cameron liderava, assim, entre os 208 R2 à partida para a ronda da tarde dos traços minhotos, com uma vantagem de 26,01s face ao espanhol Josep Bassas – o mais rápido no shakedown, ao completar os 4,60 km do traçado de Baltar em 3m44,00s – e com uma margem de 34,08s relativamente a Gago.

No regresso a Viana do Castelo, Bassas seria o mais rápido, com o registo de 19m18,8s e passou para o comando da prova, mantendo-o na segunda passagem por Caminha, apesar de ter rubricado o terceiro melhor tempo, numa classificativa em que Davies se voltou a impor, com um crono de 13m11,7s. Quanto ao anterior líder da prova, Gago viria a desistir neste troço (suspensão). Seguia-se Ponte de Lima, mas este troço não seria disputado pelos pilotos dos Peugeot 208 R2, fruto de uma neutralização decorrente de um acidente com um dos pilotos do WRC.

À partida para a dupla passagem pela Super Especial Porto Street Stage, o líder Josep Bassas dispunha de uma vantagem de 2m01,3s para o português Daniel Nunes e de 3m13,3s sobre o britânico Cameron Davies, segundos e terceiros posicionados, respetivamente.

Daniel Nunes foi o mais rápido na primeira abordagem ao percurso de 1,95 km desenhado na Invicta, com o tempo de 2m13,5s, com Bassas a assinar o quarto melhor tempo (2m27,8s) e a manter a liderança; na segunda passagem – a nona e última classificativa da jornada de abertura da PEUGEOT RALLY CUP IBÉRICA – foi Davies a rubricar o melhor crono, com 2m10,9s, tendo Bassas sido novamente o quarto mais rápido.

A vantagem entretanto acumulada e não tendo tido nenhum deslize com o seu 208 R2 permitiu a Josep Bassas - que completa 25 anos de idade no próximo domingo - saborear a vitória na ronda de abertura da PEUGEOT RALLY CUP IBÉRICA, em simultâneo, posicionar-se como vencedor da classe "Júnior" (pilotos nascidos a partir de 1 de janeiro de 1992), em novo motivo de festejo. Daniel Nunes garantiu a segunda posição, terminando a 1m36,1s de distância.

"Esta vitória foi muito especial. Sabíamos que podíamos andar nos lugares da frente e acreditámos até final. Ganhar foi muito importante porque não temos muitos patrocinadores e o prémio de 5000 euros, mais 1000 por ter ganho a classe Júnior, vai ajudar-nos para cumprir a época", comentou o espanhol Josep Bassas.

Já o português Daniel Nunes fazia o seguinte balanço: "Estivemos na luta pela vitória até final, apesar de ter tido dois furos na primeira passagem por Viana do Castelo e em Ponte de Lima. Na segunda passagem por Caminha partimos um amortecedor".

O britânico Cameron Davies encerrou as presenças no pódio, enquanto os espanhóis Roberto Blach e Juan Maná encerraram, respetivamente, o top-5. Na classe "Ladies" destacou-se a britânica Nabila Tespar.

Num dia muito duro, demolidor mesmo entre as equipas da frente do WRC, o pequeno leão 208 R2 demonstrou a razão porque é o modelo ideal para a iniciação de jovens pilotos no mundo dos ralis. Dos 21 pilotos à partida desta jornada inaugural, foram apenas 8 os não chegaram ao final, vários deles afetados por problemas de jantes e muito poucos com razões de abandono do foro mecânico.

CLASSIFICAÇÃO FINAL da PEUGEOT RALLY CUP IBÉRICA
Rally de Portugal (1ª prova de 6)

1.º Josep Bassas/Manuel Munoz Castilla (ES), 1h56m58,9s
2.º Daniel Nunes/Rui Raimundo (PT), a 1m36,1s
3.º Cameron Davies/Max Freeman (GB), a 3m51,0s
4.º Roberto Blach Nunes/Jose Murado Gonzalez (ES), a 6m16,5s
5.º Juan Maná/Borja Odriozla Torre (ES), a 7m17,3s
6.º Ivan Medina Herrera/Yeray Mujica Eugenio (ES), a 7m57,5s
7.º João Alves/José Rodrigues (PT), a 10m19,2s
8.º Paulo Moreira/Marco Macedo (PT), a 14m18,4s
9.º Rui Carvalho/Jorge Carvalho (PT), a 15m10,7s
10.º Alberto San Segundo/Juan Luís García (ES), a 16m35,5s
11.º Nabila Tejpar/Richard Bliss (GB), a 17m27,7s
12.º Miguel Lobo/Marco Macedo (PT), a 25m36,6s
13.º Hugo Lopes/Alberto Silva (PT), a 32m28,1s

Desistências: Pedro Antunes/Paulo Lopes (PT); Jan SolansBalbo /Mauro Barreiro Zas (ES); Álvaro Pérez/Brais Mirón (ES); Ramon Cornet/Dani Noguer Sanchez (ES); Diogo Soares/Luís Rodrigues (PT); Diogo Gago/Miguel Ramalho (PT); Francisco Dorado/Roi Terrente Perez (ES); Ricardo Sousa/Luís Marques (PT).

SEGUE-SE CASTELO BRANCO NO ROTEIRO DOS PEUGEOT 208 R2...
A segunda jornada da PEUGEOT RALLY CUP IBÉRICA será disputada no Rali de Castelo Branco, prova de terra que se realiza nos dias 30 de junho e 1 de julho, seguindo-se duas provas em solo espanhol, o Rallye de Ferrol (20 e 21 de julho) e o Rallye Princesa das Asturias (14 e 15 de outubro), ambas em pisos de alcatrão. Duas semanas depois tem lugar a segunda incursão do ano no WRC, com a presença dos 208 R2 na etapa inaugural do Rali de Espanha/Catalunha (25 e 28 de outubro), ultima prova de terra desta iniciativa cujo calendário terminará na sua sexta e última prova – o Rali Casinos do Algarve – a 17 e 18 de novembro, novamente em asfalto e em solo luso.

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