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soldiaalg24Kris Meeke continua a ser a figura incontornável dos ralis em Portugal neste momento. Sabe-se que para já domina como quer o Campeonato de Portugal de Ralis, mas também se sabe que, por ser britânico, não poderá de momento, caso vença o Campeonato ser declarado campeão e nem mesmo vencedor. Aliás, a FPAK está mesmo empenhada em resolver esta questão a tempo, pois caso não se resolva e se Meeke for primeiro, não será campeão e dessa forma não haverá título para mais ninguém. Por isso uma resolução rápida da questão é urgente.

Mas Meeke não é só conversa por essas razões, nem pelo domínio exercido até agora no CPR. De facto, existe quem defenda que Meeke pode ser um “eucalipto” no panorama dos ralis em Portugal, isto é, a sua presença poderá secar os ralis em Portugal à sua volta. São vários os pilotos resignados com o domínio do britânico no CPR e isso pode não ser bom para o futuro da modalidade. Porém, existem opiniões diametralmente opostas, dizendo que a presença de Meeke em Portugal, está a elevar o nível de competitividade no CPR. Vamos ver quem tem razão.

Alguns pilotos, e nem todos são do CPR, merecem destaque nesta edição do Rallye Casinos do Algarve. O mais consensual de todos é Ernesto Cunha, que obteve na sua segunda prova com um 4x4 no CPR, o quarto lugar do rali em termos absolutos, colocando-o para já como o líder entre os pilotos do segundo pelotão do nosso campeonato. Pedro Almeida também esteve muito bem enquanto andou. Aliás, o problema foi mesmo o erro da sua saída de estrada, que não tendo feito um risco no Skoda, acabou por tirar brilho ao que tinha feito até então, quando o quarto lugar da geral parecia dele.

A classificação do rali único, coloca a “nu” algumas evidências bem interessantes quando ao andamento dos pilotos, tendo em conta os carros que conduzem. Um dos que merece destaque é Armando Carvalho, que desistiu no derradeiro troço quando era 9º classificado absoluto do Rallye Casinos do Algarve ao volante de um “moderno” Mitsubishi Lancer Evo IX. Um forte andamento não foi corado com um excelente e merecido resultado.

Fazer 11º lugar com um duas rodas motrizes também não é para todos, ainda por cima quando atrás de si ficaram carros com outras “capacidades”. Estamos a falar de Hugo Lopes que levou o seu pequeno “leão” 208 Rally4 ao 11º lugar vencendo as duas rodas motrizes, Peugeot Rally Cup Portugal e ainda o Campeonato Júnior, não podendo sequer contar com o seu habitual navegador. Magda Oliveira estreou-se no CPR e logo com estas vitórias todas!!!

Nota de destaque ainda para João Andrade, com o 13º lugar num Peugeot 208 Rally4, que estreava nesta prova. O ex-campeão regional norte, fez uma excelente prova, num rali difícil, mas provou que podem contar com ele.

 

 

JOAQFaleceu hoje Joaquim Santos. Uma notícia que caiu à velocidade com que ele andava nos troços de ralis.

Sobre o seu percurso nos ralis pouco existe para dizer, a longa carreira e os quatro títulos de Campeão Nacional de Ralis, falam por si. Aliás, ele é muito mais que a sua carreira, pois o seu nome significa ralis... para sempre.

A única coisa que apetece mesmo dizer neste momento é: FOSTE GRANDE. OBRIGADO!!!

soltas1A organização do Rallye Casinos do Algarve não teve este ano os problemas de 2023. Aliás, grande parte deles foram solucionados com medidas simples, como foi o caso da super-especial de Lagos que passou a ser em linha, o que permitiu que a mesma tivesse um tempo de duração muito aceitável. O facto de não ter havido grandes acidentes também ajudou muito, como ajudou o facto de ter passado os concorrentes todos a partirem de dois em dois minutos.

Todos sabemos das enormes dificuldades em montar provas de ralis em Portugal e de arranjar troços em terra nas regiões próximas do centro nevrálgico do rali. Percebe-se a necessidade de ir buscar novas Câmaras Municipais, que no fundo paguem as provas. Porém, o esquema de troços, quer do primeiro dia, quer sobretudo do segundo dia do Rallye Casinos do Algarve está longe de ter sido pensado para o público. Fazer três troços em linha, duas vezes, não permite que quem ande na estrada a ver os concorrentes possa acompanhar minimamente a prova. Um esquema A-B-A, C-B-C, para o segundo dia de prova teria permitido ver quatro troços (todos os concorrentes) em vez de dois. Sem dúvida algo a melhorar para 2025.

Quer os troços do primeiro dia, quer os do segundo dia, continuam a ser do que melhor existe de troços em terra nos ralis em Portugal. Não são só as paisagens que deslumbram, são também as características dos troços, por sinal rápidos, de bom piso (embora duro), com muito pó e a separar claramente os pilotos rápidos dos outros. Neste aspecto o Rallye Casinos do Algarve está muitíssimo bem servido.

Se a Super-especial de Lagos e a Street Stage de Portimão tinham público, nos troços notou-se muito que haviam poucos adeptos a acompanhar os virtuosos pilotos. Ninguém se pode queixar de falta de promoção, embora a mesma (para o Campeonato de Portugal de Ralis) continue a ser desorganizada e pouco coerente de prova para prova. Mesmo o parque de assistência, por muitos momentos, teve poucos visitantes, o que não é um exclusivo deste prova.

meekeTEXTO: PAULO HOMEM / RALIS ONLINE

De uma forma perfeitamente autoritária, Kris Meeke venceu a edição "revista" para 2024 do Rallye Casinos do Algarve, fazendo jus à velha máxima "barba, cabelo e unhas", isto é, venceu todos os troços, venceu a Power Stage e venceu o rali... sem espinhas!!!

Sem história na luta pela vitória, com Kris Meeke a fazer valer os seus galões, não se poderá, contudo, dizer que o Rallye Casinos do Algarve não seja sido numa prova desportivamente interessante e com um bom punhado de boas prestações e muitos dissabores.

Por exemplo, a luta pelo segundo lugar foi verdadeiramente épica, com Ricardo Teodósio e Armindo Araújo a lutarem abertamente pela posição intermédia do pódio. Se no primeiro dia, Armindo Araújo perdeu algum tempo, queixando-se de uma escolha de pneus que, segundo o piloto, davam pouca tração ao Skoda Fabia, já no segundo dia, beneficiando de uma (embora ligeira) melhor posição na estrada, atacou forte e superou em todos os troços (sempre por curta margem) o piloto algarvio da Hyundai. No final, Armindo Araújo obteve de novo suado segundo lugar, obtido a pulso, consolidando essa mesma posição nas contas do CPR.

Ricardo Teodósio queria muito ter um excelente resultado em "casa" e lutou mesmo até ao derradeiro troço por ele. No primeiro dia superou toda a concorrência nacional, mas no segundo dia, apesar do ritmo elevado, foi perdendo sucessivamente tempo para Armindo Araújo, vindo dessa forma a ceder o segundo lugar a dois troços do fim, que não conseguiu recuperar no último troço. Mesmo assim, Ricardo Teodósio apagou à má imagem deixada em Fafe, afirmando que está vivo e bem vivo nas contas do CPR.

Diríamos que surpreende foi o quarto lugar de Ernesto Cunha. Na sua segunda prova com um 4x4, o piloto da Marinha Grande mostrou-se a um nível de competitividade muitíssimo interessante e motivador para o resto da temporada, mesmo que esta posição tenha sido obtido também fruto de uma hecatombe de desistências à sua frente.

Uma delas foi do surpreendente Pedro Almeida, que nesta prova, acompanhado de António Costa, terminou o primeiro dia no terceiro lugar, mas que em dois troços do segundo dia desceu a quinto. Quando poderia ainda ter lutado por essa posição, o piloto do Skoda viria a ter uma saída de estrada, que não lhe permitiu retomar a prova, acabando por desistir de forma inglória.

Quem também parecia ter o 4º lugar assegurado, mesmo antes da desistência de Pedro Almeida era José Pedro Fontes. O piloto do Citroen teve um primeiro dia menos bom, mas entrou no ritmo da prova com facilidade no segundo dia, contudo o seu C3 Rally2 viria a ter problemas elétricos que atiraram Fontes para um 17º lugar da geral.

Quem também andou pelo quarto lugar foi Pedro Meireles, posição que herdou com o atraso de Fontes, ficando nesse momento com Ernesto Cunha mesmo atrás de si. Porém, também Pedro Meireles não teve a sorte pelo seu lado, já que o Hyundai cedeu mecanicamente a dois troços do fim, permitindo a Ernesto Cunha fica com o 4º lugar.

O Top5 foi encerrado por Rui Madeira, que venceu entre os Masters. O veterano piloto, em estreia ao volante de um Ford Fiesta Rallye2 teve mais uma prova de grande nível. Ser primeiro na estrada no primeiro dia não estava nas suas perspertivas, mas foi mesmo isso que sucedeu por via do tempo realizado no Qualifying, o que se traduziu numa enorme perda de tempo. Curiosamente o atraso que tinha para Ernesto Cunha no final do primeiro dia, foi sensivelmente o mesmo que teve no final do rali.

As posições seguintes foram ocupadas por Lucas Simões (Ford Fiesta Rally2), Paulo neto (Skoda Fabia Rally2) e Ricardo Filipe (Skoda Fabioa R5), qualquer deles a cumprir os objetivos que tinham para esta prova.

O grande vencedor das duas rodas motrizes foi Hugo Lopes. De regresso ao CPR, por via da sua participação na Peugeot Rally Cup Portugal, que também venceu nesta prova, o piloto de Viseu esteve praticamente a prova toda no comando da mesma. É certo que teve a grande oposição de Gonçalo Henriques, que teve problemas de potência no Clio no primeiro dia e, já no segundo dia, acabou por desistir por causa de um problema com o autoblocante, após ter passado precisamente para o comando no troço antes. Lopes regressou de novo à liderança e não mais a largou até final do rali, vendo ainda a sua distância aumentar para todos os seus adversários.

Excelente foi mesmo o segundo lugar de João Andrade, que poucos vaticinavam, mas na sua estreia ao volante do 208 Rally4, mostrou rapidez e consistência, obtendo um resultado motivador, ficando na frente de Ricardo Sousa, que mesmo terminando no terceiro lugar esteve um pouco abaixo do esperado muito por culpa do seu pouco colaborante Peugeot.

Martynas Samsonas levou o seu Skoda Fabia N5 á vitória com alguma naturalidade entre os concorrentes do Campeonato Promo, enquanto Adruzilo Lopes, em carro idêntico foi o segundo classificado e Miguel Carvalho, em Hyundai i20 N5, fechou as contas do pódio, mas tendo vencido nas contas do do Start Sul.

Nos classácos José Merceano foi o vencedor e único corrente a ter terminando, com Luís Mora a desistir já no derradeiro troço.

VENCEDORES DE TROÇOS
Kris Meeke (9)

COMANDANTES SUCESSIVOS
Kris Meeke (Pec 1 a 9)

CLASSIFICAÇÃO FINAL
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